quinta-feira, 23 de julho de 2015

“Queimados” da câmara de Tomar “têm alta”

Em dezembro de 2013, de maneira tonitruante, foi constituída uma equipa de projeto para justificar o afastamento de quatro dirigentes do Município de Tomar imediatamente após a tomada de posse do atual executivo PS/CDU: Rui Monteiro, diretor de departamento de obras municipais e dirigente há mais de 25 anos, Luís Boavida, chefe de divisão financeira e Dília Gomes, chefe de divisão de serviços jurídicos e dirigentes há mais de 17 anos e por último Carlos Constantino, chefe de divisão de recursos humanos e dirigente há 8 anos acontecendo mesmo que neste último caso o Município foi obrigado a pagar uma avultada indemnização.
Na ocasião ficou logo claro que se tratou dum afastamento suscitado por motivações pessoais e políticas já que os referidos dirigentes se encontravam a ocupar os lugares em resultado de concurso público tendo inclusivamente exercido funções ao longo de diferentes mandatos de executivos liderados tanto pelo PS com pelo PSD com reconhecimento pelo seu mérito.
Assim, ao longo do último ano e meio aqueles quatro ex-dirigentes e um elemento de apoio administrativo foram desterrados para uma sala vaga do Pavilhão Municipal, conhecida entre a população do concelho como "Unidade de Queimados" e incumbidos de elaborar seis tarefas constantes da deliberação camarária de 23 de dezembro de 2013, a saber: Norma de Controlo Interno, Avaliação das recomendações produzidas pelos relatórios de auditoria realizados após 2001, Elaborar um conjunto de regras de uniformização de procedimentos em todos os sectores do município, Proposta de meios para implementação do sistema de controlo eletrónico de assiduidade, Plano de Prevenção do Risco de Corrupção e ainda, Avaliar, serviço a serviço, as condições de trabalho existentes, grau de acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, degradação e salubridade dos edifícios ocupados.
Agora, num inesperado volte face, a presidente da Câmara assumiu na reunião da passada segunda-feira que a equipa de projeto realizou todo o trabalho que lhe era possível sendo que o restante se encontra dependente de resposta de outros serviços do Município que tutela e que são incompetentes para fornecer esses elementos em falta. Deste modo, a presidente informou que a equipa de projeto se mantém ativa regressando, no entanto, os quatro ex-dirigentes aos seus serviços de origem passando a dar os seus contributos a partir daí, o que levanta a pertinente questão de se saber por que razão não foi essa a solução adotada de início. A explicação mais plausível para esse facto prende-se com o aspeto punitivo que se pretendeu dar ao seu afastamento, uma vez que, por exemplo, um dos quatro ex-dirigentes "desterrados" recusou em 2013 o convite para integrar na 2.ª posição a lista do PS à Câmara de Tomar, lugar que mais tarde haveria de vir a ser ocupado por Rui Serrano, hoje vice-presidente da autarquia.
O que se depreende do sucedido é que o ónus da burlesca situação criada com o afastamento daqueles dirigentes se encontrava já a ser mais perniciosa que benéfica para a imagem da maioria PS/CDU que dirige atualmente o Município e que esta decisão de Anabela Freitas está interligada com a reunião da Comissão Política do Partido Socialista de Tomar que irá acontecer amanhã (sexta feira) e que promete ser muito "quente e participada", de acordo com fontes próximas do partido da coligação.

1 comentário:

  1. esta camara não tem qual tipo de vergonha pode ser agora chegaram á realidade nunca vi tal coisa na minha vida isto é que é democracia

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