sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Tomar, terra de gente retrógrada

Anónimo 15 de janeiro de 2019 às 16:01
Pelo que eu fiquei a perceber o problema é a CMT não ter por hábito "pedir autorização" a Fina Flor do Entulho desta cidade cada vez que vai cortar uma árvore - seja por que motivo for!

Responder
Respostas
Anónimo 15 de janeiro de 2019 às 17:21
Seja cortar árvores ou decidir sobre os assuntos da Edilidade. Os eleitos e os técnicos, têm obrigação de consultar a meia dúzia de eminências pardas da terra.

Os dois comentários acima, copiados do Tomar na rede, referem-se ao recente abate de dois choupos saudáveis, junto à Ponte nova. Repare-se no estilo e vocabulário de ambos, a tentar atirar para o irónico, partindo de uma posição altaneira. Nota-se que quem os escreveu, decerto serventuários públicos, ainda está agarrado ao normativo do regime caduco, derrubado pelos militares há quase 44 anos.

Ambos enveredam pela falsidade empolada. No primeiro dá-se a entender que os articulistas deste blogue protestam contra o facto de os senhores autarcas "não terem por hábito "pedir autorização"..." No outro escreve-se que "os eleitos e os técnicos têm obrigação de consultar a meia dúzia..."

Como bem sabe quem tenha uma cabeça a funcionar em pleno e esteja habituado a viver e pensar em democracia, nem uma coisa nem outra. Estamos perante dois exageros propositados, quiçá com pelo menos uma segunda intenção. Na verdade, em democracia que funcione realmente, os eleitos, sobretudo os dos órgãos executivos não estão obrigados a "pedir autorização", até porque não se vê bem a quem. Tão pouco "têm obrigação de consultar meia dúzia..." Trata-se de dois exageros intencionais.

Esses dois exageros intencionais pretendem ocultar o óbvio, dando cobertura ao inaceitável. Tentam ocultar o óbvio que é isto: Numa democracia adulta de cidadãos politicamente adultos, todos os eleitos estão obrigados a informar, antes e de forma completa, bem como  a prestar contas depois, de forma cabal. Duas coisas que o executivo municipal tomarense nunca fez nem faz, ao arrepio do texto constitucional, porque não tem uma "folha-itinerário". Portanto não sabe para onde vai nem para onde está a levar a cidade e concelho, pelo que tão pouco sabe o que tenciona fazer daqui a três meses, por exemplo. E não sabendo, não pode informar em tempo oportuno.

Nestas condições, a actual maioria tem medo dos eleitores, até mesmo daqueles que a elegeram, pois os seus membros são incapazes de saber o que vão fazer, e também não conseguem antever as consequência do pouco que vão executando, nas condições que todos conhecemos. Daí, desse temor, a reiterada recusa de informar, de dialogar com a população, bem como os comentários do tipo dos acima reproduzidos, na tentativa de encobrir a lamentável situação local, tentando intimidar os críticos com injúrias e outras barbaridades, indignas de quem tem direito de voto.

De resto, quem se der ao trabalho de consultar as ordens de trabalhos da autarquia e as actas das suas deliberações, não pode deixar de constatar os esforços feitos para ocultar tanto quanto possível aos olhos dos profanos -leia-se a população em geral- todos os assuntos tratados e as decisões tomadas. Usa-se  e abusa-se da chamada "língua de pau", com frases feitas administrativas do tipo "nos termos propostos", "nos termos da proposta", ou ainda "nos exactos termos da proposta"... que nada esclarecem, pois tal é a sua função. Ocultar. Esconder. Reservar o conhecimento só para as cúpulas abençoadas... Uma tristeza!
                                               António Rebelo

18 comentários:

  1. Acutilante como sempre, pena é a generalização.

    ResponderEliminar
  2. Professor, apesar da estima e consideração pelos seus comentários, não consigo deixar de evidenciar um valente contrassenso entre o que prega e o que pratica. Tanta crítica ao executivo mas apelou ao voto na Anabela... O que veremos em 2021? Mais um patrocínio à desgraça comum, alardeando o voto nos socialistas?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não entendo o seu ponto de vista. Onde está o contra-senso? Em 2013 e 2017 votei PS, por entender que, apesar de tudo, os outros candidatos com hipóteses de vencer não me davam garantias de vir a fazer melhor.
      Digamos que não votei na melhor candidatura, mas apenas na menos má.
      14 meses após a última eleição, constato que as coisas não vão bem e entendo dever dizê-lo, assinando por baixo. Onde está a contradição? Em democracia não se pode discordar?
      Note bem que nada tenho de pessoal contra a senhora presidente, ou contra qualquer membro do executivo. Limito-me a agir no sentido de denunciar o que está mal no meu entender com a esperança, até agora vã, de que as coisas possam melhorar.

      Eliminar
  3. Estou muito longe de ser um "apoiante" desta câmara, das pessoas que a ocupam (políticos e técnicos), ou das práticas de gestão autárquica que levam a cabo.
    Mas o meu maior lamento reporta-se a quem poderia contribuir para quês as coisas mudassem e efectivamente não o faz.
    Este blogue, ao censurar os contributos que entendem beliscar o "brilhantismo" deste "salvador da pátria", este Rebelo, dá mesmo uma imagem distorcida e medíocre das coisas.
    Toda a gente sabe quais são os ódios a agenda que ele tem.
    Mas ao subordinar-se rascamente a isso, o "Tomar na Rede" abandona sem remissão o espaço que deveria ser o seu: o da liberdade e qualidade de informação.
    Na prática, estão bem uns para os outros.
    (a um nível intelectual a que um podador de árvores não se rebaixa)

    ResponderEliminar
  4. 1-Não se trata de pedir autorização. Trata-se de informar e justificar previamente os cidadãos porque até estamos a falar de destruir património público. Fecha-se uma estrada porque sim ou informam-se os motivos?
    2- O conceito de "fina flor do entulho" é de quem o criou mas mostra uma certa dificuldade de argumentação.
    3- Tomar não é "terra de gente retrógrada" mas já as sucessivas maiorias dadas ao PSD ao tempo de Paiva & Sucessores, mostraram que há pouco grau de exigência quanto aos políticos locais. A governação atual, ganha por poucos votos, é um prolongamento dos disparates e ilusões passadas.
    3-O panorama político de Tomar (e das suas instituições) é pouco melhor que desolador. Uma economia afunilada no turismo de visita ao Convento por um ou dois dias.
    4- É difícil acreditar numa mudança para melhor da cidade com as forças locais disponíveis. A população tomarense é cada vez mais de resignados e reformados.
    5- Dizer que este blogue censura e está ao serviço de alguém e dos seus ódios, parece não ser mais que um exercício de estilo ou um pré-guião de um filme de suspense.

    ResponderEliminar
  5. Este gajo - refiro-me ao Rebelo, pois claro - não se enxerga mesmo.
    Ele acha que quem o acha mediocre é porque é apoiante da câmara. E que quem não gosta da câmara, é porque se prepara para o levar em ombros.
    Falo por mim, Sr. Rebelo: eu acho que esta vereação, na esteira aliás da maioria das que lhe antecederam, independentemente de você se ter posto a jeito ou não para ser elevado à categoria de nosso salvador… estava vereação, dizia, é mesmo má.
    O nosso problema - e é aqui que reside a nossa fatalidade - é que ela é muito melhor que a insignificante oposição que se conhece.
    O nosso raciocínio, quando avaliamos os autarcas e vemos o nível da oposição que lhes é feita, a começar por você, cai sempre nisto:
    - Ai a "opós'ção" é isto? É pá, então deixa "tar". Pra mau, já basta assim.
    Ao fim e ao cabo, quem deve estar a ser pago pelos políticos no poder é mesmo você. Dificilmente eles fariam melhor para serem reeleitos.
    Eu acho que você nem tem muito a culpa. Precisamente porque não se enxerga, como disse no início.
    Como diria a Guterres: "É a vida!"

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Eliminar
    2. Você é mesmo tão parvo como o texto deixa perceber? Ou está só a armar ao pingarelho?
      Então essa cabecita não percebe uma coisa tão elementar como os inimigos dos meus inimigos, são meus amigos? Por miúdos: O Rebelo critica o que vão fazendo ou deixando de fazer os senhores camaristas. Mal ou bem, com justiça ou sem ela, não vem agora ao caso. Uma coisa é certa -nunca critica as pessoas enquanto tais, mas apenas as suas acções como eleitos.
      Inversamente, você e outros, à falta de argumentos para debater seriamente, atiram-se a ele como gato a bofe, raramente se preocupando com aquilo que escreve ou a forma como o escreve. Vai daí o homem deduz, correctamente digo eu, que são apoiantes encapotados da actual maioria. E objectivamente não podem ser outra coisa. Ou julgarão, julgará você, que atacando a coberto do anonimato, de forma por vezes boçal e nem sempre respeitando a verdade, quem frontalmente e de cara descoberta critica a actual maioria, estão a defender quem? O Papa Francisco? O treinador do Benfica?
      E depois aparece agora você com essa ladaínha de que a vereação PS não presta, mas a oposição que há ainda é pior. E inclui o coitado do Rebelo nessa oposição.
      Tenha maneiras, se puder! Porte-se como uma pessoa adulta! Não envergonhe a terra onde vive, já que de certeza não nasceu em Tomar, embora o seu CC possa dizer que sim.
      Nem você será tão idiota quanto parece pela leitura do que escreve, nem os seus leitores são tão lorpas como você julga.
      Arrecade lá esta amostra, para ficar a saber que, mesmo tratando-se de maledicência, há bem melhor do que você.

      Eliminar
  6. Este homem é mesmo o cúmulo, o expoente máximo do “não enxerganço”.
    Veja-se só:
    “confesso que não enxergo”; “Devo estar a ficar burro de todo. Já não consigo perceber um texto”;
    Será que nem assim, usando as suas próprias palavras, você consegue perceber que não percebe?
    E depois, não é “estar a ficar”. É só agora lho dizerem de caras.
    Percebe, ou não?
    (os anónimos são lixados; ainda por cima, podem até ser vizinhos)

    ResponderEliminar
  7. Ena pá, tanto enraivinhamento!
    Ó homem, tenha lá calma que ninguém lhe quer mal. A gente só está a curtir um bocadito, não tem mal nenhum. E depois... você põe-se tanto a jeito que uma pessoa, mesmo que queira, tem dificuldade em resistir.
    Mas prontos, fica assim:
    Você é mesmo muito inteligente e culto. Uma peça fundamental e lúcida do espaço mediático da oposição tomarense. Tem muitos estudos e veio de baixo (se quizer ponho a tocar aquela da Amália "Povo que lavas no rio")
    Até tem um séquito de apoiantes e admiradores.
    Mas... não lhe faz uma impressãozinha que alguns deles só se atreverem a admirá-lo sob a capa do vergonhoso anonimato e se refiram a si como "o coitado do Rebelo"?
    Tente encontrar alguém que lhe explique.

    ResponderEliminar
  8. Tinha-me esquecido dessa, desculpe lá.
    É que, para além das origens muito modestas, da hiperinteligência e cóltura, voxelência também é muito viajado.
    Está fartinho de o referir nos “artigos de opinião” (cof-cof) e eu, meia culpa, ainda não tinha dito que já tinha visto e tomado a devida nota.
    Shame on me!
    Quanto ao conhecer-me… essa aí… temos pena.
    Não é que não fosse uma enorme honra para mim. A questão é que acho que não o devo rebaixar a tanto.
    Eu serei um pixel anónimo da multidão que o aclama, pequenino demais e indigno de tanta honra. Resigno-me anónimo a esta condição.
    (só um esclarecimentozinho: é o seu apoiante “Anónimo19 de janeiro de 2019 às 23:39”, quem, no 4º parágrafo se refere a voxelência como “o coitado do Rebelo” Vá lá ver.
    Como vê, até mesmo aqueles que gostam muito de si, o entendem como um um intelectualzito de meia tijela a dar para o chico-espertismo intelectualóide.
    É caso para dizer que com amigos destes você até já não precisa de inimigos para nada.
    Cheio de sorte, o Rebelo!

    ResponderEliminar
  9. "António Rebelo20 de janeiro de 2019 às 19:54
    Este comentário foi removido pelo autor."

    Foi removido pelo autor, mas ainda chegou a ser lido.
    Continha uma ameaça.
    DEparo-me com a remoção quando ia para lhe responder tentando demonstrar, com a sua própria ajuda, o verdadeiro carácter do senhor.
    Os seus "amigos" tratan-no por "coitado".
    Eu ainda lhe dei algum crédito tentando puxá-lo para um debate.
    Mas ele, básioco e grunho, coitado, quer é saber "quem é o gajo"

    ResponderEliminar