Mais uma trapalhada na República do Arrecada

Opinião

Alonga-se a lista das trapalhadas na República do Arrecada, oficialmente conhecida como Município de Tomar. As obras do Pegões foram uma verdadeira desgraça em termos estéticos. O restauro da Sinagoga nunca mais acaba, nem acabará enquanto a autarquia não pagar ao empreiteiro. Ninguém percebe já muito bem para que vão servir mesmo as obras ornamentais da Várzea Grande, onde se vão perder centenas de lugares de estacionamento gratuito, que a senhora presidente da República do Arrecada garante serem apenas 30.


A defunta feira anual, que já foi de Santa Iria, foi desta vez a feira da confusão. Até se teve a ousadia de fechar ilegalmente um troço na estrada nacional 110, para aí instalar uma exposição de pópós, cobrando o respectivo terrado. Venha a nós a vossa massa, parece ser o lema dos serventuários da República do Arrecada. Tanto eleitos como muitos funcionários superiores.
De asneira em asneira, passado pelo escândalo do CCD dos SMAS e daquela funcionária dos mesmos que "meteu a mão", tudo sem consequências legais, chegou a altura de meter a pata na poça na concessão da Estalagem de Santa Iria. Apurados três entre os dez concorrentes iniciais, foi-lhes solicitado que melhorassem as propostas, em conformidade com o estipulado no respectivo normativo do concurso. Segundo o Tomar na Rede, dois desses interessados foram depois excluídos, alegando o município que faltavam documentos, não lhes tendo sido dada a possibilidade de suprir essa lacuna, como manda a jurisprudência.
Inesperadamente, não se sabe bem em que condições legais, o executivo comunicou via facebook que, abertas as propostas duma segunda fase, venceu uma empresa de Leiria, que concorreu na primeira fase mas só conseguiu ficar em segundo lugar após contestação que originou o afastamento da primeira e terceira classificadas.
Aqui chegados, está bem de ver que há duas evoluções prováveis. Ou os concorrentes vencidos são tomarenses dos mansos e vão calar-se como habitualmente, ou são tomarenses dignos dessa qualidade e vão impugnar o referido concurso de concessão. Motivos não lhes faltam.
Se avançarem, vamos ter mais um folhetim para vários anos. Se não avançarem, a entidade vencedora já terá percebido que pode fazer o que lhe der na gana, porque venceu numa república que nem é das bananas mas de bananas gananciosos e pouco capazes. Para a triste tropa de eleitos e funcionários da República Nabantina do Arrecada, tanto se lhes dá. Estão lá principalmente para arrecadar vencimentos e outras benesses.
Os outros munícipes que se lixem. Excepto se forem ciganos, se calhar porque não pagam impostos, não havendo portanto a garantia de que votem nos alapados à mesa orçamental sem umas oportunas benesses...

                                         Templário agastado com tanta trapalhada