segunda-feira, 25 de julho de 2016

Pela boca morre o peixe (parte 2)

E já agora, para que este assunto do Parque de Estacionamento nas traseiras do edifício dos Paços do Concelho seja tratado com um mínimo de decência e verdade, era bom que fosse explicada aos tomarenses os principais contornos deste negócio, não esquecendo o pormenor da autarquia ter ficado na posse dum parque de estacionamento coberto no seio do seu centro histórico, algo considerado fundamental na estratégia do seu desenvolvimento e sustentabilidade conforme rezava o Plano de Salvaguarda do Centro Histórico encomendado por Pedro Marques enquanto autarca eleito pelo partido socialista. Assim sendo, tomando como boa a estratégia definida naquele plano, a concretização da construção do parque de estacionamento por António Paiva só poderá ser criticada na medida do sobrecusto que aquela infraestrutura possa ter tido em resultado das opções seguidas para a sua concretização, tendo presente que quaisquer dúvidas sobre a lisura na tramitação do processo já foram escrutinadas pela Procuradoria-geral da República.
E digo isto porque, porfiando na mais profunda das demagogias, não se ouve ninguém daquela agora ampla esquerda, dos independentes e até dos novos rapazes sociais-democratas a dizer o óbvio, ou seja, Tomar tem no seio do centro histórico um parque estacionamento magnificamente integrado na paisagem urbana que muito serve o desenvolvimento local.
Porquê? Isto não é verdade? Então se é assumam-se e digam-no.
Se anteriores responsáveis autárquicos não seguiram o melhor modelo de gestão para que o centro histórico de Tomar ficasse dotado desse parque de estacionamento coberto advindo daí maiores custos para a infraestrutura, também é verdade que a atual gestão municipal parece ser responsável por deixar arrastar o assunto com custos em juros de fazer corar as pedras da calçada.
Sobre esta e outras questões as anteriores gestões foram julgadas nas urnas e pagaram o preço que os cidadãos entenderam ser justo.
E os atuais responsáveis camarários? Acaso virão a pagar do seu bolso os pesados encargos com juros cobrados por cada ano, mês e dia em resultado do arrastamento na tomada de decisão sobre o assunto de modo a que o povo não lhes cobre essa fatura nas urnas?
Pois é, teremos que aguardar para ver.
                                                                   José da Silva

5 comentários:

  1. Quanto a questão de ser uma boa opção estratégia de desenvolvimento, tenho muitas dúvidas que assim o seja... Pois tendo em conta o volume de dinheiro ai investido, não vejo onde é que o mesmo foi uma boa opção estratégia de desenvolvimento, pois foi desastrosa para quem conhece a nossa realidade. Com o conhecimento técnico, em gestão e estratégia não vejo a onde está a boa opção, pois na verdade a mesma é desastrosa...

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  2. Pois é! HOUVE tempo em que escrever com erros ortográficos era vergonhoso. Agora já não se OUVE ninguém a criticar tal facto. E se até já no Tomar na rede se confunde OUVE com HOUVE, para onde vamos? Para a barafunda total?

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  3. Surege agora a resolução da questão porque há um calendario eleitoral para palnificar, ora essa!

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  4. Caro António Rebelo. Obrigado pelo alerta acerca da gralha "houve". Já corrigimos. Cump.

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  5. Tenha vergonha, não baralhe, seja consciente, se calhar anda a tomar medicamentos a mais... Tudo vale!!! Mas afinal a coligação resolveu em pouco mais de dois anos um problema criado e sustentado quantos anos pelo PSD?? Vergonha é efectivamente coisa que já poucos, muito poucos Tem!!!

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