domingo, 24 de julho de 2016

Pela boca morre o peixe (parte 1)

Este ditado popular não podia ser mais apropriado àquilo que nos vem dizer o porta-voz oficial (?) do partido socialista sobre o "cansativo" negócio do Parque de Estacionamento nas traseiras do edifício dos Paços do Concelho. E digo isto porque parece que estamos em presença de mais uma monumental manobra de propaganda para esconder as ineficiências da gestão municipal em curso!
Aparentemente, a atual gestão ps-cdu deixou este assunto em deficiente marinada para que, do fedor exalado do mesmo, pudesse retirar dividendos políticos. Sim, porque o processo em causa sempre foi cavalo de batalha entre a já distante gestão social-democrata de António Paiva e as restantes forças políticas em presença e reconhece-se ter ingredientes que permitiram "esticar a corda" até ao limite... Mas, ao que parece é que essa corda de tanto puxarem partiu e os protagonistas dos puxões tentam agora "tapar o sol com a peneira" ao esconderem o mal que acrescentaram ao processo.
Foram praticamente três longos anos a ouvir os "ai Jesus" (salvo seja...) deste executivo sobre a asfixia financeira provocado pela dívida à parqT...
Agora, tardiamente, vêm cantar hossanas sobre um acordo alcançado com essa empresa para pagamento da dívida, coisa que esta na cara de qualquer labrego que viva no mundo real que era aquilo que deviam ter feito há muito tempo. É que é por demais evidente que qualquer gestor de meia tigela nunca aceitaria estar a pagar juros de 4%, agravados em mais 5%, quando o mercado bancário oferece soluções muitíssimo mais favoráveis.
Cantar agora vitória, ao ter sido arranjado uma instituição bancária que avance com a verba para solver a dívida junto da parqT, ficando depois a autarquia a pagar ao banco esse valor com juros de mercado, não passa assim duma mera manobra de propaganda barata, atendendo ao tempo decorrido.
Para limpar qualquer possível aparência de má-fé ou tratamento negligente deste dossier tão sensível, tem que ser cabalmente explicado aos tomarenses as razões da demora em empreender uma solução tão óbvia e que a não ser tomada mais cedo acarretou um custo de centenas de milhares de euros senão mesmo milhões aos cofres do município!
                                                                            José da Silva

4 comentários:

  1. Óh homem, não o conheço de lado nenhum mas você tresanda a dor de cotovelo e a discurso encomendado. Haja pachorra.

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    1. Discurso encomendado!? Não sou desse tipo de gente!!
      Não sou de encomendas, muito menos para a politica!!
      Agora uma coisa sei, o grande responsável e que nunca foi chamado a assumi-la é o Engo António Paiva e sua comitiva(Dr. Corvelo; Carlos Carrão e restantes).
      Quanto à responsabilidade do actual executivo até poderá ter alguma, mas nada comparável com os anteriores, e um assunto destes, apesar de estar por fora do mesmo como a grande maioria dos cidadãos, acredito que não terá sido fácil para o município encontrar uma solução a contento das partes.
      E volto a repetir, neste País fala-se e critica-se muito, mas na prática a maioria dos portugueses no momento da verdade, continuam a votar sempre nos mesmos, não servindo o passado de lição...
      Os Portugueses em geral só têm aquilo que merecem, pois são capazes de fazer uma guerra pelo seu clube(Sporting, Benfica ou Porto), mas quando chega aos assuntos verdadeiramente importantes onde a sua vida está em jogo nada fazem, limitando-se a assistir...

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  2. Está na cara, sim, mas essa alteração implica negociação entre as partes, e haver acordo mutuo o que nem sempre é fácil... Criticar é sempre muito mais fácil

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  3. Eu acho quem criou este problema, que sofra uma penalização pela falha cometida, seja o actual ou o antigo executivo. Os responsáveis por esta gestão de dinheiros públicos que paguem do seu próprio bolso...

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