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A beira-mar em Fortaleza (2,6 milhões de habitantes) |
Crónica de verão por dois motivos. Desde logo, porque estou a escrever próximo do mar, com 26 graus, de sandálias e roupa ligeira, de algodão e manga curta. Depois porque realmente aqui estamos mesmo no Verão. O que não muda absolutamente nada em relação ao inverno, uma vez que a temperatura é sempre a mesma ao longo de todo o ano. Mesmo quando chove, o que é raro.
Uma das principais vantagens de Fortaleza é mesmo essa. Como nunca faz frio, não é necessário ter roupa de inverno, de meia estação ou de verão. Anda-se sempre à verão. Só naquelas cerimónias mais conceituadas é que os cavalheiros usam palitó de algodão. O que é o palitó? O nosso paletó aquele casaco que abotoa na vertical, ao contrário do jaquetão, que abotoa à direita.
Na minha habitual visita diária ao site da Rádio Hertz, constatei que a tenperatura nocturna em Tomar, na noite de sexta para sábado, foi um bocado agreste. 2,6 graus negativos não é nada agradável para ninguém. Como a Hertz fornece outras temperaturas, e sabedor de que a altitude é um dos mais importantes factores climáticos (regra geral, quanto mais alto mais frio) resolvi ir procurar na net, o que me permitiu elaborar este pequeno quadro:
Localidade Temperatura mínima de 4 para 5/1/19 Altitude
AROUCA -3,5 711 metros
CHAVES -6,3 354 "
MIRANDELA -3,4 218 "
MONCORVO -4,6 396 "
OURÉM +1,2 247 "
TOMAR -2,6 94 "
(Ourém não figura na notícia da Hertz, é de pesquisa própria)
Conclusão, em Tomar até o clima é algo anómalo. Não surpreende portanto que haja tanta gente mal disposta e com mau feitio no vale nabantino. Sobretudo no inverno, mas não só.
(Não me venham outra vez com essa já tão estafada de que tenho a mania que sei de tudo. No caso presente limitei-me a procurar dados e depois a redigir. Coisas que supõem apenas curiosidade, alguma habilidade e capacidade de raciocínio. Tudo recursos que são de nascença. Não se aprendem. Apenas se podem aperfeiçoar.
Lembrando o saudoso António Variações, "Quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que as paga.".
Passar a vida a agredir verbalmente os outros de forma deliberada, numa evidente manifestação de inveja doentia, não ajuda mesmo nada. Pelo contrário.)
António Rebelo
Afinal, é simples....
ResponderEliminarBoa estadia. A "dança" da terra à volta do sol tem dessas particularidades quanto a temperaturas. Por aí também a água do mar é mais quente. Pena que um banho de mar na praia em frente à cidade não seja recomendável, não pelos assaltos mas por falta de tratamento dos esgotos urbanos. Já quanto à segurança a coisa parece ter piorado com a crise financeira de 2011 e com a retirada de apoios aos mais pobres promovidos pelos governos de Lula. Quanto às pessoas mal dispostas por aqui, note que as perspectivas futuras para os europeus da UE são de incerteza; em Portugal após o período de otimismo com o afastamento de Coelho e os seus insultos aos portugueses que trabalham, a melhoria da vida da classe média está para vir; se, dentro da incógnita Europa, Portugal está pior, dentro de Portugal, pior está Tomar. Não é sobre a falta de futuro e de desenvolvimento. É sobre a certeza da sua decadência e da falta de lideranças, parecendo não haver nada para além dos Tabuleiros, razão de ser da existência da cidade. Não sendo tontos, como se pode esperar boa disposição nos tomarenses?
ResponderEliminarAgradeço o seu comentário, que além do mais constitui um excelente modelo estilístico para os demais.
EliminarPasso a tentar esclarecer, com a objectividade possível, as suas observações:
A - Desde que resido na Praia de Iracema e faço a minha caminhada diária no calçadão, ainda só assisti a dois assaltos -um roubo de telemóvel, com a população a correr atrás do gatuno pelo areal fora, e o roubo de vistoso fio de ouro do pescoço de um turista italiano "do sul" (Rio, S. Paulo), segundo a minha companheira.
B - A construção de vários espigões, o maior dos quais com 500 metros, para proteger os novos emissários de esgotos, as condições sanitárias da água do mar melhoraram bastante.
C - Quanto a segurança, para além dos furtos episódicos a quem tem menos cautela, não escondendo os seus bens, nos bairros mais modernos (Meireles, Aldeota, Praia de Iracema, Praia do Futuro II), não há nada a assinalar, até porque, como decerto sabe, cada prédio é um condómino e cada condómino tem segurança própria, 24 horas por dia, incluindo portaria vigiada e garagem com porta que só pode ser aberta pelo vigilante da portaria.
No que se refere às suas posições sobre Portugal, a Europa e Tomar, estamos em perfeita sintonia, salvo num ponto.
É claro que os tomarenses em geral não são mais tontos que os outros portugueses. Mas são nitidamente mais intolerantes e azedos, mesmo e sobretudo com os seus conterrâneos que não respeitam as normas do rebanho concelhio. Feitios, diria o saudoso Raúl Solnado.
Este blog parecia condenado a uma coisita de província para noticiar “radares”, Karaoques e assaltos a mercearias.
ResponderEliminarDava com esta província que somos.
Agora continua a dar.
Tomar é uma terra de velhos. É um fenómeno demográfico que não vem ao caso comentar.
Mas a inexistência de uma opinião pública com capacidade de alternativa e rejuvenescimento dos destinos deste buraco, tornam alguns senhores de muita idade, muito autoconvencimento e pouquíssimo discernimento, nos únicos faróis “intelectuais” disponíveis.
Este senhor António Rebelo é já um caso típico e um exemplo dessa deprimente característica que esta terrinha vai assumindo.
Ele não se enxerga e – agente compreende – nem tem que se enxergar. Do alto da sua excepcional sapiência, quem não a reconhece como tal, só pode é ter inveja. Enfim…
Qual agente?
EliminarO que te multou por conduzir com os copos, ou por tentares escrever?
Realmente, quem escreve, como você, "agente compreende" em vez de "a gente compreende", como seria correcto, só pode ser alguém muito acima da média. E muito jovem e muito avançado. Pois claro. Ou será avançada e terá um "agente" na família, o que explicaria o lapsus linguae?
ResponderEliminarProsterno-me ante tal génio local. mesmo sem entender porque raio ainda não embarcou para paragens mais adequadas a tanta jactância, vulgo cagança.
Mas pronto; eu é que não me enxergo, decerto por causa da idade.
Prontos!
ResponderEliminarFiquei assim a modos que a dar para o derrotado.
O gajo agora chegou mesmo para mim.
Que vergonha!
Fui apanhado num erro de ortografia, carago.
Ó Rebelo: eu não sou, nem tenho pretensões (será assim que se escreve ou tenho de ir já consultar a gramática?) a estar "acima da média". Ou até na média.
Eu sou um pobre diabo, quase analfabeto, como vossa execelência muito bem referiu. Coisa aliás que me envergonha bué.
Mas sendo de tão baixa condição, como vossa excelência muito bem referiu, o que eu lamento mesmo é que nem na média, nem acima da média vislumbre lanternas de sapiência que nos ajudem a sair deste obscurantismo.
A única coisa que vem ao de cima neste lamaçal de mediocridade são criaturas armadas em "chico-espertos intelectualóides" que fazem deste obscurantismo o terreno fértil e único para que a sua "coltura" saloia sobressaia. Cagança, assim ele a apelida no seu coerente vernáculo.
É a sua opinião, que respeito e à qual responderia com bastante mais profundidade se você colocasse a sua graça baptismal por baixo. Assim sem nome, só arrisco adiantar-lhe que não tenho a noção de ser chico-esperto, intelectualoide ou não, nem muito menos lanterna de sapiência. Limito-me a escrever o que penso e creio ter soluções para muitos problemas do concelho. Mas posso estar enganado.
ResponderEliminarUma vez que não estou interessado em candidatar-me, por já não ter idade nem paciência para isso, só posso ir alinhando os meus pontos de vista.
Sei que sou e considero-me de baixa condição social, porque filho de mãe lavadeira analfabeta. Filho do povo-chão, portanto. Não posso porém negar que frequentei e me graduei na universidade de Paris, pelo que posso alinhar diplomas correspondentes a 17 anos de escolaridade. Acha pouca coisa?
Concordará que, aos 77 anos de uma vida bem vivida pelos quatro cantos do Mundo, escreverem que não me enxergo, me possa levar a pensar que, ou há má-fé venenosa, ou manifesta ignorância e inveja nessa minha terra natal. De qualquer forma, parece-me que importante será debater aquilo que escrevo e nunca aquilo que sou, que pareço, que acham que sou, ou me acusam de ser. É aí que reside a mediocridade, digo eu.
Termino com a questão do seu lapso. Não, não se trata de erro ortográfico. Antes fosse. Trata-se, isso sim, de um erro de sentido frásico, prosódico, de uma confusão entre o conjunto "a gente" e o vocábulo "agente". Ou seja: está bem escrito quanto a ortografia, mas carece absolutamente de sentido. Tal como sucede neste seu último comentário, com a alusão a consultar a gramática. Não é preciso tanto. Deixe a gramática em paz. Basta ter sempre um bom prontuário ortográfico à mão. Ou então limitar-se a usar o corrector da google, que faz maravilhas, quando bem utilizado.