segunda-feira, 22 de maio de 2017

Filme do Fatias de Cá candidato ao óscar de Melhor Filme Estrangeiro (c/ vídeo)

A Academia Portuguesa de Cinema convidou o grupo de teatro Fatias de Cá, de Tomar, a enviar o filme "Sonhar Portukalia" com vista a integrá-lo na seleção de Melhor Filme Estrangeiro para a edição dos Óscares 2018.

O filme, estreado no dia 4 de maio, no cinema City Alvalade, em Lisboa, deverá entretanto fazer a sua carreira comercial antes de ser editado em DVD.
“Sonhar Portukalia” conta a aventura de dois búlgaros que emigram para Portugal e que, nos seus sonhos, é mais “Portukalia” – “o pais das laranjas”, da alegria e da vida fácil. Depois de várias peripécias que, por vezes, ameaçam o sucesso da viagem, chegam não à “Portukalia” dos seus sonhos, mas ao pais real, onde tudo se mostra bastante diferente das expetativas e vagueiam a quatro mil quilómetros da sua pátria, sem dinheiro, sem trabalho, sem falarem a língua e —o pior— sem esperança. É assim que chegam à desconhecida cidade de Tomar, que se revela, afinal, o início da verdadeira viagem...
O filme é baseado no romance homónimo de Lobo Miro, tem realização de António Bento Palma, guião e direção artística de Carlos Carvalheiro e música de Carlos Dâmaso.

7 comentários:

  1. Neo-realismo pimba.
    Até pode ser que ganhe qualquer coisinha.
    Sempre projecta o nome da terra.
    E é quase certo que depois dão sopa no fim.

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    1. Excelente iniciativa, boa e correta. São bons atores, por vezes um bocado malucos, mas sabem representar, tanto nos palcos como na vida. Há que continuar pois divertem muita gente. E falta de maldizentes assaloiados e ressabiados andamos nós.

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    2. O convite já é um prémio! ...mas podemos vir a ter mais surpresas!!!

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  2. À boa maneira do Fatias de Cá. 👌👍👏

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  3. Isto até tem a sua piada. Eu pelos menos divirto-me.
    Nestas terrinhas de província – não é só em Tomar, descansem – tudo o que por cá se faz, sobretudo se se reporta ao exterior (trazer outros para cá, mostrar o de cá lá fora, etc.) tem uma importância e significado que o coloca acima de qualquer referência crítica. Porque essas coisas, essas entidades, têm uma enorme vantagem comparativa face a quaisquer outras: são “de cá”.
    Por isso, a tudo o que é “de cá”, só pode haver referências aclamativas ou de aplauso. Podem ser uma porcaria; podem ser pechisbeque, não importa! Nisso não se fala: são de cá!
    Toda a referência menos apologética só revela, só pode revelar, ressabiamento e traição.
    As pessoas não percebem que com essa atitude acusatória, em vez de, pela critica fundada, contribuírem para o melhoramento qualitativo das coisas de cá, estão a criar uma esfera de protecção que torna garantido o “sucesso” da mediocridade.
    Não percebem porque são “de cá”.

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    1. O sr/sra anónimo está com uma certa dor de cotovelo não se percebe muito bem porquê!
      Por acaso já tentou fazer algo que goste sem criticar os outros? Ou a sua vida é assim tão insignificante?

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    2. Óh Sofia: tenha calma.
      Veja se percebe, faça um esforço.
      No meu texto eu não insultei os outros: critiquei comportamentos públicos. Porque sinceramente acho que são esse tipo de comportamentos e atitudes (que aqui designamos por “de cá”) que são uma das causas do nosso subdesenvolvimento e fechamento cultural.
      Outra característica da nossa cultura católico-mediterrânica é o pessoalismo. (E Tomar então... oh oh!) Quando não se gosta de um argumento ou de uma ideia, ataca-se logo quem a formulou ou expressou.
      A menina tentou insultar-me. Mas eu respondo-lhe à letra:
      - não, não tenho “dor de cotovelo”. E a ter seria de quê?
      - sim, faço muitas coisas interessantes, e de que gosto. Outras, nem tanto; mas é a vida.
      - e não, não me satisfaço criticando os outros.
      - quanto ao significado da vida… parece-me que aquilo foi só uma “força de expressão” para “chegar para mim”, não foi?

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