terça-feira, 28 de junho de 2016

Em defesa da jornalista Elsa Ribeiro Gonçalves

A empresa Andamento Produções, através do seu sócio-gerente Pedro Silva, teceu críticas, fez acusações e lançou calúnias contra a jornalista Elsa Ribeiro Gonçalves do jornal Cidade de Tomar.

Isto a propósito de uma notícia publicada na última edição do jornal sobre um ajuste direto que a câmara fez com aquela empresa para “apoio ao funcionamento de museus, salas de exposição, espaços patrimoniais e equipamentos turísticos” de Tomar.
Pôr em causa o profissionalismo da Elsa Ribeiro Gonçalves e insinuar que haverá outros interesses escondidos na publicação daquela notícia é algo grave que não pode passar em claro. Por isso venho aqui publicamente dar o meu apoio à jornalista e elogiar o seu trabalho.
Quanto à notícia em causa, terá sido elaborado com base em documentos e em várias fontes que a jornalista contactou como costuma fazer habitualmente. Se há algo que não corresponde à verdade à jornalista compete corrigir e pedir desculpa aos visados e aos leitores. Sim porque o jornalismo é feito por seres humanos que também erram, mas sendo esta atividade um processo dinâmico nunca é tarde para admitir erros e retificar. E foi isso que foi feito.
O contrato entre a empresa e a câmara foi feito por ajuste direto. Não houve qualquer concurso público, ao contrário do que a empresa escreve. Quanto a isso nada há a corrigir. Se houve “negociações” prévias informais dificilmente os jornalistas têm acesso a essa informação até porque transparência é algo raro na câmara de Tomar.
De resto, se a empresa se sente injustiçada pela notícia que foi publicada pode sempre usar o direito de resposta previsto na lei e tem ainda a possibilidade de recorrer aos tribunais. Não é com peixeirada, injúrias e ameaças que a empresa defende o seu nome e reputação.
Quero expressar a minha solidariedade para com a jornalista Elsa Ribeiro Gonçalves que foi vítima de acusações infundadas e o seu nome enquanto profissional foi injustamente posto em causa.

Uma vergonha para Tomar

Mas se vamos analisar os números que estavam a ser negociados entre a câmara e a empresa isso daria outra reportagem. Se, conforme se lê no contrato, a câmara paga à empresa 3,89 euros + IVA por hora, quanto é que esta pagará aos seus colaboradores? Não nos podemos esquecer que a empresa tem de pagar segurança social, seguros e impostos sobre aqueles valores. Estamos portanto perante uma negociação em que a câmara quer pagar mão de obra barata e há uma empresa que aceita. Fala-se em 2,5 euros à hora. Felizmente houve pelo menos uma empresa que rejeitou negociar com base nesses valores por considerá-los indignos.
Aurélia Madeira, sócio-gerente da Templartour e próxima do PS, considera que “pagar 2,5€ por hora é uma vergonha local e nacional”. (…) “É uma vergonha imensa saber que uma empregada doméstica ganha 6, 7 euros à hora e que a quem se pede conhecimentos e saber estar se queiram pagar apenas 2 euros e meio”. 
Neste processo tanto fica mal na fotografia a empresa como a câmara. E estamos a falar de uma câmara socialista/comunista mas que não hesita em pagar valores indignos para o trabalho que se pede.
                                                                                                                           José Gaio

6 comentários:

  1. "Até porque transparência é algo raro na câmara de Tomar".
    Com toda a razão, ou não, que a jornalista Elsa Ribeiro Gonçalves possa ter, a sua defesa por interposta pessoa, não nos parece ser a melhor. Até porque está a utilizar um termos desajustado à sua função.
    Parece-nos que no tempo que por lá passou havia menos transparência, contudo já não se lembra. Talvez se estes lhe dessem a mão não usaria tais insinuações.

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  2. Olha um xuxa anónimo a vir defender o indefensável...
    Vai pastar alheiras, xuxa. O tacho está a chegar ao fim

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  3. Defender a publicação da notícia é um direito do tomar na rede. No jornalismo, reserva-se esse direito. Contudo, tudo que sucede "Uma vergonha para Tomar" trata-se de opinião, não de defender o direito de esposta, trata-se de um ataque. A minha questão é: o autor deste texto apresenta-se no papel de editor / director ou de cronista/comentador/etc? Porque se for a primeira opção, então é uma falta de ética muito grande fazê-lo nesta publicação.

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  4. Se a empresa faz tanto alarido e responde de uma maneira tão "baixa" partindo logo para as ofensas... é sinal que algo de muito pouco transparente se passa...
    Felizmente, ainda temos os nossos jornalistas para irem descobrindo estas "artimanhas" da Câmara.

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  5. Quem se mete com o PS leva, são os próprios que o afirmam. Tudo gente séria!

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  6. A presidente da Câmara de Tomar deveria clarificar com urgência toda a situação. No caso de ser "Uma vergonha para Tomar" é sim uma verdadeira vergonha, num dossier que se revelou no passado muito problemático. No qual se tentou de tudo para fazer silenciar quem pretenda denunciar as suas eventuais irregularidades. E hoje tal como no passado historia repete-se, a cor politica da Camara pode ter mudado, mas a falta de valores é a mesma de sempre. De certeza que a muita gente no PS que não se revê na atual gestão da autarquia. Quanto a jornalista contara com apoio de muita gente na sua defesa.

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