Continua a tensão na Junta Urbana

Foto de arquivo

Foi num ambiente muito tenso que decorreu a última sessão da assembleia de freguesia urbana de Tomar, realizada na sexta-feira, dia 12, no edifício da antiga junta de Santa Maria dos Olivais.
Apesar de terem sido aprovados os documentos propostos pelo executivo (orçamento e plano de atividades), a sessão conheceu momentos de particular tensão entre os eleitos do partido Socialista e dos Independentes por Tomar.
Depois de os IpT se terem queixado, novamente, de falta de cooperação entre os elementos do executivo e de terem denunciado um exercício pouco coletivo do poder, o momento “mais quente” aconteceu quando no decurso de uma intervenção do presidente da mesa, José Pedro Vasconcelos, o secretário do executivo, José Maria Marques, abanou a cabeça numa manifestação de discordância face ao que estava a ser dito. Como reacção, José Pedro Vasconcelos, levantou-se ameaçando colocar na rua José Maria Marques.
A situação acabou por ser serenada mas ficou bem evidente o mal estar entre PS e IpT.
Do PSD foi feita uma intervenção de apelo ao entendimento, ao mesmo tempo que era anunciado que não estará disponível para participar em qualquer outra solução que venha a ser procurada no caso da Junta cair. Francisco Madureira lembrou que esta não é a primeira situação do género e que tal não traduz uma forma salutar do exercício do poder nem coloca no centro das preocupações os problemas que a Junta tem para resolver.
Do lado da CDU, que está representada no executivo, juntamente com o PS e IpT, ficou também o desejo expresso por Alexandre Gonçalves de que as questões pessoais sejam ultrapassadas a favor da resolução dos problemas da freguesia.
Outro momento curioso da sessão aconteceu quando Augusto Barros, o presidente da Junta eleito pelo partido Socialista, sentiu necessidade de afirmar que não é do PS. Augusto Barros afirmou alto e bom som: “…atenção que eu não sou do PS, estou aqui pelo PS mas não sou do PS. Eu não sou do PS”, insistiu.