‘Alta tensão’ na assembleia de freguesia urbana

Aqui funciona a assembleia de freguesia 

A sessão de ontem (dia 25) da assembleia de freguesia urbana (S. João e Santa Maria dos Olivais) foi marcada por duras críticas dos eleitos dos Independentes por Tomar ao executivo da Junta e em particular à liderança de Augusto Barros (PS).
No período de antes da ordem do dia, o presidente da assembleia, José Pedro Vasconcelos (IpT) fez uma longa intervenção que catalogou como avaliação dos primeiros 180 dias do executivo. Não hesitou em classificar este período de gestão com nota negativa, lamentando a falta de informação e cooperação por parte do presidente do órgão executivo, apresentando como exemplos a carta educativa, plano diretor municipal e índices de execução orçamental, temas relativamente aos quais Augusto Barros não tem dado qualquer informação à assembleia.
Mas as divergências revelam-se cada vez mais profundas. Na mesma intervenção, José Pedro Vasconcelos referiu-se a um acordo que envolveu a presidente da câmara, Anabela Freitas e o líder dos IpT, Pedro Marques, para viabilizar a Junta, afirmando que o que então foi acordado não está a ser cumprido.
Com Pedro Marques na plateia, o vogal da Junta que tem a seu cargo a área social, Joaquim Palricas (IpT), foi ainda mais incisivo nas críticas ao modo de funcionamento do órgão executivo, mostrando particular desagrado com o facto de não lhe ter sido permitido criar um regulamento para o Passeio do Idoso porque, para os restantes elementos, afirmou “sem regulamento é que é bom”. Queixou-se ainda de ficar à margem de alguns assuntos, de não haver preparação das reuniões em que o presidente participa em representação da Junta e de uma visão separatista por parte de Augusto Barros relativamente ao território da freguesia, como se ainda fossem duas.
Apanhados de surpresa, os vogais da Assembleia eleitos pela CDU (1) e pelo PSD (5) manifestaram a sua preocupação face ao que estavam a assistir. Francisco Madureira (PSD), apelou aos elementos do executivo para colocarem os interesses da freguesia acima de tudo, considerando que se isso acontecer estarão condenados a entender-se.