segunda-feira, 22 de julho de 2013

Um caso de negligência nos hospitais de Tomar e Abrantes

O caso é relatado esta semana no facebook por Cremilda Soares, de Tomar, cujo o marido viveu uma “aventura” arriscada nos hospitais de Tomar e Abrantes. Ao relato seguem-se dezenas de comentários de apoio e solidariedade.
"Hoje vou contar o que se tem passado com o meu marido. Depois de ter estado nas urgências de Tomar no passado sábado, onde foi atendido pelo Dr. Paulo Sérgio Aliberti, onde passei lá o dia. Depois de feitos os exames, electrocardiograma, análises e RX, esse Senhor disse que o meu marido não tinha nada e que lhe ia dar alta. Eu disse-lhe que o meu marido estava com a barriga muito vermelha e ele virou-se para e perguntou; A Senhora quer que eu arranje uma doença ao seu marido?, Eu respondi que não, mas que estava a estranhar a cor da barriga dele. Fomos para casa e ele sempre mal disposto, com arrepios de frio e dores no corpo, mas lá passou a noite e no domingo quando entrou para a banheira, começou a gritar por mim. Eu subi e quando entro na casa de banho vejo o meu marido baixado e parecia que tinha uma torneira aberta na barriga. Eu já não conseguia ver o fundo da banheira. Entrei em pânico porque estava só com ele e sem forças para o tirar da banheira. Entretanto chamei a minha filha e ela ajudou a levá-lo para a cama. Como não passava levámo-lo para o Hospital de Abrantes onde ficou logo internado, pois estava com uma grande infecção no sítio onde tinha sido operado e levado uma prótese. Foi bem atendido. Passou lá segunda, terça, e ontem as Doutoras que o operaram foram vê-lo e disseram-lhe que iam ver se conseguiam uma cama para ele ser transferido para Tomar. Isto de manhã. A meio da manhã a Drª. Rosa Pulguinhas deu alta ao meu marido, eu ia para falar com ela e ela não me atendeu, desandou e disse que sabia muito bem o que estava a fazer. Eu ainda lhe disse que se acontecesse alguma coisa que a responsabilizava por isso, ela olhou para trás e disse, à vontade. Eu fiquei muito enervada, e lá trouxemos o meu marido para casa. Esta noite, eu senti algo estranho e vi que o meu marido estava todo cheio de sangue. Eram lençois, era colchão, tudo. Fomos para Tomar, onde disseram que ele tinha de ir para Abrantes, lá o levamos para Abrantes, onde foi atendido pelo Cirurgião acho que era Dr. Pereira, onde lhe furou novamente a parte onde ele tem a prótese e começou novamente a deitar. Logo a seguir a Drª. Rosa chamou-me e com muita delicadeza me disse que tinha arranjado cama em Tomar e que o meu marido ia ser internado lá. Ela foi delicada porque sabia muito bem o que tinha feito ontem, deu alta ao meu marido, quando ele precisava ainda de cuidados médicos. É de lastimar, porque quando ele foi no sábado a Tomar já estava com infecção e esse Dr. fez-me a pergunta acima citada. Este senhor não tem responsabilidade nenhuma, senão já não deixava o meu marido sair. Não me deu os exames, tive de ir ontem pedi-los a Tomar, onde se verificou que ele no sábado já estava mal. Em Abrantes andaram desde domingo até hoje a dizerem-me que a Drª. Rosa estava á espera de uma cama em Tomar para ele ir para lá. Hoje como viu que fez o que não devia ao dar-lhe alta, essa cama apareceu logo, onde o meu marido foi transferido às 19h30, isto desde as 12h30.
Tenho agradecido sempre que o meu marido é bem tratado, agora , tirando o Cirurgião de Abrantes, Drª. Antonieta e Drªa Rosa Suarez de Tomar, só tenho a dizer mal não do pessoal de enfermagem, mas do Dr. Paulo Sergio Aliberti (Tomar) e Drª. Rosa Pulguinhas (Abrantes) e de algumas auxiliares que mandam mais que as enfermeiras. Tenho pena que se brinque assim com os doentes, o meu marido tem 63 anos mas ainda não é um alvo a abater. Enquanto eu tiver forças, não me calo. Estou agora no Face, mas não vai ficar por aqui, porque descontamos 40 anos, não é para sermos tratados desta maneira. Aqui está contado por alto o que se passou com o meu marido. Desde sábado que temos andado de hospital para hospital. Snrs. Directores destes Hospitais, (se é que os há) verifiquem como correm os serviços, porque os doentes não devem ser tratados como carne para canhão. Sinto-me triste e esgotada. O que me tem valido é o Valium, senão não teria aguentado. Desculpem o tempo que vos tomei, mas ontem prometi que hoje contava e não gosto de faltar ao que prometo.”

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