sábado, 2 de fevereiro de 2019

140 anos de imprensa tomarense

2 de fevereiro de 1879 é uma data histórica para Tomar e para a imprensa tomarense. Há 140 anos era publicado o primeiro jornal em Tomar. De pendor republicano, tinha por título “A Emancipação” e era dirigido por Angelina Vidal e Luís Augusto Pereira Campeão.

O semanário teve uma vida curta. Cessou a sua publicação a 16 de setembro de 1880, ano em que, a 2 de maio, é fundado outro jornal em Tomar. Chamava-se “A Verdade”, era dirigido por António da Silva Magalhães e publicou-se durante 36 anos.
Sobre Angelina Vidal importa referir que, apesar de pouco conhecido, o seu nome é uma referência na vida cultural e jornalística de Tomar no final do século XIX. Nascer mulher nessa altura significava uma vida de sacrifícios, preconceitos, constrangimentos e segregação social. É de realçar a coragem de uma mulher que, entre outras intervenções públicas, foi jornalista e diretora do primeiro jornal de Tomar, “A Emancipação”.
Se a profissão de jornalista era, até há poucos anos, dominada de forma quase hegemónica pelos homens, imaginem como era encarada socialmente a situação de uma mulher exercer a atividade jornalística e dirigir um semanário há 140 anos.
O que é facto é que Angelina Vidal acabou por morrer na miséria já no século XX, em Lisboa.
Os únicos exemplares que restam do semanário  “A Emancipação” estão na biblioteca municipal de Tomar, um valioso espólio que urge preservar, digitalizar e colocar à disposição dos investigadores.

13 comentários:

  1. Não deve surpreender ninguém que Angelina Vidal tenha morrido na miséria. Tomar sempre foi má madrasta para os seus filhos que têm a coragem de enfrentar o tradicionalismo local, do mais conservador e retrógrado que há. Ontem como hoje, conforme está à vista de todos que queiram e tenham capacidade para ver.
    População do mais reles que há, com a agravante de se julgarem bons cidadãos e de estarem sempre cheios de razão. Os outros é que são sempre uns imbecis, do pior que há.
    Com gente assim...

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    1. Angelina Vidal não era tomarense nem nunca cá viveu.
      Para saberem mais sobre Angelina Vidal leiam a historiadora Irene Pimentel http://irenepimentel.blogspot.com/2010/05/angelina-vidal-uma-socialista-e.html

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    2. Não era de cá, nem nunca cá viveu? E dirigiu um jornal local, naquele tempo em que as comunicações e os transportes eram como se devia saber mas não sabe?
      Há qualquer coisa que não consigo entender. Defeito meu, está visto.

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    3. Não há dúvida que Tomar está cheia de gente negativa que despreza a cidade onde vive. Até conseguem dizer mal da cidade há 140 anos. Não gostam? Porque não vão para um sítio melhor? Não vivemos num país livre? Os que reclamam são os que menos fazem.

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    4. Caro leitor e habitual colaborador de ''Tomar na Rede'', que lemos com habitual interesse, faça como alguns poucos que conhecem a vida e obra de Angelina Vidal e terá resposta para essas suas dúvidas. Se ler todos os números de ''A Emancipação'' já conseguirá algumas respostas. Já agora, sugiro-lhe que leia o editorial ''THOMAR''deste primeiro número, nesta página aqui reproduzida e confirme se estes jornais locais criados naquele período histórico, tinham a mesma função do que entendemos serem os jornais locais agora.
      Porque o leitor tem eventualmente disponibilidade, quando estiver em Tomar, faça um estudo/leitura da publicidade, assim como as críticas literárias e de espetáculos locais neste extraordinário jornal cujo objetivo era ''eminentemente'' político. Já agora, acha que Teófilo de Braga, futuro Presidente da República Portuguesa, habitual autor de textos no ''A Emancipação'' iria a Tomar escrever ou levar os textos?
      Feito o desafio, espero que nos dê a todos depois informação crítica competetente como é seu hábito.
      Tudo isto que aqui escrevi foi-me soado (de som) e gostaria de saber se é mesmo assim segundo a sua opinião. Ouvi dizer que há um historiador em Tomar, conhecido e respeitado no meio académico na capital, Doutor Luís Graça, que terá estudos sobre a imprensa em Tomar, e o poderá ajudar na ''leitura'' da época.
      Nós por cá agradeceremos. Se na BMT não lhe derem acesso ao jornal, venha até Lisboa à BN ou Hemeroteca de Lisboa.
      Abraço.

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    5. Peço imensa desculpa mas, na minha laica ignorância, encontrei isto na net:
      19. PERSONAGENS DE TOMAR - História de Tomar
      https://historiadetomar.weebly.com/19-personagens-de-tomar.html
      Angelina Vidal Angelina Casimira do Carmo da Silva Vidal nasceu em Lisboa em 1847. .... Portugueses. Viveu parte da sua vida em Tomar, contribuindo para...
      Se me enganei, não estou só.

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    6. Caro/a leitor/a. Obrigado pela informação do blog que não conhecia. Fui visitar. Nas quatro breves linhas biográficas de Angelina Vidal que curiosamente tem duas entradas, estando uma delas obviamente fora da ordem alfabética, não consta a informação que refere. É intelectualmente desonesto e éticamente reprovável tal forma de discutir assuntos do conhecimento/cultura. Essas rasteiras são comuns como é sabido na discussão política. Volto a agradecer a referência do site que tem muita informação genérica da História de Tomar.
      Não tenho oportunidade de continuar esta discussão. Espero que continue (mas de forma elevada, intelectualmente honesta e rigorosa) a ilustrar os tomarenses e outros eventuais estudiosos ou simples curiosos sobre as ''coisas simples da terra tomarense''. Seca-figos é uma alcunha com que o apodo e porque não sempre-em-pé?
      Aproveite para destilar toda a sua verborreia a seguir. Prometo que não me indisporá. Não voltarei aqui.

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    7. Compreendo o seu desalento. A mim aconteceu-me o mesmo. Não se trata contudo de qualquer desonestidade ou armadilha da minha parte. Se quiser ter a amabilidade de se certificar, basta digitar na linha url angelinavidalemtomar e depois clicar na "cabeça do site" que refere, em 3º lugar se não me engano. Foi exactamente a parte que eu me limitei a copiar e colar. Quanto ao resto tem razão, há uma repetição na recensão de nomes, onde já não consta a referência contida na chamada inicial do site.
      Faço de conta que não li a parte ofensiva do seu texto designadamente o último parágrafo, por considerar que são coisas de juventude. Ou então trata-se de susceptibilidade à flor da pele.

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  2. Este escrito trouxe-me à memória uma notável conferência dada pelo Dr. Manuel da Silva Guimarães num dos primeiros anos da década de 60(63 ou 64) na soc. Nabantina, precisamente sobre a história da imprensa tomarense. Foi uma intervenção escrita que durou mais de hora e meia, com a sala repleta. Funcionou, na altura, como uma pedrada no charco na Vila, onde se falou de liberdade de imprensa, sindicalismo, movimentos políticos, etc.. Esse documento deve existir no seu espólio, certamente em poder da família. Boa ideia era tentar recuperá-lo e publicá-lo. A história de Manuel Guimarães em Tomar está por fazer, pela influência que teve na cidade, nomeadamente, na Jacome Ratton e no movimento associativo cultural que movimentou muitas dezenas de jovens, quer na Nabantina quer na Gualdim Pais. Lembro-me de ele ter encenado uma peça de teatro (entre várias - de Lorca, por expl., O Lugre, de Bernardo Santareno, comunista, na JRatton, representada no Cine-Teatro e que causou grande sensação. Era diretor da escola o Dr. Júlio Dias das Neves, um homem que merecia também melhor consideração por parte dos tomarenses.
    Recordar é viver.

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    1. Este escrito, a mim trouxe-me à memória, uma extraordinária comunicação proferida pelo Doutor Luís Pedrosa Graça no VIII Encontro de Professores de História da Zona Centro em 1990 sobre a imprensa periódica tomarense. No mesmo painel, participou também António Mega Ferreira. As Atas deste Encontro estão publicadas (1993).
      Relembro que entre outros neste Encontro foram também oradores, Natália Correia e o Professor Luís Albuquerque.

      Já agora ... no debate da cultura deve-se esgrimir conhecimento fundado em argumentação válida e não o insulto. Esta estratégia não contribui para a evolução/melhoria do debate e valorização de todos.

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    2. Anónimo das 16:19, o "insulto" refere-se ao meu comentário? Onde?

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    3. Não!

      Referia-me ao anónimo das 15:42. Peço desculpa pelo equívoco. Fiz um parágrafo mas deveria ter respondido no comentário abaixo.
      É a falta de traquejo nestas coisas.
      Mais uma vez peço desculpa.
      Saudações críticas.
      Não se iniba de dizer o que pensa. Respeito todos os que sabem e não têm receio de apresentar a sua perspetiva por mais diferente que seja da minha.

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  3. O comentador das 12H33 é aquilo a que se poderia chamar um nazi-fascista, não fora a circunstância de se calhar nem se dar conta das enormidades que escreveu. Resta portanto dizer-lhe que tudo aquilo que diz é mesquinho, reles e malcheiroso.

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