terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Grupo Fatias de Cá propõe passagem de ano a ver teatro

Entrar em 2019 a ver teatro é a proposta do grupo de teatro Fatias de Cá. Como faz habitualmente, o grupo promove a sua passagem de ano na Destilaria da Brogueira, em Torres Novas e convida os espectadores a juntarem-se à festa.

Serão apresentadas cenas de Os Relvas (segundo Alves Redol), antecedidas por um jantar.
Sobre a peça:  Os Relvas, senhores de vastas propriedades de lavoura e de vastas gentes no Ribatejo, com as suas quezílias familiares, romances proibidos e intrigas contra a indústria, são apanhados no remoinho trágico que desembocará no regicídio e na implantação da República Portuguesa.
A partir do romance Barranco de Cegos, de Alves Redol e em parceria com o Município de Torres Novas
Sobre o local: Antiga destilaria, onde o figo preto da região, depois de seco, era transformado em álcool, situa-se na aldeia de Brogueira, concelho de Torres Novas. As suas instalações foram adaptadas às deambulações teatrais, tornando-o num sítio acolhedor e de uma beleza bastante característica. O espólio da companhia teatral enche as suas salas, e as pinturas de Sam Abercromby e sua visão do mundo enchem algumas das paredes por onde passam os espectadores. Possui uma localização privilegiada a apenas 10 minutos do nó da A1 com a A23 na zona de Zibreira.
Sobre a companhia: O Fatias de Cá é um grupo de teatro profissional e amador criado em 1979, cujo lema é “Não resistir a uma ideia nova nem a um vinho velho”. Enquanto Companhia de Teatro enquadra cerca de 150 membros nivelados (entre profissionais e amadores) que desenvolvem ou uma atividade permanente, regular ou pontual. O grupo celebrizou-se por atuar em cenários como o Convento de Cristo, o Castelo de Almourol, o Mosteiro de Santa Clara a Velha, entre outros. A designação “Fatias de Cá” inspira-se no nome de um doce conventual (Fatias de Tomar) cuja receita pode ser considerada uma metáfora do ato teatral: batem-se as gemas dos ovos demoradamente até obterem um aspeto cremoso e uniforme e vão a cozer em banho-maria numa panela especial até ficarem com a consistência do pão. Fatia-se e frita-se em calda de açúcar.

Informações: 
31 de Dezembro • 20h20
Local: Destilaria da Brogueira • Torres Novas • Lat., long. 39.44276, -8.56891
Acesso: 33,33€ (inclui jantar)
Reservas: 960 303 991 ou reservas@fatiasdeca.net
https://www.facebook.com/FatiasdeCa/

3 comentários:

  1. Já uma vez caí nessa de ir ver "teatro" deste grupo a Almourol. Também metia refeição. Era caldo verde, lembro-me.
    Depois prestei a tenção e constatei que eles de facto misturam sempre a alimentação com as supostas artes cénicas.
    Nada contra.
    O problema é que ficamos sem critério para avaliar aquilo que pagámos para ver/comer.
    Quanto a "teatro" deixa muito a desejar. Procuram uns efeitos cénico, a puxar aos efeitos especiais, na medida do possível envolvendo o público (truque velho e gasto com que se pretende subtrair a apreciação crítica aos "pagantes" na medida em que que próprio se tornou conivente com aquilo)
    E depois é aquela coisa da comida. Apresentada enquanto um extra muito original e criativo, tem também essa função de "amolecer" a visão crítica do espectador/participante/comensal.
    Passada aquela coisa, fica-se com a sensação de que fomos enganados e nem se percebeu bem como.
    Quanto ao teatro mesmo, daquele que depende da capacidade e competência artística de quem está no palco… é melhor nem falar.
    Quanto à comida… bem, não fomos ao restaurante, também não temos legitimidade para nos queixarmos.
    O saldo, está bem de ver, é que nem uma coisa nem outra.
    Não quer dizer que, numa parvónia onde não acontece nada e o nível de cultura e literacia é o que se sabe, a coisa não passe por "muita gira".
    E se pensarmos no grupo de intelectuais que os acompanham e lhes debitam as críticas. e até no facto de eles serem "de cá", passam mesmo a geniais.
    É que "cá", não se "diz mal" dos de cá.

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    1. Já ouvi esta sua "música" aqui há tempos neste mesmo blogue. Topa-se que o seu combustível é a dor de cotovelo.
      Quando puder, veja lá se consegue mudar um bocadinho de reportório.
      Tenha um bom 2019, com teatro do melhor!

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  2. Também me lembro de ver uma crítica, há uns tempos, a referir mais ou menos a mesma coisa: o uso de truques especiais e outros efeitos que, pretendendo-se isso ou não, desviavam as atenções do desempenho artístico duvidoso. Na altura era a propósito do Convento de Cristo de onde foram corridos.
    Mas há mesmo um padrão que se repete: a mistura da alimentação com artes cénicas e, sinal da pequenez "de cá", o incómodo e aversão visceral a tudo o que seja abordagem crítica.
    O ser "de cá", tanto serve de "público mínimo garantido", garantia de boa imprensa e fundamentalmente de esconderijo a olhares críticos.
    Na lógica desta gente, toda a referência crítica é "dizer mal".
    Nem se pode referir que a sopa tem falta de sal.

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