Num comunicado sobre a turma de crianças da comunidade cigana na escola básica dos Templários em Tomar, o Alto-comissário para as Migrações aceita as explicações do diretor do agrupamento mas refere que a solução tem de ser transitória.
Pedro Calado diz que aparentemente não há intenção “de discriminar ou segregar os alunos visados, demonstrando a existência de uma maioria de outros alunos ciganos integrados noutras turmas com efetiva mistura do ponto de vista cultural e social.”
Acrescenta que para a constituição da turma exclusiva de alunos de etnia cigana “decorre da ponderação do nível de conhecimentos e de necessidades concretas destes alunos, sendo que a docente responsável apresenta elevada experiência em situações semelhantes”.
No entanto, o Alto-comissário para as Migrações reitera que a constituição deste tipo de turmas “deve ser objeto de um processo de reflexão amplamente participado designadamente com encarregados de educação, mediadores e restantes intervenientes, e considerado apenas temporariamente e quando todas as medidas convencionais se tenham esgotado”.
Mesmo sendo temporárias estas turmas “devem prever momentos de valorização e favorecimento da interculturalidade, envolvendo todos os alunos” “no espirito de valorização da diversidade e da aprendizagem cooperativa”.
Comunicado do ACIDI
Notícia do jornal Público
Turma de ciganos recebe luz verde temporária de comissário para as Migrações
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