quarta-feira, 29 de março de 2017

CDU denuncia “constrangimentos” e aponta “potencialidades” dos SMAS

“Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Tomar têm constrangimentos por inépcia politica mas têm potencialidades”, afirmou o vereador Bruno Graça, membro do conselho de administração dos SMAS, numa conferência de imprensa realizada pela CDU no dia 27.

O autarca, que integra a administração dos SMAS há 14 meses, criticou “a displicência dos sucessivos poderes políticos autárquicos relativamente aos SMAS” e deu como exemplo “a forma apressada e pouco refletida como, no início deste mandato, os serviços de limpeza urbana e de recolha dos resíduos sólidos” foram transferidos da câmara para os SMAS.
Tanto PSD como PS estiveram na mira dos ataques do vereador comunista. Denunciou a tentativa de privatização dos serviços municipalizados do anterior executivo que pretendia “a liquidação dos serviços públicos municipais, entregando-os ao sector privado”. Já quanto à gestão do PS na primeira metade do mandato criticou a intenção de privatizar a recolha de lixo.
Bruno Graça também foi crítico em relação à atual situação dos SMAS elencando “um conjunto de problemas políticos e estruturais que condicionam a capacidade e a qualidade da prestação dos serviços públicos municipais”. “Isto como está, não está bem”, afirmou.

Principais problemas dos SMAS na perspetiva da CDU

Na conferência de imprensa, a CDU apresentou “os principais problemas estruturais que neste momento impedem que os SMAS cumpram a sua missão, prestando um serviço público municipal de qualidade”. E que são os seguintes:
“1 – Os acordos assinados pelos executivos do PSD com as Águas de Lisboa e Vale do Tejo e a EPAL. 
1.1. Que obrigaram e obrigam ao pagamento dos afluentes indevidos a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, na fatura do tratamento de águas residuais domésticas. Pagamos milhares de metros cúbicos de tratamento de água das chuvas como se tratasse de águas residuais domésticas. 
1.2. Que definem volumes e preços de aquisição de água adquirida à EPAL e a Águas de Lisboa e Vale do Tejo. 
2 – A insustentável situação do abastecimento de água a partir da captação de água da Mendacha: 
2.1. Quer a nível da sua qualidade, particularmente no que respeita a turvação 
2.2. Quer a nível do cálcio que leva ao aparecimento de incrustações calcárias que destroem aparelhos domésticos dos seus clientes e provocam a destruição da própria rede pública de abastecimento causando sucessivas ruturas. 
3 – As condições, sub-humanas, das instalações disponibilizadas aos trabalhadores dos SMAS não dignificando o seu trabalho, provocando a sua desmotivação. 
4 – A imperiosa necessidade de reforçar e mecanizar os serviços, adquirindo novos equipamentos. Por exemplo, é urgente investir mais de meio milhão de euros na modernização da frota (recolha de resíduos domésticos, limpeza de fossas e limpeza urbana).” 

Bruno Graça denunciou que a verba que os SMAS pagam à empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo pelo tratamento de esgotos na ETAR da zona industrial não corresponde à realidade. Ou seja, o município paga para tratar água da chuva na ETAR devido a infiltrações. “Metade do que se paga é relativo a água da chuva”, critica, informando que os técnicos estão a tentar identificar esses problemas.
Se os SMAS conseguissem baixar esta fatura seria possível investir mais no saneamento básico num concelho onde apenas 57 por cento da população beneficia deste serviço.

Mais pessoal e equipamento

Bruno Graça recapitulou o investimento feito no pelouro da sua responsabilidade quanto a aquisição de maquinaria e equipamento: uma varredora mecânica, uma monda térmica, dois aspiradores elétricos e a recuperação do veículo de lavagem de contentores.
Quanto aos recursos humanos revelou que foram admitidos 16 novos trabalhadores: seis cantoneiros de limpeza, três operadores de máquinas e veículos especiais, três canalizadores e quatro cabouqueiros.

6 comentários:

  1. Até parece verdade

    Se a política fosse um bife, o desmanchado na peça, seria, pobremente, de alcatra quinta escolha.
    Ele enferma de nervos vários que lhe endurecem a trinca e abastardam o sabor.
    É uma carne mentirosa, demagoga, populista; apontada, sem escrúpulos mas de faca bem afiada ao que vem aí: a nova matança que se avizinha; lá para Outubro.
    Assim, com ar sério, sisudo e tudo, se faz a apologia da desresponsabilização, pregoando que outros açougueiros terão morto aquilo que, com unhas e dentes fincadas e afincados, qual abutre traiçoeiro e interesseiro, este, no ruído do seu silêncio ensurdecedor e cobardemente participante, empurrou para a degola.
    Por agora, e só por agora…, um apelo se deixa a bem da saúde e sanidade de todos: que ninguém, mas ninguém mesmo, deguste desta infectada e nefanda carne, que…., não vale um metro cúbico da água comprada ou, mesmo, do mal cheiroso e infecto esgoto tratado e, que, naturalmente, tem que ser pago…
    Das vísceras restantes, só a desmancha total, qual autópsia peça a peça, poderá mostrar as mazelas a haver, a sua origem donde provém, e o tratamento de quem!...

    Do Talho ao Retalho

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  2. Coitado nem sabe a diferença entre afluente e efluente...

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  3. O Bruno mete medo... porque é muito mais sério e competente que os outros.

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  4. O antigo diretor delegado escreve bem.

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  5. Ui que medo dum tipo que deixou uma associação altamente subsidiada mas falida depois de ser o seu dirigente durante anos mas já na altura andava de malinha para cima e para baixo. Trabalhinho, nada, só conversa e sempre com ar de que é muito sério. Pobre gente, pobre Terra.

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  6. Haverá alguém neste espaço, que explique a estes senhores e senhoras da CDU, admiradores de dois dos maiores criminosos do século XX, Lenine e Estaline, a diferença entre AFLUENTE e EFLUENTE......, pois há quem já não tenha paciência e pachorra para tal!

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