segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Nabantina comemora 142 anos

A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina festeja hoje 142 anos de história.
A filarmónica fundada a 12 de setembro de 1874 tem sede na rua Silva Magalhães em pleno centro histórico de Tomar.
A sua presidente, Filipa Fernandes, escreveu no facebook uma mensagem alusiva à data:

"Tomarenses hoje é um dia especial!
Há 142 anos um grupo de amigos juntaram-se para fazer algo pela nossa cidade... era urgente criar alternativas culturais e novos ideais, daí nasceu uma associação de seu nome Nabantina.
Desde então muito aconteceu na nossa cidade, no nosso país, no mundo... desde guerras, golpes de estado, uma atribulada descolonização, a luta pelos direitos das mulheres e dos trabalhadores, crises económicas, etc. Pessoas lutaram, pessoas morreram, milhares de empresas fecharam, mas sempre lutando com todas as forças a Nabantina foi sempre resistindo, mantendo de pé os seus valores do passado e presente.
Por isso Nabantinos, orgulhemo-nos deste espírito de união e persistência que faz desta associação a mais antiga do concelho.
Orgulho em fazer parte desta história!
Todos juntos somos NABANTINA!"

Página da Nabantina no facebook

Site da Nabantina

                                             História da Sociedade Nabantina

A Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, um dos ex-libris da Cidade de Tomar, foi fundada a 12 de Setembro de 1874, nesta cidade. Tem-se mantido em actividade até hoje.
 Inicialmente, fora baptizada com o nome de Real Banda Marcial Nabantina. Desde logo, foi uma alternativa paisana à hegemonia militar que, então, fazia música na localidade, pelo regimento sediado na cidade. Foram seus fundadores Sebastião Campeão e José Matias de Araújo, então jovens ao redor dos seus vinte e cinco anos.
Provinciana e rural, Tomar possuía, desde os finais do século XVIII, uma fábrica da fiação que empregava um significativo número da população. Dela saíam muitos dos músicos, apesar de um perfil monárquico regenerador dos “pais fundadores”.
Nos primeiros anos após a sua fundação, além de ministrar o ensino da música, manteve uma escola de ensino primário, que veio completar a formação dos sócios mais carenciados. No entanto, a sua actividade principal foi, é e sempre será a existên¬cia de uma banda de música. Esta percorria as ruas da cidade sempre que qualquer acontecimento festivo ou efeméride o justificava (como é exemplo o desfile de indignação patriótica motivada pelo Ultimatum de 1890). Famoso era o seu desfile em modelo de “marche aux plane heux”. Actualmente, continua a percorrer as ruas da sua cidade em datas importantes, como o 1º de Maio e o 1º de Dezembro, para além das tradicionais arruadas de Boas Festas e do dia do seu Aniversário.
Com o 5 de Outubro de 1910 passou a chamar-se Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina, mas nunca foi exageradamente “afonsista” como prova o Grupo Dramático Nabantino, fundado a 1913. A Banda passou a fazer concertos ao ar livre, a direcção promovia “quermesses”, mais tarde, nos anos 20, muitos bailes animados pelos grupos Jazz Nabantino Ultra-futurista e Hiper Melody Jazz Nabantino, e muitas digressões e excursões, quando as facilidades rodoviárias começaram a ser mais certas.
Foi, também, nesta casa que se começou a afirmar, em sessões de arte, o talento musical de Fernando Lopes Graça, já a agremiação se tinha sediado no cha¬mado “Bairro das Flores” (como lhe chamavam os tomarenses por nele estar situado o Jardim Público), actual sede da colectividade (Rua Silva Magalhães n.º 54)
Nos anos 60 e 70 albergou ciclos culturais, com a presença de intelectuais de oposição do Regime salazarista, como Alves Redol, Fernando Namora, Vasco Graça Fernandes, Lopes Graça e o Coro da Academia de Amadores de Música. Criou uma secção de cinema e recupe¬rou a tradição do teatro e das danças de salão. No princípio dos anos 80, criou um coro, denominado Canto Firme, publicou, durante três anos, um jornal intitulado “Tomar Cultura” e um Boletim Informativo “Sociedade Nabantina” (1986), criou uma Orquestra Ligeira, uma classe de Judo e outra de Xadrez. Nos anos 90, destaca-se a formação de um “Cavalinho” da Nabantina com elementos da banda e uma equipa de Vólei -praia.
Pontualmente, esta instituição teve crises directivas, urgências de instrumental, conflitos entre executantes, personalidades contrastantes como regentes, dificuldades orçamentais. No entanto, conseguiu sempre superá-las e os seus dirigentes esforçaram-se por fazer permanecer os valores de que a colectividade se regia, para além de combaterem perante o que parecia impossível, fidelidade às suas origens. É a mais antiga colectividade da cidade templária e, desde 1993, é Instituição de Utilidade Pública. Como tal e ao longo destes 135 anos a Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina cultivou as artes, nomeadamente a música e constitui um Centro de recreio que proporciona aos seus sócios e a todos os tomarenses formação humana e educação cultural, cívica e recreativa.
Através destas actividades, a colectividade tem percorrido o país e o estrangeiro, nomeadamente Espanha, representando a sua cidade e o seu país. Contudo, é através da banda que, em intercâmbios com outras Bandas Filarmónicas ou a convite de outras entidades, mais se evidencia. Actualmente, esta é constituída por 40 elementos que a integram em regime de total amadorismo. A par da Escola de música, a partir de Dezembro de 2008, a Nabantina formou uma Banda Juvenil da Escola de música.
Para além da música, a Sociedade Banda Republicana Marcial Nabantina mantém uma secção de danças de Salão desde 2004 e um atelier de artes (2010).
                                                          Texto publicado no site da Nabantina
                                                          http://nabantina.webnode.pt/sobre-nos/

Sem comentários:

Enviar um comentário