sexta-feira, 4 de março de 2016

O PSD e o seu candidato (1/2)

Opinião

Numa das minhas anteriores crónicas debrucei-me sobre "O candidato do PS". Por várias razões, todas elas relacionadas com o bem de Tomar, concluí não dever ser Anabela Freitas, apesar da sua extemporânea recandidatura tentar tornar isso um facto consumado. Esta convicção é tão mais forte quanto se percebe quão agarrada está à sua cadeira de poder. Se Anabela Freitas fosse uma pobre refugiada e a sua cadeira uma boia, atravessaria o mediterrâneo com tanta certeza quanto aquela do seu companheiro sobreviver ao naufrágio do Titanic...
Mas hoje é dia de falarmos do PSD. E se formos capazes, do seu candidato.
O tema já foi objeto de reflexão na crónica "PSD Tomar, tacticismo político ou inoperância?".
Entremos suavemente na história recente deste partido algures em meados de 2013, dispensando a análise do desaire da governação social-democrata no seu último mandato, aquele que foi parasitada durante 2 anos por um daqueles vírus oportunísticos que se instala em corpo debilitado e acaba matando o hospedeiro...
A campanha das autárquicas desse ano foi um enfado para o universo social-democrata. Para alguns destes, em particular, até foi um perfeito "faz de conta" resultante das suas imbricadas agendas pessoais. Dos desacordos quanto ao "cabeça de lista", restante lista feita "às três pancadas",  campanha frouxa, ausência de programa, foi seguido à risca o "Manual para a Derrota"...
Conclusão: A dinastia Relvas, Paiva, Côrvelo, Carrão sai de cena... ou cai de cena, como preferirem.
Em representação do PSD, no executivo do PS presidido por Anabela Freitas, fica o segundo e o quinto da lista apresentada a sufrágio dos tomarenses...
Entretanto, nos órgãos da concelhia do partido, os “jotinhas seniores”, aqueles que não tinham tido chance de sair da penumbra, instalam-se arrogando direitos de protagonismo. Destes, haverá mesmo quem tenha exultado com a derrota do seu próprio partido... Apostavam num virar de página pois, querendo julgar bem de si próprios, entendiam que não lhes havia sido reconhecido o "valor". Este é o grupo que renega(va), às escondidas, a obra de Paiva num espécie de complexo de Édipo. O nome de mãe?  Poder, é claro!... No entanto, o que parecem desconhecer é que renegar a história, mesmo que dela se discorde, nunca traz bom futuro.
A eleição para a próxima Comissão Política concelhia, a ter lugar amanhã, dia 5 de março, parece ir decorrer com tranquilidade. Listas feitas. Pacificadas.
Já o mesmo não se pode dizer da candidatura à Câmara. Aqui a coisa fiará mais fino. Quem será o candidato?
(Conclui amanhã)
                                                    José da Silva

3 comentários:

  1. Não fica bem a um comentador, escrever aquilo que não sabe, ou mesmo, se deitando a adivinhar, ficando nas entrelinhas parafraseados que poucos sabem.
    Um comentador se não é adivinho deverá fazer artigos de opinião depois de factos consumados e daí extrair a sua livre e espontânea opinião. Antes disso, não fica bem inventar para aumentar a intriga...

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  2. O PSD tem núcleo duro? Ou a lista é um conjunto de pessoas, juntas num mesmo saco para evitar saídas? O candidato será sempre uma escolha de treta dentro do partido. Depois alguns vão demitir-se e vão-se todos espetar contra a parede. O PSD vai ficar na oposição por mais dois mandatos. continuam órfãos do Paiva, que lhes virou as costas e nem os cumprimenta quando passa por alguns deles.

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  3. Órfãos de Paiva? Esse homem foi uma das ruínas do nosso concelho! Não foi o único culpado certamente, mas se há alguém que muito nos prejudicou foi ele. Só o contrato com a BragaParques era todo um romance. Mas verdade seja dita. O PSD só não ganhou as últimas eleições porque o candidato era o Carrão. Calhasse ser o Lourenço (ou qualquer outro) e provavelmente a história era outra. E se o PS não se põe fino, é bem capaz de perder as eleições em 2017. Qualquer que seja o candidato que o PSD apresente...

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