“A fusão das freguesias não vai ter grande significado na Festa dos Tabuleiros, a não ser numa ou outra situação que pontualmente se tenha de alterar” afirma o mordomo João Victal em entrevista (escrita) concedida ao ‘Tomar na Rede’. Com a reforma administrativa do território Tomar passou de 16 para 11 freguesias. Se este facto vai ou não ter repercussão na festa era a questão.
Para João Victal “ainda é um pouco cedo para saber o número de Tabuleiros para este ano, mas é possível que se verifique uma diminuição. Recorde-se que na festa de 2011 desfilaram um total de 708 tabuleiros vindos das 16 freguesias existentes na altura.
Outra questão que se coloca tem a ver com a identificação ou não da freguesia nas fitas usadas pelas mulheres que transportam os tabuleiros. Victal garante que se “mantém tudo como está”. Ou seja, as juntas que entenderem podem escrever o nome da freguesia nas fitas.
Sobre a animação, a comissão ainda não tem nada decidido, garante o mordomo. Um dos artistas de que se fala para atuar durante a festa é o de Anselmo Ralph. Sabe-se que alguns dos espetáculos serão realizados no estádio e os jogos populares no Mouchão, tal como aconteceu na última festa.
Quanto às ruas populares ornamentadas, mantem-se o problema da desertificação do centro histórico. “Estamos a tentar fazer, o que já se fez na última Festa, envolver as escolas e outras instituições na ajuda aos moradores. É nisso que estamos a trabalhar, embora já se façam flores em algumas ruas. Já recebemos uma quantidade de resmas de papel para os moradores começarem a escolher as cores”, explica João Victal.
A parte financeira é algo que preocupa a organização da festa, sendo certo que não se pretende ultrapassar o orçamento da última Festa, “embora os preços do material tenham aumentado”. Já há contactos com alguns patrocinadores mas “ainda nada de conclusivo”.
Quanto a apoios oficiais, a Câmara prevê uma verba de 100 mil euros no orçamento deste ano. João Victal espera que as entidades de turismo este ano apoiem a festa, o que não aconteceu em 2011.
“Há uma vontade enorme para que a Festa se faça”
Desde maio que se trabalha para a Festa, “para que decorra da melhor forma possível, apesar de todo este clima de crise”. O mordomo diz notar nas pessoas “uma vontade enorme para que a Festa se faça”. “Têm-me dado, assim como aos colegas que me acompanham nas comissões, apoio e incentivo neste trabalho, porque naturalmente estamos aqui todos para o mesmo e necessitamos dessa força.”
Para terminar, João Victal espera que a festa dos Tabuleiros “seja vivida com alegria, em união e comunhão sincera e verdadeira, que é para isso que as festas se fazem. Receber os Tomarenses que trabalham e vivem por esse mundo e que fazem desses dias um reencontro. Receber os que nos visitam com aquela tradição de bem receber dos Tomarenses. A Festa sem esta entrega e voluntarismo, não se faz.
E quando os tempos são difíceis e de desencanto, esta partilha é uma centelha de esperança no futuro. E aqui somos nós os responsáveis em a manter acesa e em transmiti-la aos mais novos.
A festa dos Tabuleiros realiza-se de 4 a 13 de julho sendo o cortejo principal no dia 12. As datas das saídas de coroas são a 5, 12 e 26 de abril, 10 e 24 de maio, 7 e 21 de junho, sendo que os percursos ainda não estão definidos.
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