29 anos depois, Paulo lembra-se que nesse dia chovia torrencialmente e, por isso, o roupeiro Camilo mandou os apanha-bolas saírem para mudarem de roupa depois de estarem 45 minutos (1.ª parte) à chuva. “Parecíamos uns pintos”, recorda-se.
Quando caminhava para os balneários viu um objeto a brilhar no chão. Era o tal fio de ouro que afinal tinha caído do bolso do casaco de João Aranha, diretor do departamento de futebol do Sporting, a quem Jordão tinha pedido para guardar o fio.
No final do jogo, quando João Aranha se preparava para entregar o fio de ouro a Jordão, apercebe-se que não está no bolso. Começaram à procura do valioso fio quando um jovem da bancada pergunta o que procuravam. Ao saber as razões da busca, este informa que foi um amigo seu apanha-bolas que encontrou o fio e que estava no posto médico.
Aliviados por terem recuperado o fio de ouro, Jordão e João Aranha agradeceram a honestidade evidenciada.
Mas a história não acaba aqui. Com 13 anos, Paulo Pereira teve a ideia de escrever uma carta a Jordão a dizer que tinha sido ele a encontrar o fio de ouro e a pedir uma bota de futebol com a assinatura do jogador. Passado algum tempo, Paulo recebeu a sua desejada recompensa que ainda hoje guarda religiosamente.
Paulo Pereira tem agora 42 anos e trabalha na rádio Torres Novas FM. Agradecemos-lhe ter partilhado connosco esta bonita história.
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