sábado, 23 de fevereiro de 2013
Tribunais de júri são raros em Tomar
São muito raros os tribunais de júri como o que está a julgar o caso do homicídio de João Perisco no qual o seu amigo Carlos Mata é o acusado.
A pedido do advogado de Carlos Mata, António Velez, de Abrantes, foi constituído um júri do qual fazem parte oito cidadãos, quase todos jovens, oriundos de várias freguesias do concelho de Tomar. De uma primeira seleção aleatório de 100 pessoas foram escolhidos 18 e desses ficaram oito, três mulheres e cinco homens. Entre eles está um empresário (o elemento mais velho do juri), um técnico de informática e uma estudante.
Aos jurados, juntamente com os três juízes do coletivo, vai competir decidir o veredito final. Primeiro vão votar se consideram Carlos Mata culpado ou inocente dos crimes de homicídio e de profanação de cadáver de que é acusado. Depois, caso seja considerado culpado, é a vez de fixarem a pena sendo que neste caso pode ir até 25 anos de prisão.
Há mais de 10 anos que não havia um tribunal de júri num julgamento em Tomar. O último caso aconteceu num processo de homicídio em que um vizinho matou outro a tiro na localidade de Contraste, freguesia de S. Pedro de Tomar.
Outro caso aconteceu há cerca de 30 anos num crime de homicídio em que um militar matou a sua namorada que estava grávida de nove meses tendo escondido o corpo no mato na freguesia de Sabacheira.
A utilização de tribunais de júri é normalmente uma estratégia da defesa para tentar atenuar a pena tendo em conta a gravidade dos crimes.
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