Durante as investigações do desaparecimento de João Perisco em abril de 2012 em Tomar, a Polícia Judiciária encontrou vestígios de sangue nas luvas que o suspeito, Carlos Mata, deixou na empresa onde trabalhava, a Rimarbal. Na bagageira do carro do suspeito foi encontrada uma poça de sangue que se confirmou ser da vítima.
Outras pistas da PJ foram os telemóveis do suspeito e da vítima, as chamadas efetuadas e as SMS enviadas. Após o crime, Carlos Mata ficou na posse dos telemóveis de João Perisco e confirmou hoje no tribunal que enviou várias mensagens desses telemóveis como se fosse a vítima a enviar.
A PJ analisou a roupa e as sapatilhas do suspeito e concluiu que Carlos Mata não esteve na praia do Norte (Nazaré) onde disse inicialmente que lançou o corpo ao mar.
As cartas escritas por Carlos Mata após o crime onde fala do seu amigo João Perisco no passado (“era o meu melhor amigo”) foram recolhidas e constam do processo.
O mediático julgamento começou ontem, dia 21, prossegue hoje e amanhã, sexta-feira. Na sessão desta quinta-feira foram ouvidos alguns colegas de trabalho de João Perisco e Carlos Mata, bem como a ex-mulher deste e a sua mãe.
A ex-mulher de Carlos Mata, Carla Pegas, disse hoje no tribunal que se divorciou em dezembro último. Apesar disso continua a visitá-lo na prisão. Sobre o caso de homicídio relembrou os dias em que o crime ocorreu até à detenção do seu marido. Respondeu a todas as perguntas dos juízes, ministério público e advogados e disse que não queria esconder nada.
Neste processo Carlos Mata é acusado de ter assassinado o seu melhor amigo e de esconder o corpo. Dívidas por liquidar terá sido o móbil do crime.
Carlos Mata era treinador da equipa sénior do clube de Ferreira do Zêzere. Está em prisão preventiva em Leiria.
O julgamento decorre sob fortes medidas de segurança com a presença de dezenas de pessoas na assistência.
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