terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Convento de Cristo novamente fechado no dia da fundação de Tomar

À semelhança do que aconteceu no ano passado, este ano o Convento de Cristo vai estar fechado no dia 1 de março, dia em que é feriado municipal em Tomar e se comemora o início da construção do castelo que deu origem a este aglomerado que é Tomar.

Ou seja, no dia em que se assinalam 859 anos do início da construção das muralhas, o castelo e o convento estão fechados.
Sendo certo que é um direito que os trabalhadores do monumento têm – o descanso em dia feriado municipal -, não deixa de ser um contrassenso festejar algo que está fechado.
Aliás, por exemplo em 2016, no dia 1 de março realizaram-se no convento visitas guiadas, recriações históricas, um espetáculo musical e uma conferência, sendo possível visitar a alcáçova e a torre de menagem, normalmente fechadas.
O assunto foi abordado o ano passado e este ano em reuniões de câmara pela vereadora Célia Bonet, do PSD, mas foi desvalorizado pela presidente.
É a DGPC – Direção Geral do Património Cultural que tutela o Convento de Cristo.

14 comentários:

  1. Palhaçada. Friso, palhaçada. Deveria de estar aberto, com entradas gratuitas, principalmente neste dia. E sim, é neste dia, nesta altura, que se deve realizar a feira medieval (ou o que lhe quiserem chamar), para celebrar Tomar cidade. Palhaçada.

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  2. A DGPC é que manda, as pessoas que reclamem para lá, já que hoje se reclama por tudo é por nada.

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  3. "...se comemora o início da construção do castelo que deu origem a este aglomerado que é Tomar". A ideia que suporta esta frase é errada e talvez esteja na base das opções que têm feito regredir a cidade.
    1- A construção do castelo foi feita para defender um povoado já existente e que obviamente merecia ser defendido. Um povoado que vem do tempo da ocupação romana.
    2- O castelo e o que o rodeia resultam da importância estratégica da zona (povoamento e defesa de agressão espanhola) e também do seu valor económico. Só isso.
    3- pensar que o castelo foi feito porque sim ou porque o ar de Tomar é importante é a mesma coisa que pensar que para o futuro da cidade e o seu crescimento basta o turismo. É por isso que os "castelos de hoje", os que dão emprego e fixam população são construídos longe de Tomar.

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    1. Seja você quem for, está totalmente enganado.
      Quando o castelo foi começado a edificar.no dia 1 de Março de 1160, não havia aqui qualquier povoação, pequena ou grande. Prova disso é a lápide dessa época, que está na escadaria do lado direito do acesso actual, que diz o seguinte: "Gualdim Pais com seus freires começou a edificar este castelo por nome Thomar". Se houvesse uma povoação anterior, ao castelo teria sido atribuído o nome desse povoado. Ou não?
      Também não é verdade que o castelo tenha sido feito "para defesa de agressão eapanhola". Nesse tempo ainda não havia Espanha. Os reinos confinantes eram Leão e Castela, que só 3 séculos mais tarde se tornaram Espanha, pelo casamento de Fernanado de Aragão e Isabel de Castela, os Reis católicos. Estávamos então no século XV.
      Nos séculos XII, XIII, XIV e XV, o perigo eram sobretudo os reinos árabes, o último dos quais, o de Granada, só foi conquistado pelos cristão em Janeiro de 1492. O mesmo ano em que Colombo chegou ao que foi depois a chamada América.
      Finalmente, a sua evidente aversão ao turismo, como elemento preponderante de desenvolvimento, não tem qualquer razão de ser. Cidades bem mais importantes que Tomar vivem praticamente só disso e não se queixam. Veneza, Sintra, Toledo, Marraquexe. Machu Pichu, por exemplo. E aqui bem perto, Fátima mostra bem como é que a indústria turística funciona e se desenvolve, arrastando o desenvolvimento de outras actividades, quando os concelhos não são dominados e governados em grande parte por nabos, com a mania que sabem o estão a fazer. Um bocado como você, quando escreveu este seu comentário sem se documentar antes.

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    2. Mas afinal o castelo foi construido para quê? Para ser uma torre de vigia? A cidade romana de Sellium nunca existiu? E a lenda de Santa Iria atribuída aos visigodos no sec. VII? Sobre os castelos, este como o de Pombal ou Idanha, pretendiam era defender a zona dos invasores, ainda que estes tenham mudado consoante as épocas. Quanto ao turismo, confundir turismo religioso com turismo urbano normalmente traz desilusões. De igual modo confundir turismo na periferia de Lisboa com o do "interior". Mas continuem com essa ilusão: nos últimos 15 anos Tomar perdeu 13% de residentes. Sim, depressa estaremos ao lado de Marraquexe e de Machu Pichu, vendendo artesanato e ovos estrelados entre uma ida e vinda ao castelo. Ou talvez só ida.

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    3. Bom dia e boa saúde!
      Ainda bem que aceita o diálogo franco sem se ofender. É coisa assaz rara em Tomar.
      O castelo foi construído para povoar e defender o território antes doado aos templários. Na sequência da conquista de Santarém, na qual Afonso Henriques teve a ajuda dos cruzados e dos templários, houve problemas. De um lado bispo de Lisboa, que defendia os cruzados, do outro os templários. Em síntese, estava em causa o saque e posterior posse da cidade, que tinham sido prometidos aos dois grupos de guerreiros.
      Ganhou o bispo de Lisboa, em representação dos cruzados, pois foi-lhes atribuída a cidade, excepto a igreja de S. Tiago. Esta e o "termo de Ceras" foram doados pelo rei aos templários. Repare bem: "termo de Ceras" e não termo de Sellium ou de Tomar.
      Instalados em Ceras, procuraram os templários sítio mais adequado, muito provavelmente devido à evidente falta de água. E assim se começou o castelo em Tomar.
      Claro que antes houve Sellium, que ninguém sabe muito bem onde foi e há a lenda de Santa Iria, no tempo dos visigodos. Mas há que ter em conta a perspectiva histórica. Sellium fica lá para trás, mil anos antes da fundação do castelo. E a lenda de Santa Iria é de 634, ou sejá mais de 500 anos antes do início do castelo. Por conseguinte, aquando da edificação havia vestígios arquitectónicos dos romanos e dos visigodos, porém a região estava deserta havia séculos. Por um motivo óbvio: o Nabão era então um pântano na zona agora citadina, o que provocava frequentes epidemias de paludismo ou sezões, a que agora chamamos malária, imitando os americanos. Só no século XV é que o Infante D. Henrique procurou resolver esse problema, mandando construir açudes e regularizar o leito do rio. DE resto a toponímia local aí está para lembrar esses tempos pouco saudáveis. Ainda hoje temos a Várzea grande e a Várzea pequena, sendo que, de acordo com o dicionário "várzea" é um terreno geralmente alagado, coberto de água. Como os arrozais, por exemplo.
      Sobre turismo, as coisas são bem mais complexas do que você possa imaginar, pelo que o melhor é deixar esse assunto para especialistas e para outro local, noutra ocasião. Em todo caso, convirá lembrar que a Nazaré também vive sobretudo do turismo, tal como acontece com a Figueira da Foz, Évora ou Castelo de Vide, o que afasta a sua teoria da periferia de Lisboa.
      O que conviria era que os tomarenses, sobretudo os seus governantes, aceitassem de uma vez por todas que improvisando não se vai longe e que, para não improvisar, se deve recorrer, sempre que possível, a técnicos credenciados, com referências académicas mas também e sobretudo profissionais.
      Tomar está com está e vai para pior porque basicamente os eleitos e os eleitores tomarenses, na sua grande maioria, até ignoram que são ignorantes. Ou seja, estão sempre convencidos que sabem e por isso mesmo nunca pedem ajuda, porque presumem que não precisam.
      E assim vamos rumo à decadência final. Não será muito arriscado prever que, a continuarmos por esta via do chupismo, dentro de um ou dois séculos, já não haverá Tomar. Apenas algumas ruínas veneráveis, com destaque para o Convento.

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    4. Olhe-se então para soluções. Nazaré vive do turismo, sim. Mas pesca e reparação naval não contam? Agricultura e novas empresas em Valado de Frades são para ignorar em termos de criação de riqueza e emprego? E o sol-praia da Nazaré tem o mesmo potencial que turismo urbano numa cidade como Tomar?
      Figueira da Foz vive do turismo. Deve-se esquecer que dois dos maiores exportadores de bens nacionais têm aí parte importante da sua atividade industrial? Que o porto de mar da Figueira foi o que registou maior crescimento no continente, logo a seguir a Sines? Que ainda esta semana foi anunciado um novo projeto para produção de energia no valor de 50 milhões de euros?
      Évora vive do turismo. E os 150 milhões de euros e 2000 postos de trabalho criados pela Embraer, só para citar o último investimento na cidade deste que é o 3º maior construtor mundial de aviões?
      Finalmente Castelo de Vide. De facto, pode ser um exemplo para Tomar. Castelo de Vide tem pouco mais que 3000 habitantes, dos quais cerca de 1100 com mais de 65 anos. Em Tomar, reduzir a população e caminhar para que os que ficam envelheçam é uma hipótese a prazo. Os tomarenses que escolham o futuro que desejam.

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  4. Concordo com o tiago nunes.
    Monumentos em Tomar deviam estar todos abertos neste dia. Reclamação para o Ministro(a) da Cultura no portal do governo

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  5. AAHAHAHH Muito mau!!!!!!!! Devia era estar aberto e ser grátis para os habitantes e visitantes de Tomar poderem visitar e conhecer melhor!!! Há coisas que não se compreendem! E No carnaval estão abertos?? Ou também fecham segunda e terça???

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  6. Grátis, existe tanto desconhecimento é tanta palermi-se que até assusta. Quem define se é gratuito ou não é DGPC, se têm tanta vontade de visitar venham aos Domingos até às 14h.

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  7. Já visitei inúmeras vezes.... A pagar e de borla... A DGPC é que decidiu o encerramento... ?É o que está em.causa o resto foi sugestão... Informe se....

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