segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

João Coroado é o único candidato à presidência do IPT

Tal como se previa, só há um único candidato à presidência Instituto Politécnico de Tomar (IPT). Trata-se de João Coroado, atual vice-presidente.

As eleições estão marcadas para 20 de fevereiro de 2019, mas antes o candidato tem de se apresentar publicamente numa sessão a realizar no dia 6 de fevereiro. Nessa altura João Coroado vai apresentar o seu plano de ação para o mandato, que inclui a indicação dos objetivos que se propõe prosseguir, as linhas de ação que propõe para os desenvolver, as metas que visa alcançar e os respetivos parâmetros da avaliação, conforme exige o regulamento.
Compete aos membros do Conselho Geral eleger o novo presidente.

7 comentários:

  1. No politecnico de Tomar é assim há mais de 12 anos: candidato único e sempre o vice do anterior presidente. Uma mostra da (falta) da dinâmica interna. Um caso único no ensino superior em Portugal.

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    1. Está certo. Quando o Politécnico de Tomar começou, Tomar era uma cidade de referencia a nível nacional. Agora é uma cidade do interior que tenta sobreviver, para não vir a ser uma aldeia. O que o politécnico podia ter sido era o motor do desenvolvimento regional e citadino local. Para os seus dirigentes de topo parece ter sido o lugar de bons ordenados durante os últimos anos. Para além da transferência de verbas do orçamento de Estado, dos cada vez menos alugueres de quartos e quase ausência de vida urbana, que contribuição teve este politécnico para a economia local? Valerá a pena comparar o politécnico de Tomar com o de Leiria?

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    2. O que se verifica é que os politécnicos mais controlados, isto é sem manifestação de uma alternativa dirigente, são os que menos procura têm de novos alunos. Coincidência?

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    3. Claro que não. Uma organização fechada sobre si própria, como parece ser o caso do ipt, não atrai novos elementos, sejam alunos, professores ou investigadores. Organizações fechadas só atraem elementos se tiverem possibilidade de atribuirem subsídios, caso das Misericórdias, por exemplo.

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  2. Há vários tipos de dirigentes. 1-os que "seguram o seu lugar", mesmo que afundem a instituição. 2-os que, ainda que afundem a instituição, se não ficam no lugar, passam-no a um membro do grupo de amigos (no sul de Itália diz-se disto "Passar à Família/Cosa Nostra"). 3-os que independentemente do seu futuro pessoal, procuram promover o sucesso da instituição.
    Face aos resultados do IPT, nomeadamente ao número de novos alunos de licenciatura, cada um que tire as conclusões sobre o tipo de dirigentes que o IPT tem tido nos últimos 13 anos .

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  3. (É muito agradável constatar que as caixas de comentários revelam um elevar do debate.)
    Continuando com o raciocínio anterior, é com toda a legitimidade que interpretamos que estas circunstâncias de não abertura e cinzentismo, estando obviamente associadas a situações de tacanhez e subdesenvolvimento cultural, protagonizam, obviamente, personagens medíocres cuja ascensão institucional nada deve à sua competência enquanto “dirigentes” eleitos.
    Pelo contrário (e isto, calma aí, não é exclusivo do Politécnico), é por serem instalados no sistema, por terem os contactos certos, que emergem nestas circunstâncias de concorrência inexistente ou enquadrada e controlada.
    A “eleição” daquele homem não depende de nada. Ele não tem de dizer nada, nem propor-se a coisa nenhuma. Um bidon também dava.
    E depois, sabendo nós, cá por Tomar, como é que se completa uma parte daquele corpo docente (meninos e meninas ou senhores/as – ai que me apetecia dizer nomes – de famílias da cidade, cujo desempenho no secundário, algumas vezes, ficou conhecido pela mediocridade), sabendo nós isso, compreendemos bem que que haja por lá um pacto de mediocridade e silêncio.
    De uma instituição que, quando se criou, era para ser mais um factor do nosso desenvolvimento e crescimento – que então era mesmo visível – revelou-se, afinal, parasita desse parco e ido desenvolvimento e agora, factor desta espiral negativa que nos envergonha.

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    1. Que o corpo docente tivesse sido inicialmente constituído por pessoas-família da "elitista" sociedade tomarense não se exclui. Que a seguir se instalou um compadrio em torno da defesa dos anteriores e dos entretanto instalados, também não. A partir do momento em que esses, em maioria, passam a controlar o sistema, está tudo explicado. Um grupo que não larga o poder mesmo que a instituição se afunde.

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