Foi no início de setembro que o Tribunal de Instrução Criminal de Santarém determinou a prisão preventiva do homem de 36 anos por estar fortemente indiciado pela prática do crime de violência doméstica sobre a sua própria mãe, com quem vivia, em Tomar.
Já não era a primeira vez que o homem era acusado desse crime. Há um ano tinha sido detido pela PSP, sendo condenado pelo tribunal a uma pena de prisão de dois anos, suspensa por igual período.
Preso em Leiria desde setembro pelo caso mais recente, foi encontrado sem vida na sua cela.
À família apresentamos sentidas condolências.
Sentimentos à D. Eugénia!
ResponderEliminar“À família apresentamos sentidas condolências.”
ResponderEliminarFazem bem. Fica-vos bem. E é assim que pertence.
Na hora de fechar o caixão devem mesmo apagar-se os sentimentos maus e a fome justiceira.
Acabou. Tudo foi drama. E com o rancor aporreado, vem também um alívio que nos há-de fazer seguir em frente como se tivéssemos acabado de passar um caminho de pedras e agora, assunto encerrado, voltamos à serenidade.
Mas não é assim.
Os “detalhes” em que se esconde o diabo que fez aquilo tudo, que atormentou mãe e filho, estão bem vivos e operativos mo meio de nós.
Temos uma cultura má, que não encaixa nem sincroniza devidamente com a nossa natureza humana.
Alguns de nós – quais “capos” – estão na mó de cima desde “Goulag”. Mas a maioria sofre esta inclusão numa sociedade e cultura que os exclui.
Aquele homem tinha uma dor.
Alguém duvida?
Realmente os detalhes fazem toda a diferença, especialmente nesta história.
EliminarTinha uma grande dor, e pouco ou nenhum apoio de quem mais precisava.
Mas agora, fazer o quê?
Esta humanidade está perdida.
Os detalhes fazem a falta.