Transcrevemos essa declaração:
“Gostaríamos de dedicar esta intervenção, sobretudo nas questões relacionadas com o ambiente.
É bastante animador e queremos acreditar numa verdadeira preocupação por parte do PS em matéria do ambiente. Alegra-nos e confiamos na sua boa vontade, em avançar com políticas ambientais sérias e esperamos que se trata do início de uma caminhada e não apenas medidas populares ou eleitoralista.
Este reconhecimento do que as coisas não estão bem e precisam de ser alteradas é positivo e terão sempre o nosso apoio. Trata-se de resoluções positivas para a nossa cidade, o bem estar da população É sem duvida o caminho certo para uma cidade mais amiga da natureza e respeitadora da mesma. Esta viragem é de facto positiva para todos os tomarenses.
Fica-vos bem esse reconhecimento político de que Tomar precisa de políticas mais viradas para o ambiente.
A CDU orgulha-se em ter de alguma forma contribuído para este despertar (pela nossa insistência e pelas moções anteriormente apresentadas) e continuará nesta via de acordo com o seu programa.
Queremos ainda dizer que algumas dessas medidas positivas relacionadas com esta área foram incluídas neste Orçamento para 2019, o que para nós é dar um passo à frente, no entanto não é suficiente e muito ainda há a fazer, no sentido de se começar a avançar e encontrar soluções ecologicamente mais sustentáveis, designadamente numa lógica de mais investimento em determinados setores que favoreçam o reforço da conservação da natureza.
O que é fundamental dizer é que os custos da inação de investimento em matéria de ambiente saem-nos muito caros quando depois suportamos com as consequências dessa falta de investimento e com a necessidade de termos de repor ou reabilitar, quando ainda é possível. Muitas vezes, a negatividade do investimento é mesmo definitiva.
Por exemplo, no que concerne aos fogos florestais, tivemos grandes lições e tristezas neste País e no nosso concelho, associados a custos elevadíssimos pelo facto de não se ter investido nesta área ao longo de anos, anos e anos, apostando-se mais no combate ao incêndio do que na prevenção. Por isso, na nossa opinião será fundamental, inverter essa lógica e apostar seriamente na prevenção.
A esse propósito, temos ainda de começar a pensar no que se poderá fazer para minimizar os efeitos que se fazem sentir e os riscos existentes em matéria de combate às alterações climáticas, quer ao nível da mitigação, quer ao nível da adaptação.
Consideramos que, em termos de Orçamento para 2019, seria ainda possível fazer melhor quer a nível do saneamento básico, quer em questões ambientais, por exemplo, apostando mais em benefícios fiscais para obras e equipamentos que promovam a eficiência energética. Seria também possível implementar medidas para a utilização eficiente da água, para reutilização de águas residuais e de águas pluviais.
É ainda fundamental que haja investimento adequado para determinados sectores. Designadamente, a mobilidade. Devemos, sim como está na mesa, exigir mais investimento nas infraestruturas e na ferrovia. Seria importante, reforçar a oferta existente, como por exemplo, aumentar o número de comboios inter-regionais para a nossa cidade, dando uma adequada resposta aos turistas que nos visitam.
É preocupante e concordamos com o PS quando refere o estado de degradação das estradas nacionais, nomeadamente EN n.º 349/3 (estrada da FAI ou Algarvias), cuja probabilidade de deslizamento é eminente e põe em causa as condições de segurança dos seus utilizadores. A perigosidade de degradação das estradas nacionais compromete a segurança rodoviária, sobretudo porque é utilizado por veículos de transporte de mercadorias, mas também de passageiros, como por exemplo os transportes escolares. Estas vias de acesso à cidade, tem um papel fundamental para o desenvolvimento socioeconómico do concelho e da região. O adiar sucessivamente a requalificação das mesmas não é aceitável.
Ainda relativamente a um drama com o qual hoje nos confrontamos, que se prende com a questão do plástico e da necessidade de reduzir e retirar plástico do meio natural, continuamos com o problema no mercado à sexta-feira, por resolver.
Em forma de conclusão, a área do ambiente requer investimento, porque quando falamos de ambiente falamos também da qualidade de vida concreta das pessoas e dos seus direitos”.
A eleita pela CDU
Anabela França Mota
Tomar é e parece que continua a ser uma cidade-farol na proteção ambiental: depois de "denúncias" que as fábricas locais poluíam o seu Nabão, fez-se um silêncio tranquilo quando do seu encerramento. Pior foi o efeito económico mas, ainda que definhando, lá se vai vivendo. Novas empresas em Tomar também só as assépticas são bem vindas. Agora há a poluição das retretes das pessoas daqui e de Ourém, mas isso é diferente, é uma boa poluição. É como as centrais nucleares: até Berlim, eram um perigo. Para lá de Berlim eram boas. Há um lado político na discussão do ambiente e a ele alheio. Quanto ao turismo sabe-se hoje que é uma das maiores fontes de poluição. Sobre o plástico tem razão. Tem razão sobre a falta de investimento público mas, aqui o problema é a política da UE e a protecção desta aos negócios bancários que sugam a riqueza nacional.
ResponderEliminar