Terá passado quase despercebido um comentário que pode ler aqui e do qual se destaca este excerto:
"A começar por cima, onde a Presidenta baixinha, no seu grande cadeirão, mantém os seus acólitos e acólitas, quer dizer todos os chefes e chefas das várias divisões e departamentos municipais, em «regime de substituição» há pelo menos cinco anos. O que quer dizer que não há concursos públicos de recrutamento para aqueles lugares quase que desde o tempo em que com nevoeiro D. Sebastião desapareceu em Alcácer-Quibir. Caso para dizer que é obra imensa de compadrio e lambe-botas dos da casa e de um outro ave rara e agoireira que sendo filho da política e assim enjeitado na administração pública e desta poda nada sabendo..."
Bem estruturado e bem escrito, tendo como único óbice um fraseado demasiado longo, que torna laborioso o respectivo entendimento, o comentário em questão parece ser obra do interior. Ou de quem já foi do serralho = conjunto de chefias da autarquia.
A ser o caso -e tudo indica que sim, uma vez que logo a seguir o mesmo escrito ataca o intruso que toma conta das finanças desde 2013- temos o primeiro indício de um novo MFA, desta vez local. MFA = Movimento de Funcionários da Autarquia.
Cansados de cinco anos de inépcia, de asneiras de vária ordem, de autismo político e de teimosia como já não se usa, alguns quadros autárquicos mais sensíveis terão chegado à mesma conclusão dos então capitáes em África, nos idos de 70 do século passado: Isto assim não tem solução. Só nos resta portanto a revolta. Em ambos os casos, questões de promoções e de vencimentos.
Sabe-se no que acabou por dar, felizmente para todos nós, a revolta dos Capitães de Abril. Resta agora aguardar o desfecho da complexa e triste situação tomarense, onde entre outras maleitas não há concursos públicos para chefias há mais de cinco anos. Nem pode haver, que a actual maioria está atada de pés e mãos, tal como estava o regime deposto em 1974. Com uma diferença importante: estes têm legitimidade democrática, coisa que os outros nunca tiveram. Mas como prometeram, ou deixaram entender, aquilo que agora não podem conceder por falta de habilidade, de coragem e de meios materiais, a legitimidade de pouco ou nada lhes serve. O futuro deles é assim idêntico ao da população residente -cada vez mais sombrio até 2021.
A não ser que, entretanto, as chefias municipais, cada vez mais causticadas, já nem tenham paciência para aguardar mais 3 anos de choldra política local, até Outubro de 2021, e resolvam agir. De que forma? Não faço ideia. Mas nesse caso, vai ser o bom e o bonito.
Convém portanto anotar desde já um dado novo e importante na política local: Há indícios de que aumenta o descontentamento na caserna municipal. O que pode ser um sinal de que a actual maioria autárquica entrou na chamada via Pedro Marques, que apareceu na política contente e pelo sótão, mas saiu triste e calado pela esquerda baixa.
Os tempos estão sempre a mudar, nem sempre para melhor. Depende do posicionamento de cada um.
Depois não venham lastimar-se que ninguém avisou.
Templário Zarolho
Um inesperado murro no estômago? (em sentido figurado) É o que parece. Um blogue geralmente tão animado por comentadores inspirados, e de repente um silêncio tumular frente à crónica de um vesgo. Que se passa? Nem o curtito, nem o vice, nem a da dinastia espanhola, nem o do curdistão, nem o dos linhos, ninguém. Perderam todos o pio? Mas olhem que a anunciada tempestade ainda nem sequer começou. Estão já a poupar forças?
ResponderEliminarO vesgo a comentar-se, por ninguém o comentar, hilariante.
ResponderEliminarParece haver dois gangs de serventuários a tentar salvar no blogue os seus mandantes. Um deles insulta, faz ataques pessoais descabelados e não prima pela boa educação. Deve ser o do curtito.
EliminarO outro pretende fazer crer que acham tudo muito hilariante, divertido, cómico, burlesco, e por aí adiante.
Mas quanto a contestarem as críticas feitas, isso népia!
Não têm vergonha de fazer semelhante papel de embrulho?
Peçam à patroa que vos forneça um argumentário à altura, nem que para isso tenha de fazer mais um ajuste directo.