Opinião
"A tendência para o despovoamento não é um exclusivo espanhol. A localidade de Candela, no sul de Itália, por exemplo, perdeu 5 mil residentes nos últimos 15 anos. Ninguém pode permanecer impassível perante a desertificação demográfica, pelo que impera a ingeniosidade quando de trata de tentar reter e atrair habitantes. Algumas câmaras municipais, mais ameaçadas pelo êxodo populacional, têm protagonizado várias iniciativas para atrair novos residentes.
Em geral procuram famílias com crianças, de forma a manter em actividade as escolas rurais. Procuram igualmente gente jovem, que esteja disposta a montar um négócio, refere Rosário Sanpedro, professora doutorada em sociologia, da Universidade de Valhadolid (Espanha).
O município de Candela oferece 2 mil euros por pessoa a famílias que se queiram fixar na localidade."
Teresa Morales Garcia, El Pais online
E em Tomar, como estamos? Qual é a situação demográfica? Candela perdeu 5 mil habitantes em 15 anos. Tomar perdeu 3.704 eleitores em 12 anos, entre 2005 e 2017. Que medidas já tomou a Câmara nabantina para tentar inverter a situação, atraindo novos residentes?
Aumentou os impostos locais, estabeleceu o estacionamente pago, reduziu os lugares de estacionamento gratuito, esfrangalhou a Feira de Santa Iria, e transformou em trapalhadas quase todos os processos em que se envolveu.
Templário Zarolho
Triste realidade
ResponderEliminarMas será que os tomarenses querem evitar o despovoamento? Desdenham de Leiria, de Ferreira do Zèzere e de Ourem. Acham bem não se instalarem fábricas na zona porque todas são poluentes. Entendem que a cidade precisa é de jardins e mictórios para turistas. Um restaurante novo ou pensão é que é um investimento importante para o futuro. O estado a que se chegou é explicado pelos resultados das várias eleições autárquicas e o que diziam na campanha os candidatos vencedores sobre o futuro para Tomar. Uma cidade de turismo para gente apreciadora da cultura e património. Parece que para o contentamento local basta haver Nabão, Tabuleiros e Convento. Depois não se queixem.
EliminarNo caminho certo....
ResponderEliminarNão sei se se deve considerar isto uma "triste realidade".
ResponderEliminarTriste, triste, era se as pessoas não pudessem mudar para outras paragens onde a sua dignidade seja mais respeitada.
Esta coisa que chamam de "Tomar", bem vistas as coisas, é o que resta do que foi uma cidade (que ainda nem 200 anos tem contados)e que caminha aceleradamente para a sua reinsignificação.
A anulação de Tomar lembra aquelas terrinhas por aí no meio dos pinhais, que quando tiveram tudo (água, luz e alcatrão) perderam o último habitante. é uma desertificação que é resultado do desenvolvimento: o que era importantíssimo para os nosso avós é agora insignificante para nós.
E depois há a questão da dignidade. Como é que alguém se consegue sentir minimamente dignificado com gestores da coisa pública como os que lá estão e os que se prefiguram? Tomar é mesmo um caso perdido. É para esquecer.
Templário Zarolho = António Rebelo??? o texto faz-me lembrar o modo de escrever do prof. António Rebelo...ou estou enganado?
ResponderEliminarEstá muito enganado.
EliminarConheço vagamente esse "cromo" e até acho que ele faz falta (faz parte) nesta terrinha de interior (o "interior" aqui não é geográfico).
Obrigado pela amável referência. Realmente o texto está bem esgalhado.
ResponderEliminarSe eu confirmasse a autoria, iam duvidar. E não confirmando, continuarão com dúvidas. Fiquemos portanto assim. Até porque o autor importa pouco. O fundamental é sempre o conteúdo.
BEM DITO EM BOM PORTUGUÊS TOMAR PRECISA É DE GENTE QUE PONHA ISTO NO LUGAR
EliminarTem toda a razão. Não se pede um Bolsonaro (ainda?). Apenas quem saiba governar sem nos ir ao bolso de forma descarada, como é o caso. Porque quem não faz o seu trabalho de forma asseada anda a roubar aos contribuintes aquilo que recebe ao fim do mês.
EliminarA minha perspectiva, que nunca vivi/ estudei/ trabalhei em Tomar, e apenas visito ocasionalmente ao longo dos anos.
ResponderEliminarOs meus motivos para não querer morar em Tomar:
- Falta de sensação de segurança, agravado pelo facto de saber que é uma zona onde os ciganos estão mais activos;
- Falta de equipamentos básicos e a funcionar, como: meros bebedouros e sanitários públicos;
- Preocupação com a qualidade da água pública pois já li que as canalizações poderiam ser feitas com materiais que contêm amianto;
- Falta de estacionamento um pouco por toda a parte, em especial na zona central;
- Falta de espaços verdes. Existem alguns é verdade, mas gostaria por exemplo que aqueles junto à zona desportiva estivessem unidos, fossem muito maiores e mais visualmente apelativos. Existe área em redor disponível até à Borda da Vala, para mim que sou de fora é incompreensível não ser aproveitada para tal;
- Oferta de trabalho na cidade e arredores parece ser insignificante... e não existe nada que pareça ser atractivo o suficiente para o querer criar aí.
Por tanto nem qualidade de vida, nem emprego... dificilmente irei morar para aí.
Fui um dos que saiu de tomar, apesar de trabalhar em lisboa decidi ir para a zona de leiria e por incrivel que pareça, tenho transportes para lisboa ao mesmo preço que tinha em tomar, tenho mais qualidade de vida, a nivel de emprego a regiao de leiria e mais dinamica, e atractiva, depois claro, o preço das casas! Sendo as casas muito mais baratas do que em Tomar!
ResponderEliminarSou mais um que daí saiu ao fim de quase 50 anos. Saí por motivos profissionais, ponderei voltar mas a insegurança e a etnia cigana a mandar na região, fez-me abandonar essa vontade e agora com 55 anos ao renovar o cartão de cidadão que sempre esteve ligado a junta de freguesia de S. João Bapista, optei finalmente por deixar de pertencer ao concelho.
ResponderEliminar