Aproveitando a força motriz da água do rio Nabão passou-se a produzir energia elétrica e, a pouco e pouco, foram sendo substituídos os candeeiros a petróleo.
No final do séc. XIX a câmara adjudicou à firma Cardoso Dargent e C.ª o fornecimento de energia, tarefa que em 1900 passou para a firma Jean Bourdain e C. ª.
E a inauguração da “fábrica da luz”, situada na Levada, junto ao rio, aconteceu há exatamente 115 anos.
“Uma das primeiras obras realizadas (no séc. XX), logo em 1901, foi a colocação de candeeiros de iluminação pública na Avenida Marquês de Tomar, candeeiros esses que foram colocados sobre pedestais em pedra. Esta obra veio valorizar muito a Avenida acabada de rasgar, concorrendo para o seu embelezamento”, escreve José Inácio da Costa Rosa no livro “Tomar Perspectivas” (“Evolução da Fisionomia Urbana, Arquitectónica e Construtiva de Tomar”.
No livro “Notícia Descriptiva e Historica da Cidade de Thomar”, de João Maria de Sousa, publicado em 1903, são revelados alguns pormenores sobre o aproveitamento da energia hidráulica do rio:
“Ao entrar na cidade o rio tem um débito mínimo de 2.012 litros por segundo e um débito mínimo absoluto de 1.870 litros por segundo. É nestes algarismos que se baseou o cálculo da força hidráulica, quando se fez a instalação da luz eléctrica; durante o inverno as cheias atingem dez a vinte vezes e mais ainda o volume normal e as águas conservam-se vivas até ao verão, época em que as estiagens e a grande quantidade que se extrai para as regas as fazem baixar até descer ao algarismo mínimo que apresentamos. O edifício onde se acham instaladas as oficinas da luz eléctrica fica na margem esquerda da Levada, no local onde existia uma azenha, foi todo construído de novo pelos fundamentos que são de betão as paredes de alvenaria, o emadeiramento do castanho coberto com telhas de Marselha. A primeira pedra deste edifício foi lançada pelo presidente da Câmara com a assistência de todas as autoridades, no dia 9 de Dezembro de 1900”.
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