Como é que um político consegue essa proeza de “arrasar” completamente um candidato antes das eleições no partido e depois apoiá-lo como candidato a Primeiro Ministro? Esta é a pergunta que o cidadão comum faz perante tal incongruência política.
Os leitores que tirem as suas conclusões depois de lerem o que Luís Ferreira escreveu e que transcrevemos.
Comentário publicado no facebook a 25 de agosto, após a entrevista de António Costa ao Expresso:
“ACosta é o último sobrevivente da "velha política", dos golpes palacianos, dos conselheiros Acácios, da intriga, da "fofoca de botequim", enfim: o representante de um determinado estilo de vida pública e política, a qual tem há muito os seus dias contados e ou sai a bem, ou é corrida a "pontapé"...
Vergonhoso.
O estilo fanfarrão, quase boçal, com tiradas à "Alberto João", num enquadramento histórico daquela que foi uma das primeiras casas de liberdade burguesa no Portugal pré-implantação da República - o edifício da Câmara de Lisboa, o seu presidente permite-se comparar o seu resultado para edil - pelo terceiro mandato, com o obtido pela vitória socialista nas europeias no seu próprio Município. Pequenina e poucochinha, esta sua atitude!
Vergonhoso.
(…)
ACosta é ele próprio a negação política do que diz defender, ao usar os métodos, os meios, as "ligações" da direita - Carlos Carreiras (atual presidente de Cascais e ex-presidente da Distrital do PSD de Lisboa e ligado ao célebre caso de alguns anos das "malas de dinheiro", para pagar quotas de militantes, com quem negociou uma reforma das freguesias de Lisboa), Miguel Relvas, Pacheco Pereira e Lobo Xavier, são meros exemplos dos "homens de esquerda", com que ACosta negoceia politicamente.
Vergonhoso.
Uma entrevista execrável (No Expresso), sem conteúdo político ou estratégico, sem visão nem rasgo, sem humildade, respeito ou simples educação no tratamento do líder do PS que o apanhou em cacos e humilhado eleitoralmente em 2011 e o recuperou, contra a vontade das elites burguesas que vivem do Estado, transformando-o no partido atual que já tem duas vitórias (em 2013 e 2014).
Vergonhoso.
E pensar eu que cheguei a pensar que estaria ali a solução presidencial do centro-esquerda, para 2016. Mil vezes antes o ecumenismo dialogante de Guterres à prosápia oportunista de ACosta.
Que nos livremos de vez desta velha política. Sob pena de estarmos a enterrar o sistema político herdado com o 25 de Abril de 1974.”
No dia a seguir às primárias e com a vitória retumbante de António Costa, o mesmo Luís Ferreira publicou no facebook uma foto de António José Seguro a abraçar António Costa com a legenda “O senhor que se segue. Agora é que a direita vai ver como elas doem. (…) este vai ser um grande quebra cabeças para Passos e Portas. Dentro de um ano substituiremos este, mau, governo”.
Num comentário a este apontamento de Luís Ferreira escreve César Diogo: “Com o devido respeito, mas quem te viu e quem te vê… depois do que escreveste e disseste, tens a coragem de dizer bem do Costa?”
Luís Ferreira acabou por apagar este post e respetivos comentários.
A 29 de setembro, no blogue http://esquerdocapitulo.blogspot.pt, o mesmo Luís Ferreira escreve um longo texto com o título “O povo falou. Respeitemos o povo!”.
Transcrevemos apenas parte do último parágrafo: “como dirigente e militante do PS estarei na primeira linha a defender o afastamento de Passos Coelho e do PSD, com o candidato que o povo escolheu, que é também o meu candidato a Primeiro Ministro - António Costa.”
O post e comentários que Luís Ferreira apagou |
A isto chama-se oportunismo. Mas eu, sempre que ele esteja presente onde eu estiver, tem-me a perna. Um individuo que toda a vida tem vivido à custa dos portugueses e que nada mais sabe fazer que não seja bajular para mamar. Socialista da pior espécie, digo eu e diz quem com ele trabalhou ou simplesmente quem ele partilhou algum do seu tempo...
ResponderEliminarEntão, ó Luis, agora não comentas? Toma e embrulha!
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