Polícia que estava a cortar o cabelo manda deter mulher cigana

A história rocambolesca aconteceu nesta segunda feira à tarde no salão Sousas Cabeleireiros na rua dos Arcos em Tomar.
Uma mulher cigana entra no salão com um saco de roupa e pergunta aos cabeleireiros e clientes se querem comprar t-shirts e pólos a cinco euros cada. Vai mostrando algumas peças enquanto tenta convencer os presentes a comprarem.
Um dos clientes que estava a cortar o cabelo pergunta à mulher se ela tem autorização para vender. A mulher diz que não está a ofender ninguém, apenas a tentar arranjar dinheiro para sustentar os filhos. O homem tira do bolso o crachá e identifica-se como agente da PSP. Inicia-se então uma troca de palavras entre o agente e a vendedora que vai subindo de tom. Quando acabou de cortar o cabelo o polícia pede a identificação à mulher mas esta responde dizendo que só se identifica ao agente se estiver fardado.
Este veio para a rua e telefona à esquadra. Em poucos minutos o carro patrulha chega descendo a rua dos Arcos em sentido contrário, com a sirene a tocar e as luzes acesas em sinal de emergência. Para numa curva e de lá saem dois polícias fardados. Um deles começa por pedir a identificação à mulher. Esta entrega o cartão do cidadão enquanto pede também a identificação dos agentes que a estavam a interpelar.
Vai argumentando que não estava a ofender ninguém, que estava a vender para dar de comer aos filhos e que não se importa de ir presa e ir ao tribunal.
O agente que estava a registar a ocorrência trata a mulher por tu e dá ordem de apreensão da mercadoria. Continua a troca de palavras com argumentos de parte a parte. A mulher acaba por ser detida e levada para a esquadra.
Entre os que assistiram à cena houve quem pensasse que se tratava de uma cena de apanhados mas foi, de facto, um insólito caso de polícia que aconteceu hoje em Tomar.