Homicídio na A23: dois arguidos passam de absolvidos a condenados

Área de serviço de Abrantes da A23, onde ocorreu o crime

O coletivo de juízes do tribunal de Tomar condenou hoje a dois anos de prisão efetiva dois arguidos que no primeiro julgamento em Abrantes tinham sido absolvidos do crime de co-autoria de homicídio qualificado. O caso remonta a junho de 2010. O camionista Nelson Ferreira, de 41 anos, parou na área de serviço de Abrantes da A23 para beber um café e seguir viagem para França. Depois de olhar para um grupo de três jovens estes reagiram com agressões usando de violência extrema que começou dentro do estabelecimento e se estendeu ao exterior, agressões que culminaram com uma facada fatal para o camionista.
No primeiro julgamento no tribunal de Abrantes Emanuel Candeias, autor da facada, foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão por homicídio qualificado mas os outros arguidos foram absolvidos.
O Ministério Público recorreu desta decisão por entender que os dois cúmplices, David Damásio e Ulisses Mateus, também deviam ser condenados. O Tribunal da Relação de Évora deu provimento a este recurso e mandou repetir o julgamento dos dois arguidos, processo que transitou para o tribunal de Tomar.
O coletivo de juízes de Tomar condenou hoje os dois arguidos a dois anos de prisão para cada um pelo crime de ofensas à integridade física grave. O juiz presidente destacou a “gravidade dos factos”, a “malvadez dos arguidos”, a “enorme violência exercida” sem motivo.
Durante o julgamento os arguidos optaram pelo silêncio.