Câmara de Tomar adia medalha de ouro para os Quinta do Bill

Gerou polémica a atribuição da medalha de ouro da cidade aos Quinta do Bill

Foi acalorada a discussão, na reunião de Câmara desta quarta feira, entre a bancada do PSD na Câmara de Tomar e a coligação PS-CDU à qual se juntou o vereador dos Independentes, a propósito da atribuição da medalha de ouro da cidade aos Quinta do Bill.
Tudo começou com a proposta inicial do PSD para que a autarquia atribua a medalha de ouro da cidade à banda que nasceu em Tomar há mais de 25 anos.
Em alternativa a esta proposta, a presidente da Câmara, Anabela Freitas, deixou outra proposta para que “o reconhecimento” aos ‘Quinta do Bill’ seja decidido “apenas após aprovação de regulamento municipal de honras e medalhas”.
Foi esta proposta que acabou por ser aprovada com os três votos da coligação PS-CDU (Anabela Freitas tinha-se ausentado) e o do vereador Pedro Marques, dos Independentes. Os vereadores do PSD, João Tenreiro e Maria Luísa Oliveira, não concordaram com este “artifício” e argumentaram que a sua proposta “séria e honesta” foi chumbada apenas “porque tinha o timbre do PSD”.
O PSD vai mais longe e considera que a proposta aprovada viola a lei e, por isso, afirmam “ponderar pedir certidão da ata e remeter para apreciação junto da tutela no sentido de aferir da legalidade da mesma.”
PS, CDU e Independentes entendem que só se deve atribuir qualquer condecoração depois de ser aprovado o respetivo regulamento municipal previsto para outubro.
O PSD, através de vereador João Tenreiro, lembrou que em fevereiro o Executivo aprovou por unanimidade a atribuição da medalha de ouro a José Augusto-França, entregue no dia da cidade, 1 de março. “Não pode haver dois pesos e duas medidas”, denuncia o PSD.