Diz o povo, com o seu habitual bom senso, que a morte tem sempre uma desculpa, por isso é que morremos todos. Há anos que venho protestando e alertando para o gravíssimo problema da rede de água e esgotos na área do centro histórico onde moro, quando aí estou. Água através de canos de amianto e esgotos de colector único. No que toca ao esgoto, vem agora a senhora presidente com mais uma intervcenção tipo "canção do bandido", que pode ouvir aqui. Segundo o oráculo presidencial, em síntese, a substituição das redes urbanas são obras em alta, portanto é a EPAL, ou as Águas de Lisboa e Vale do Tejo, que têm que arcar com elas. A ser assim, porque levaram tantos anos a chegar a semelhante conclusão?
É claro que a EPAL e as suas subsidiárias têm lá muitos milhões, mas são delas. Até porque lhes convém continuar a tratar água da chuva na ETAR durante o inverno. É muito mais lucrativo. Há é aquele aborrecido incidente dos excrementos e preservativos a boiar na Levada. São azares.
Temos de reconhecer porém que a desculpa presidencial tomarense está bem engendrada. A acreditar nela, praticamente só as obras ornamentais, os vencimentos dos funcionários, as passeatas e as festas à borla é que são em baixa, por isso pagas pela autarquia. Tudo o resto, é em alta, pago pela União Europeia, pela EPAL, pelo governo, ou seja lá por quem for, menos pela autarquia. Estamos em pleno na atitude do actual governo, que como se sabe também nunca é responsável seja pelo que for. Dos incêndios à estrada de Borba.
Voltamos assim aos idos de 1975, quando teve grande sucesso a palavra de ordem Os ricos que paguem a crise. Quatro décadas volvidas, ainda haverá ricos palonços que cheguem?
No que me toca, após mais de 60 anos a malhar em ferro frio, já não aguento mais. Calo-me durante um tempo. Para recuperar fôlego. Afinal os tomarenses nunca protestam nem apoiam protestos, pela mesma razão que os porcos também gostam mais de viver no chafurdo. Faz parte da sua natureza.
António Rebelo
Não é bem assim, e o silêncio perante os seus escritos, não é ausencia de concordancia, ou de apoio. Os seus comentarios fazem falta!
ResponderEliminarHá uma interrogação permanente: afinal o que querem os tomarenses? Vias rápidas, grandes empresas, entrepostos comerciais, construção civil para residentes atraídos pelos novos empregos? Não. Preferem a pacatez, a contemplação do convento, empresas só das não poluentes e até 10 trabalhadores, comercio tradicional igual ao que se fazia à 50 anos, turismo só de passagem e daquele cultural (é de bom-tom). Quando se olha para as consultas autárquicas feitas à população e para as práticas dos principais partidos é esta a conclusão. Instituições tomarenses perdem influência, são absorvidas ou deslocadas. Cidadãos limitados assumem-se e são aceites como personalidades de referência na cidade. Entretanto os mais novos vão migrando constituindo família noutros lugares. A cidade definha. Compreende-se o seu cansaço.
ResponderEliminarSIM ESTAMOS TODOS CANSADOS DISTO PASSADOS TANTOS ANOS DO 25 DE ABRIL AFINAL A IDÉA ERA TORNAR UM PORTUGAL MELHOR MAS NÃO MELHORA NO ENTANTO ESPERO QUE O PRÓXIMO PRESIDENTE TENHA PULSO NISTO TUDO, ATÉ VILA DE REI ATRAIU UM INVESTIMENTO DE 10000000€ E COM A COLOCAÇÃO DIRETA DE 100 EMPREGOS.
ResponderEliminarTOMAR OLHA PARA O LADO E OS OUTROS VÃO ANDANDO E NÓS A FICAR PARA TRÁS QUALQUER DIA ISTO É MAIS UMA ALDEIA DE PORTUGAL.