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| Foto de Carlos Piedade Silva |
Com cada vez mais informação disponível e cada vez menos tempo e/ou paciência para a ler e interpretar, nada melhor que ser sucinto. Quanto mais curto melhor. Aqui vão dois factos, que cada um entenderá como melhor lhe convier.
Já fomos...
Durante séculos, Tomar foi a principal urbe do interior entre Lisboa e Coimbra. Primeiro com a Ordem de Cristo, depois com as indústrias e os militares, já na segunda metade do século XIX. Tanto assim que, aquando da reforma administrativa, Santarém foi escolhida para capital de distrito, mas para isso teve de ser elevada à categoria de cidade, em 1868. 24 anos depois de Tomar
E agora, como estamos, nesta época de estatísticas para tudo? Mal, bastante mal e cada vez pior. Atribuídas pelo governo central as verbas para cada freguesia, o quadro do distrito é este:
1 - Santarém........................1.307.784€
2 - Abrantes.........................1.025.903€
3 - Ourém...............................876.687€
4 - Coruche............................874.255€
5 - Tomar................................797.719€
6 - Torres Novas.....................719.072€
(dados copiados d'O Templário desta semana)
Dado que estas transferências anuais, no quadro do FEF, resultam de uma percentagem dos impostos arrecadados em cada caso, não será exagero escrever que, de primeiro para quinto, que grande trambolhão!
Nem contas sabem fazer
Socialistas-costistas, portanto especialistas a sacudir a água do capote, os membros da maioria que temos, e respectivos parceiros à mesa do orçamento municipal, vão garantir que nada têm a ver com o acentuado declínio da cidade e do concelho. Acrescentarão que também não é tanto assim. Que se trata de má-língua e de muita inveja. Eles lá sabem do que falam.
Em todo o caso, segundo o Tomar na rede, que pode ler aqui, há seis meses que os eleitos da Assembleia Municipal não recebem as senhas de presença nem as ajudas de custo a que têm direito, logicamente por falta de verbas disponíveis.
Não há volta a dar. Ou o executivo e os seus leais e competentes servidores, que ajudam na elaboração do orçamento municipal, não sabem fazer contas, ou é intencional.
Se nem contas sabem fazer, que estão lá a fazer? Como hão-de saber governar o concelho?
Se é intencional, para os membros do órgão legislativo nunca se esquecerem de quem manda, que estão lá a fazer tais membros do executivo? É com atitudes destas que tencionam governar o concelho?
E se resolvessem, aos fins de semana, praticar um bocadinho de desporto, em conjunto com a população? É que assim os eleitores sempre podiam ir correndo com eles.
À falta de melhor...
Zacarias Santiago Malhaneles
A população está cansada e envelhecida. A natalidade decresce a um ritmo assustador o que segundo estatísticas, dentro de 10 anos teremos uma cidade onde o animal doméstico substituirá o ser humano, isto é, uma cidade de velhos gatos e cães.
ResponderEliminarEstamos pois perante uma política rasca e a arte de priorizar soluções.
Votaram neles? Aguentem e não esperem por melhor....
Dúvidas? Ainda recentemente o "Jornal da Situação" titulava: Politécnico de Tomar entre as instituições DO INTERIOR que mais cresceram". Portanto, tudo ótimo. Não tarda estamos a comparar Tomar com Oleiros ou Carrazeda de Ansiães. E o problema é que com a migração dos mais inquietos, a cidade enquistou.
ResponderEliminarNada mais a dizer, ou a esrcrever. Só não vê, quem não quiser.
ResponderEliminarÉ este o "bom caminho"?
AMO A MINHA CIDADE
ResponderEliminarENVERGONHO-ME DOS SEUS GOVERNANTES
Este artigo está mesmo pobreta. Mas à falta de melhor…
ResponderEliminarSenhor Zarolho: tenha lá calma. Então você acha que, “Durante séculos, Tomar foi a principal urbe…” misturando os Templários com a industrialização?
Você refere, Tomar, durante esses séculos todos… mas afinal Tomar não é cidade nem há dois. E que quando os tais cavaleiros aqui se instalaram isto não era mais que um lugarejo no fim da encosta.
A sério, a sério, seria talvez Asseiceira ou Paialvo, como toda a gente que tenha folheado um livro sabe bem.
Bem vistas as coisas, aquilo que Tomar tem de que acham que se pode orgulhar, veio de fora. Vieram os tais Cavaleiros de Cristo, vem o rio cuja força motriz proporcionou alguma industrialização e a disponibilidade de um esgoto cuja poluição não era questionável e que possibilitou um boom em cuja ressaca estamos agora. E veio até um francês que achou piada a uma tradições rurais e inventou a festa dos tabuleiros que agora tem séculos de tradição.
E de fora vem também (do orçamento geral do estado) o dinheirito que suporta tanto inútil funcionário publico e as senhas de presença nessas tais assembleias.
Começando pelo princípio, como diria o secretário do outro gaulês, você acha que "o artigo está mesmo pobreta", todavia não consegue explicar porquê.
EliminarMete até os pés pelas mãos, porque quem o assina é Zacarias Malhaneles e não o Zarolho que você menciona, não vejo a que propósito.
Abreviando argumentos, que são muitos e vastos e consequentes, quando os tais cavaleiros templários aqui se instalaram, ao contrário do que escreve, isto nem sequer era "um lugarejo no fim da encosta". Não havia rigorosamente nada construído. Por isso a inscrição fundadora, que está lá em cima no castelo, é tão clara: "começaram a edificar este castelo por nome Tomar". Acha que se já houvesse na época algo construído nas paragens, dariam um nome ao castelo e só ao castelo?
Sobre a Asseiceira (onde creio que você reside) ou Paialvo, acho melhor você documentar-se previamente de forma capaz, em vez de tentar alardear conhecimentos que afinal não tem. Desafio-o aqui publicamente a apresentar referências históricas escritas e sérias à Asseiceira ou a Paialvo, anteriores ao século XIV, quando Tomar já levava dois séculos de vida.
Quanto ao resto, estamos basicamente de acordo, sobretudo no que concerne ao evidente excesso de funcionários da autarquia.
Apenas uma ressalva importante: O homem da festa dos tabuleiros de 1950, o engenheiro fabril João Manuel dos Santos Simões, igualmente homem de cultura, especialista em azulejaria portuguesa com obra publicada, era português como nós, porém estrangeirado porque formado em Inglaterra. Por isso lhe chamavam o "Jones" da fábrica.
Alcunhá-lo agora de francês é pouco sério e não prestigia quem o faz.
Desejo-lhe um Bom natal e Feliz ano novo, com menos erros históricos.
Ò meu caro anónimo, a dar para o ventríloquo de Zarolhos, Zacarias e Malhaneles.
ResponderEliminarEu quero lá saber da sua verdadeira identidade. Provavelmente nem sequer tem! O engano a chamar-lhe aquilo só tem uma razão de ser: é que não lhe liguei pêva.
Agora você, com tanta sabedoria histórica e tanta fundamentação rigorosa, arranja sarna para se coçar até mais não. Mas não deixa de abordar – sem querer, está visto – uma questão interessante: a do “nome” e da “coisa”. É que lá porque viram uma referência numa pedra que pode ser lida como “Thomar”, lá para os lados do castelo, não quer dizer que a coisa “tomar” já existisse. Por mais livros e pergaminhos que vossa excelência leia ou cite.
(Não percebo essa obsessão com a identidade dos anónimos. Sobretudo quando vocês já se acham “não anónimos só pelo facto de se esconderem por detrás de um pseudónimo que acham extremamente engraçado. Mas eu dou-lhe uma pista: não resido na Asseiceira. Mas fico a pensar do que você há-de pensar da pessoa que acha que sou e que provavelmente reside na Asseiceira. Caricato e pequenino)
Quanto à tal festa dos tabuleiros:
1º ela nunca foi uma festa urbana, de Tomar. Nunca aqui teve tradição, por mais que lha inventem ou vão aos livros antigos. Nesse particular ela é algo parecido com essa coisa recente (mas claro, também cheia de tradição) a que chamam festa templária. É coisa dos tempos actuais. Mais da conjuntura que outra coisa. Como as festas e feiras medievais por esse país a fora, sempre feitas pelas mesmas empresas de figurantes.
Ela foi inventada na cidade por um tal francês, engenheiro da fábrica de fiação, de nome Jacome Ratton, que achou muita piada a uma festitas tradicionais que se faziam aí pelas aldeias e resolveu implementar a coisa cá na urbe.
A história e metamorfose da festa dos tabuleiros está por fazer. Do que sei acho-a interessantíssima pelo que revela das indentidades em presença e da falta de autenticidade deste canto perdido.
Mas para que se perceba o ou os sentidos da coisa é fundamental que os teóricos e sabichões sejam capazes de ver com olhos de entender em vez de estarem sempre numa atitude apologética que ver em qualquer referência não coincidente com o bater de palmas um “dizer mal” de Tomar.
Li todo o seu altaneiro texto, tendo chegado à conclusão que, uma de duas, ou está de má fé, ou não entendeu, de todo, o que leu. Como interpretar de outro modo, entre outros, o seu lamentável segundo parágrafo?
ResponderEliminarQuanto ao sr. Ratton, aos tabuleiros e à sua confusão, daria para rir se não fosse tão triste.
Abstenho-me de dissertar sobre as suas palavras referindo alguns pseudónimos usados neste blogue, porque impróprias de uma sociedade que se pretende convivial.
Apesar do tom pretensamente elevado, e simultaneamente popularucho nalguns termos, notei no seu texto um fundo cavernícula pouco recomendável, pelo que decidi não voltar a responder-lhe.
Afinal a Linhaceira pertence à freguesia da Asseiceira, se não erro.
Renovo os meus votos de Bom Natal e feliz Ano novo.
Síntese pessoal: A figura do comentário "anónimo", quando civilizado, é uma boa amostragem do sentir do cidadão porque mostra o sentir de cada um sem constrangimentos. Assim, 1-Obrigado ao fundador do blogue. 2- Em Tomar, para além dos indiferentes, dos sem opinião, dos tudo jóia, está-se bem e outros, há dois tipos de tomarenses. Os que se inquietam porque não há investimentos maiores que cafés e hotéis; porque muitos vão procurar trabalho para outros locais; porque os políticos tomarenses não têm hoje qualquer influência política para além de São Lourenço (Relvas, Luís Ferreira, Ferromau, Carrão, Cristóvãos); porque sentem um vazio de estratégia de desenvolvimento. Outros pensam que tudo está bem, é inevitável que os mais novos vão procurar trabalho no litoral, a cidade é tranquila e isso é que interessa, o turismo kultural será o futuro, o Convento e a Festa dos Tabuleiros são a razão de ser da cidade. São os que assobiam para o ar. Os residentes na cidade vão diminuindo porque sim. Regressarão no verão, para as festas como é normal nas aldeias. Porque infelizmente estes últimos parecem estar em maioria, entra-se num ciclo vicioso: o da decadência de Tomar e das suas instituições. Que futuro, quando a maioria olha para o umbigo?
ResponderEliminarEmprego onde estás?
ResponderEliminarQuem chamou e instalou empresas em Tomar?
Vila de Rei instala fabrica de milhões e nós?
Centro Comercial e industrias ????
criação da quarta ponte Mamelais Carvalhos de Figueiredo e continuação da variante no seguimento da Av. Lurdes de Mello e Castro…????
Tudo a parecer uma aldeia de gente muito parada no tempo.
E mais 4 anos deitados ao lixo não vislumbro melhorias.
É uma aldeia resultante de responsaveis aldeaos em todas as vertentes.
EliminarEm resposta ao Anónimo20 de dezembro de 2018 às 16:36
ResponderEliminarEste homem tem muita piada e está lixado. Tem uma escrita de confronto a dar para o engraçadês – do género “Zarolho” e “Malhaneles” – a dar para o herói tiranete da nossa idade média mas, por mais figuras de estilo que vá sacando, como lhe faltam as ideias, “amanda-se” a qualquer um que ponha em causa ou não reconheça de imediato e deslumbrado o seu génio de intervenção e lucidez social.
E quando assim acontece ele passa-se. Quer à viva força saber “quem é o gajo”, tenta adivinhar onde ele mora e, não podendo mais, puxa das sua metáforas e figuras de estilo, para “chegar para ele” em modo de “arrasar”.
Os meus textos, ou é porque são “altaneiros” ou porque estou de “má-fé” ou porque, sendo limitado, como de facto sou, “não entendi”. Mas ele entende! Mesmo que se pergunte “Como interpretar?”
O saber dos outros é “confusão”; um mundo de ignorância que provavelmente não o põe a rir do alto da sua sapiência, porque fica triste, coitado. (Deixe lá. Anime-se homem!)
Os textos dos outros, quando não são abater-lhe palmas ou a fazer só eco das suas sábias observações, ou são “pretensamente elevados” ou “popularuchos nalguns termos”, inadequados, portanto a uma sociedade que no seu projecto societal, “se pretende convivial”.
Ó caro senhor Malhaneles! Então você não vê que é de convívio que isto tudo se trata? O único problema disto tudo (mas é o único mesmo) é que há cromos, como vossa excelência que, tão grave sólida sabedoria querem ostentar que lhes falta depois uma pitadinha de humor. E aí, azar dos azares, em vez de neles malharem, são eles que levam. Ou acham que levam. Porque na prática ninguém lhes liga pêva.
Agora, lá que você sabe coisas, sabe. Aquela então de “Afinal a Linhaceira pertence à freguesia da Asseiceira, se não erro.” É mesmo de arrasar. Caiu um manto de serenidade sobre a cidade. E os coletes amarelos nem sequer apareceram.
Conforme exarado no final do escrito a que se reporta, apenas se avisa a receção e mais não.
EliminarBoas festas!