quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Pela conclusão da IC3/A13

Opinião
Tiago Carrão*

No passado dia 24 de outubro, acompanhei a visita do Dr. Rui Rio, Presidente do PSD, ao Eco Parque do Relvão no concelho da Chamusca.


Na Europa, este é um dos parques com maior concentração de empresas de gestão e tratamento de resíduos, com tecnologia de ponta e que recebe resíduos provenientes de todo o país.

Falamos de resíduos hospitalares, resíduos industriais perigosos e resíduos urbanos, entre outros, que são tratados ou incinerados na Chamusca.

Uma consequência prática desta realidade é a afluência diária de centenas de camiões que transportam resíduos através da EN 118 e de estradas secundárias, passando à porta de quem vive em várias localidades dos concelhos de Almeirim, Alpiarça e Chamusca.

Da qualidade de vida à segurança, do ruído à qualidade do ar, dos acidentes rodoviários e ambientais à degradação das vias. Tudo isto são danos colaterais da economia dos resíduos.

A solução está à vista de todos, há muitos anos planeada, mas por cumprir: a construção do troço da IC3/A13 entre Almeirim e Vila Nova da Barquinha.

A conclusão desta estrada é não só determinante para a resolução dos constrangimentos no acesso ao Eco Parque do Relvão como também o é para o desenvolvimento económico e social de toda a região, em setores como a agricultura, a floresta, o turismo e, quem sabe, para servir a possibilidade futura de um aeroporto civil em Tancos, como alternativa ao disparate que é a opção Montijo.

É por isso que os Municípios da Lezíria do Tejo lutam há vários anos, sem sucesso, pela construção deste troço da IC3/A13, que inclui uma nova travessia sobre o rio Tejo, uma vez que a atual ponte da Chamusca é um estrangulamento assinalável à mobilidade.

Este tema, para além de importante torna-se agora também urgente: a proteção do traçado para a conclusão desta via está em iminente expiração e, a acontecer, é o fim deste projeto.

Este assunto, para além de ultrapassar o âmbito regional e ter escala nacional, é também do maior interesse para o Médio Tejo e em especial para Tomar.

A atividade económica do nosso concelho e da nossa zona industrial em particular muito beneficiariam de uma via rápida alternativa à A23 e à A1, ligando Tomar à Golegã, à Chamusca, a Alpiarça e a Almeirim.

Pergunto-me: não deveria também a Câmara Municipal de Tomar colocar-se na linha da frente e abraçar esta causa?

Um movimento que certamente encontraria apoios entre os autarcas, os empresários e os cidadãos.

Todos teríamos a ganhar com a conclusão desta estrada.

São anos e anos de falta de vontade política para concluir este troço onde está quase tudo feito: projeto, traçado, expropriações. Só falta mesmo a obra!

Não se trata de uma vitória deste ou daquele concelho, nem sequer da região, é o interesse nacional que está em causa.

Queremos ou não apostar na coesão territorial e na defesa do interior? Não podemos ficar pelas intenções.

É este o momento certo para passar das palavras à ação!

                                      *Vice-Presidente do PSD de Tomar


---------------------
O blogue Tomar na Rede aceita a publicação de textos de opinião desde que não contenham insultos, linguagem grosseira, racista, xenófoba ou difamatória, violações da vida privada e incitações ao ódio ou à violência. Basta enviar para tomarnarede@gmail.com

13 comentários:

  1. Descobriste a pólvora!!!

    ResponderEliminar
  2. Bom dia.
    O problema principal é o estrangulamento em que a chamada ponte da Chamusca se tornou principalmente depois das chamadas obras de requalificação. É que neste caso o IC3 / A13 deveria ter um custo gratuito graças á falta consistente de alternativa.
    O Sr. vice-Presidente do PSD de Tomar tem certamente razão no que diz mais deveria ser mais acutilante pois quando diz que "são anos e anos de falta de vontade política", deveria dizer ou acrescentar são anos e anos de falta de vontade política [, quer do PSD quer do PS]. Seria mesmo para tornar as coisas mais claras.
    Muito obrigado.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Há sempre um tipo de esquerda assim meio tolo com comentários inteiramente saloios a querer atribuir culpas assim ou assado a este ou àquele. É o que temos cá na urbe.

      Eliminar
    2. Há tanto labrego à direita, a começar pelo Rui Rio.

      Eliminar
    3. Boa noite sr. anónimo das 15.06h
      O dar epítetos às pessoas que não conhece é realmente curioso. O sr. ou sra. já parou para pensar quais foram os partidos que governaram Portugal sozinhos ou coligados? Pois é, o PS e o PSD aparecem sempre na linha da frente. E agora? Passo a chamo-lo ou chama-la a si um tipo ou tipa de direita? Não acha redutor? E não acha que existem responsabilidades? Se é verdade que existem decisões políticas, estas não devem ser julgadas num tribunal mas devem ser julgadas por nós cidadãos. Normalmente julgamo-los de 4 em 4 anos. Chama-se a isso cidadania e ao caso, eleições e não somente ser um tipo com comentários saloios. Não deixe que a chamada esquerda ou a apelidada direita lhe tolhe o raciocínio, o pensar por nós.
      Muito obrigado

      Eliminar
  3. Se perguntarem hoje ao Rui Rio, quem é o Tiago Carrão, ele não se deve lembrar lá muito bem. Mas fica bem o filho ajudar a firma onde o pai trabalha.

    ResponderEliminar
  4. Estes jotinhas, sejam eles S ou SD, são mesmo iguaizinhos.
    O único rasgo de ideias políticas que conseguem discernir é reivindicar mais despesa pública, principalmente quando são os outros que estão no poder.

    ResponderEliminar
  5. Todos somos livres de alterar ideias que em tempo nos pareceram corretas. A aceitação do erro não diminui ninguém, nem aqueles como o dr. Cavaco que dizia raramente se enganar e nunca ter dúvidas. Essa aceitação aplica-se sobretudo a quem tem responsabilidades públicas como dirigentes partidários. E não havendo o assumir do erro, o que fica é que querem fazer dos outros parvos.
    Vem agora o militante do PSD falar na necessidade das autoestradas. Mas quem contestou sistematicamente esses investimentos? Quando se vai para Coimbra na A13 sabe quem é responsavel pelo autentico muro no final e que obrigou à construção de um acesso de recurso e perigoso à ponte de Ceira, que mais parece uma aterragem em aeroporto? Foi o governo de Passos, o que foi além da troika. Coesão territorial e defesa do interior? Quem fechou serviços e impôs portagens nas SCUT do interior? Quanto à atividade económica no concelho, lembra-se qual foi o mandato autárquico em que a economia tomarense se afundou e se dizia o futuro ser o turismo?
    Quanto ao infeliz primeiro parágrafo, a mensagem é dizer-se importante ou enquanto acompanhante do dr. Rio levava-lhe a pasta com o discurso?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Lamento a sua ignorância ou cegueira política mas tenho esperança que um bocadinho de leitura em vez de ver bola e ir para a praia consiga saber o que se passou com as SCUTS. Obrigado https://pt.m.wikipedia.org/wiki/SCUT

      Eliminar
  6. Mais uma opinião de taberna, aliás frequente nesta escória que é o PSD. Continuamos é à espera que uma das auto estradas mais caras da europa baixe os seus valores de portagens. Para quê mais um troço se a mesma é tão pouco utilizada devido ao seu elevado custo?

    ResponderEliminar
  7. Já é tarde!
    Estes jotinhas vêm dar uma de desenvolvimentistas a tentar fazer carreira política e não percebem coisa nenhuma do que falam.
    Não sabem que a estrada tem sempre dois sentidos. Mas que as populações usam mais o de sair daqui para fora do que o de vir meter-se nisto.
    E escrevem então "artigos" a demonstrar tão genial originalidade.

    ResponderEliminar
  8. O direito à opinião está consagrado na constituição. Praticar atos de cidadania também. Numa sociedade onde cada vez menos se constroi, onde as pessoas cada vez mais se arredam, se afastam dos problemas, muitas usando a sua voz apenas no sentido de criticar, de denegrir a imagem, de tentar amordaçar e enxovalhar aqueles que tem a coragem de dar a cara e que se assumem sem medo na tentativa de fazer mais pelo outro e pela sociedade e que apresentam soluções (que podem ser sempre discutíveis em democracia) que visam a melhoria de uma região, de um concelho ou de um país. A idade desses corajosos, desses bravos cidadãos exemplares, que estudaram, que empreenderam, que pagam os seus impostos não importa. Cidadãos que criam mais valias para um estado do qual dependem muitos subsiodependentes, muitos parasitas do sistema, que nada criam, apenas gravitam e que levantam a voz para reivindicar mais estado e mais subsídios.
    Importa e urge o mais célere possível que gente nova, cheia de potencial, cheia de ideias novas possam de uma forma segura, enérgica e paulatinamente demonstrar com coragem e abnegação que existem outros caminhos, para além daqueles que tem sido percorridos e que no dia a dia tomamos conhecimento através dos órgãos de comunicação social.
    Para aqueles que militam sem exercer qualquer cidadania, para aqueles que se entregam de mao beijada a maledicência gratuita, cujos valores renunciam sem qualquer dignidade e subvertem a pretexto de insignificâncias, aconselho vivamente que entreguem os seus cartões de militantes.
    O meu PSD, precisa de cidadania, de verdadeira militância, de gente capaz de abraçar causas, projetos. Precisa de gente com ideias,com caráter, coragem e com capacidade de projectar e executar.
    Força Tiago. O futuro está nas tuas mãos!

    ResponderEliminar
  9. Mas afinal muita parra e pouca uva raios mas começa a obra ou não ontem já era tarde sr Tiago Carrão estou cá para ver a sua coragem politica e pessoal se conseguir dou-lhe os parabens pessoalmente por tal feito que Tomar tanto precisa para ter melhores vias de circulação e desenvolvimento e já agora emprego também faz cá falta e muito.
    Ass
    Atento

    ResponderEliminar