De facto, nos dias de hoje tanto o amor paternal como a falta ou a impossibilidade dele assumem formas e contornos que nos obrigam a pensar e repensar para vislumbrar onde se esconde o sofrimento de quem teve o azar de vir ao mundo na sociedade ou no contexto familiar errado. Mas o que eu vejo aqui é promoverem-se eventos e fazerem-se curriculuns e carreiras por parte de gente que o procura mesmo assegurar a sua porção do Orçamento Geral do Estado. Escrevo isto com muita tristeza e até com a consciência de que posso ser injusta para alguns ou algumas. Tenho tido conhecimento de alguns casos de leviandade competente nas “intervenções” desta casta de gente (Asistentes Sociais, CPCsJotas, Juízes, Juízes Sociais, IPSSs e afins), na estandardização de procedimentos indiferentes à dor que causam ou até às consequências humanas. Sabemos bem do monte de limitações existente. Mas penso que a pequena história que conto é bem elucidativa do estado das coisas. “Os progenitores de um menor viam-se confrontados com uma decisão judicial que, tomando-os como culpados de algo errado na educação do filho, condicionava futuramente o seu relacionamento com ele. Havia que encerrar “o processo”, tomar uma decisão e passar ao seguinte. Ainda comentei com eles (os pais) que aquilo era tudo gente que se escudava mutuamente numa moral e num quadro “técnico” de que eles, pais, não eram opinião a ponderar. Mas tudo gente que “saía às cinco”, enquanto eles ficariam com o filho ou com a filiação coartada. - Ó doutora: está enganada. - Como assim…? - Não é às cinco. É às três.”
ResponderEliminarINTERESSANTE E MUITO SIGNIFICATIVO
De facto, nos dias de hoje tanto o amor paternal como a falta ou a impossibilidade dele assumem formas e contornos que nos obrigam a pensar e repensar para vislumbrar onde se esconde o sofrimento de quem teve o azar de vir ao mundo na sociedade ou no contexto familiar errado.
Mas o que eu vejo aqui é promoverem-se eventos e fazerem-se curriculuns e carreiras por parte de gente que o procura mesmo assegurar a sua porção do Orçamento Geral do Estado.
Escrevo isto com muita tristeza e até com a consciência de que posso ser injusta para alguns ou algumas.
Tenho tido conhecimento de alguns casos de leviandade competente nas “intervenções” desta casta de gente (Asistentes Sociais, CPCsJotas, Juízes, Juízes Sociais, IPSSs e afins), na estandardização de procedimentos indiferentes à dor que causam ou até às consequências humanas.
Sabemos bem do monte de limitações existente. Mas penso que a pequena história que conto é bem elucidativa do estado das coisas.
“Os progenitores de um menor viam-se confrontados com uma decisão judicial que, tomando-os como culpados de algo errado na educação do filho, condicionava futuramente o seu relacionamento com ele.
Havia que encerrar “o processo”, tomar uma decisão e passar ao seguinte.
Ainda comentei com eles (os pais) que aquilo era tudo gente que se escudava mutuamente numa moral e num quadro “técnico” de que eles, pais, não eram opinião a ponderar. Mas tudo gente que “saía às cinco”, enquanto eles ficariam com o filho ou com a filiação coartada.
- Ó doutora: está enganada.
- Como assim…?
- Não é às cinco. É às três.”