sexta-feira, 23 de novembro de 2018

João Coroado confirma candidatura à presidência do IPT

João Paulo Pereira de Freitas Coroado, 55 anos, atual vice-presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), é, para já, o único candidato a Presidente da instituição que tem eleições marcadas para 20 de fevereiro de 2019.

Ao jornal O Mirante, João Coroado confirmou a sua intenção de se candidatar e anunciou a "vontade de alavancar" o IPT sem no tanto “haver um corte radical" com o que tem sido feito.
O prazo para entrega de candidaturas termina a 3 de dezembro e compete aos membros do Conselho Geral eleger o novo Presidente.
Eugénio Pina de Almeida, atual Presidente não se pode recandidatar por ter atingido o limite de mandatos.
João Coroado é licenciado em geologia pela Universidade de Coimbra, mestre em Geoquímica e doutorado em Geociências pela Universidade de Aveiro. Foi professor coordenador e diretor da Escola Superior de Tecnologia de Tomar. Reside em Coimbra e é praticante de trail.

7 comentários:

  1. UMA NÃO NOTÍCIA
    Era eu adolescente quando se começou a ouvir falar na hipótese de vir um politécnico para Tomar.
    Na altura Tomar era uma pólis de desenvolvimento que ofuscava tudo aqui à volta. Ourém, Abrantes, Leiria, Torres Novas e até quase Santarém… não existiam. Três casas bancárias e mais uma delegação do Banco de Portugal, indústria nacional de exportação, um sector de papel de arrasar. Com muita população, Tomar não tinha gente nem gente qualificada suficiente para tanto emprego.
    O politécnico viria para suprir uma lacuna ao nível da formação superior face a tão evidente núcleo e surto de desenvolvimento. Mas, mais do que suprir lacunas, o politécnico arvorava-se em alavanca do próprio desenvolvimento local. Que maravilha para Tonar!
    Mas o destino foi irónico e cruel.
    Fosse lá pelo que fosse, (a crise nacional e internacional, a globalização, os políticos ou a democracia) o resultado está à vista. Tomar, passados estes anos de operacionalidade do politécnico, está transformado num buraco negro em termos de desenvolvimento (compare-se com os burgos à volta: Abrantes, Torres Novas, Entroncamento, Ourém), com uma população envelhecida e com tendências a ser maioritariamente dependente do Rendimento Mínimo.
    Quanto à tal “alavancagem” ela reduziu-se ao seguinte: a empregar lá umas pessoas que, sendo cá de Tomar, das famílias certas, nem por isso se tinham caracterizado por qualquer brilhantismo no secundário onde os conhecemos. De facto, tirando dois ou três nomes, quase sempre vindos de fora, aquilo, em termos de corpo docente é um grupo de gente a roçar o medíocre, mais preocupados em assegurar os seus empregos.
    É sabido, aliás, que nos contactos havidos com vista à fusão de politécnicos (Leiria, Tomar e Santarém), ninguém quer o de Tomar precisamente por ser o mais caro. Ou seja: aquele com um rácio maior de professores em fim de carreira, caros e cheios de direitos adquiridos, sem produtividade para os poucos alunos que cativam).
    Em vez de elemento ou factor de desenvolvimento, o Politécnico de Tomar é agora um apêndice parasita numa terra já de si pobre e medíocre.
    As eleições para presidente (Vim agora a saber que também tem vice-presidente. Cargos e tachos de nula função a lembrar a tropa portuguesa que tem mais oficiais que soldados), são por tudo isto um “não assunto”.
    Passe o simulacro de democracia, aquelas “eleições” são mesmo um acto administrativo de nulo significado. Primeiro porque estar lá aquele senhor, um outro qualquer, ou um bidon de 200 litros é quase a mesma coisa. (com uma pequena diferença: o bidon de 200 litros, é garantido, seguramente faz menos asneiras).
    O que eu gostava de estar redondamente enganado! Que os dirigentes daquela instituição – qual elefante branco – se assumissem e tomassem aquela coisa com factor de desenvolvimento que… nunca foi, nem me parece que queiram que seja. Que ao candidatarem-se ao lugar o vissem como uma missão e não um tacho e dissessem de voz simples e clara ao que vêm e porque vêm.
    O que é que acham que está mal e se propõem, portanto, fazer melhor ou emendar?
    Mas já sei que … nada.
    Tal como os antecessores, candidatam-se porque sabem, da rede de contactos que têm, ou da “oposição” que há ou não, que o resultado está garantido.
    Por isso, e para isso, não têm rigorosamente que dizer nada sobre o “ao que vêm”.
    No silêncio do espaço comunicacional e social em que apresentam a sua “candidatura”, não passam de umas criaturas de posição social garantida, procurando que não se evidencie a natural indiferença que nutrem por esta terra, pelo país e, sobretudo, pelos alunos que por lá param.
    O que eu gostava de não ter razão.

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    1. Considero-me uma pessoa atenta, mantenho o meu interesse em
      estar a par do que se passa na aldeia de Tomar, nas suas diversas vertentes. Para tal usufruo dos canais habituais, blogs, jornais (ou que aparentam com) locais, conversas, redes sociais. Este tema reflecte bem a essência deste ponto geográfico que é Tomar. Preciso é, conhecer muito bem este teatro e estes actores para descrever como o Sr. o fez. Consegui descrever com precisão e de modo muito racional a essência do que é o maior albergue de laços de parentesco e passagens de favores nesta pequena aldeia de Tomar. Congratulo-o pelo modo o fez.

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    2. As eleições são só para Presidente. Todos os outros cargos são por nomeação dele. Alguem disse que faz mais nomeações do que recebe novos alunos por ano. Para alem de pouco democrático esta situação é caso único no ensino superior.

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  2. Infelizmente tem.
    E muita!

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  3. Este é bem capaz de ser o único porque tem sido sempre assim, como na Coreia do Norte: 1 só candidato. Este Coroado foi nomeado vice pelo que é agora presidente. Antes já tinha sido nomeado pelo presidente anterior, diretor de uma escola. O que é agora presidente foi nomeado vice pelo presidente anterior (reformado e ex-professor do colégio) que tinha sido vice do anterior (também reformado de Coimbra) e nomeou o atual, diretor de outra escola. O "jornal da situação" - Cidade de Tomar - já tinha anunciado há meses esta candidatura, dizendo ser de consenso. Deve ser o nome que agora se dá aos candidatos únicos. Confuso?

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  4. Essa do corte radical tem piada. Depois de nº 2 na hierarquia durante oito anos, nomeado para tal pelo nº1, quer cortar com quê? É mais que fazer dos outros parvos.

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  5. O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita...
    O IPT, incompreensívelmente, foi dirigido durante muitos anos por um ditador - PACHECO DE AMORIM - um salazarista dos sete costados, em parceria com um tal Paixão das Bezanas que, não tendo melhor, aderiu ao PP de Manuel Monteiro.
    O resto eram lutas de peões que, a todos os níveis, se atraiçoavam uns aos outros, apenas visando dar gás a um carreirismo, inversamente proporcional à competência científca e pedagógica.

    RESSALVANDO, óbviamente as honrosas excepções, que as há !...

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