segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Invisuais, cães guias, cães de guarda e futura sede

Opinião
Segundo relata o Observador, a Ryanair, uma companhia aérea irlandesa de baixo custo, recusou um passageiro invisual, porque ele se fazia acompanhar do seu cão-guia. Pode compreender-se esta  atitude extrema da empresa, perante o caso de ter de fornecer dois lugares pelo preço de um, à partida de Lisboa. Não se pode, contudo, aprovar tal conduta, nitidamente discriminatória e portanto imoral à luz dos princípios vigentes.


Esta atitude da Ryanair mostra também, sem sombra de dúvida, que se trata de uma companhia aérea estrangeira. Apesar das suas falhas, estou convencido que nunca a TAP ousaria fazer semelhante coisa. Não por ser melhor que a companhia irlandesa, mas apenas por ser portuguesa.
É dos livros que, no nosso belo rincão à beira mar plantado, somos sempre muito moderados. A lembrar e justificar aquela antiga marca de cigarros da Tabaqueira: Português Suave.
De tal forma assim é que, por exemplo, na área da política local, até mesmo em concelhos pequenos e em crise do Médio Tejo, há quem tenha votado em "cegos políticos", que agora ocupam o poder com maioria absoluta. Agora, perante o evidente agravamento da situação local,  dirão os eleitores em questão que esses invisuais políticos não andam com cães guias. Pois não, mas é pena. Ainda mais quando mostram depender de cães de guarda ideológicos, eventualmente sob a forma de seitas. E há até valores seguros locais que vão colaborando na farsa, fingindo que não sabem de nada.
De qualquer forma, como cá o Templário vesgo é bonzinho, aqui vai uma solução muito adequada para quem mete tanta água, enquanto se vai aguardando pelos resultados completos das análises à água do Nabão, prometidos por quem manda, ou devia mandar, para Abril passado. Aqui têm um excelente projecto para a futura sede da Câmara e da Assembleia Municipal de Tomar, a edificar nos terrenos do ex-parque de campismo:
                                                         Templário vesgo
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5 comentários:

  1. Se é vesgo, talvez não esteja a ver bem a coisa...

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  2. É possível.
    Quem costuma ver bem a coisa são eleitores tomarenses na sua maioria. São em geral de Olhão e jogam ou jogaram no Boavista. Um exemplo: Dos 8 presidentes de Câmara que já elegeram em liberdade desde 1976 (Bonet, Murta, Jerónimo, Pedro, Paiva, Corvelo, Carrão e Anabela) qual deles foi o melhor? E que obras assinaláveis deixou?

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    Respostas
    1. A resposta é fácil de dar, meu caro.
      Basta pensar assim:
      Antes destes todos o concelho estava como estava.
      Agora, está como está.
      É obra!
      Dantes, não havia gente para tanto emprego.
      Agora, não há emprego nem gente.
      Perdão, enganei-me. Acho que há uma "pequena" diferença no número de tachos e empregos na própria câmara.
      (Dizia-me há tempos um velho arquitecto: dantes, naqueles tempos, eu ia à câmara fazer um parecer ou um projecto, mais das vezes "pro bono". Agora estão lá "n" arquitectos e "n" engenheiros, a fazer concretamente o quê?

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    2. É capaz de ser melhor indicar números em vez de "n": A autarquia tomarense tem nesta altura 6 arquitectos na Divisão de Gestão do Território, (DGT) (um nome bem pomposo) e 11 engenheiros no Departamento de obras municipais (DOM).
      É por isso que temos um território tão bem gerido e há obras municipais por administração direta um pouco por todo o concelho.
      Alguns tomarenses até já começam a estar fartos de tantas obras. Sobretudo daquelas que ainda nem começaram, como as da Várzea grande, por exemplo...

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  3. Se interrogassem 70% dos empregados da câmara (incluindo politicozecos e assessores) o que é que, concretamente, fizerem numa semana, coisa que pudessem mesmo identificar, apanharíamos um susto.
    é por estas e por outras que eu sou cada vez mais dado ao neoliberalismo. E, já agora, é assim que nascem os Bolsonaros. Quando a gente percebe - porque já não dá para esconder mais - como é que a esquerda (do PSD até ao Bloco) funciona de verdade.

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