domingo, 18 de novembro de 2018

António Alexandre candidata-se a provedor da Misericórdia de Tomar

António Alexandre em 1° plano
Com eleições marcadas para dia 7 de dezembro, a Santa Casa da Misericórdia de Tomar já tem um candidato a provedor confirmado: António Alexandre, atual vice-provedor.

O atual provedor, Fernando de Jesus, que está no cargo há 22 anos, por motivos de saúde tem sido substituído por António Alexandre, sendo por isso considerada natural a apresentação de uma lista às eleições.
Apesar de ainda não estar fechada, a lista, até agora a única, não vai sofrer grandes alterações em relação aos atuais dirigentes, acrescentando-se algumas entradas novas.
Novidade é a figura de mandatário. Podemos adiantar que o advogado Bento Moucho será o mandatário da lista encabeçada por António Alexandre.
“Eleição da Mesa da Assembleia Geral, da Mesa Administrativa e do Definitório para o mandato social do quadriénio de 2019- 2022” é o ponto único da assembleia geral marcada para dia 7 de dezembro às 21.30 horas.
António Alexandre foi vereador na câmara de Tomar, presidente do conselho de administração dos SMAS e presidente da comissão política do PS em Tomar, entre outros cargos.

15 comentários:

  1. Tachos e tachinhos.
    Será que a acumulação de aposentado é compatível com o tacho de provedor, cerca de 2000€?
    Deve ser, pois se não fosse o Alex não seria candidato.
    Em prol do povo so nas aldeias.

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  2. Bate certo.
    Quando as misericórdias foram inventadas, no tempo doa reis e da religião a sério, elas eram agremiações de “homens bons”, de cada terra que davam do seu e do que angariavam para ser distribuído pelos pobres ou para acudir a situações de verdadeira necessidade social.
    Havia então uma preocupação de caridade (não era nada essa coisa moderna que agora chamam de “solidariedade”. Havia mesmo um imperativo de ajuda a quem efectivamente precisava. Quem dava, dava-se. Ficava materialmente mais pobre. A permuta que havia era, para além de Deus, a consciência de que assim se contribuía para o bem de um colectivo a que se pertencia. Tanto o rico como o pobre e necessitado.
    Mudaram-se os tempos e mudaram-se as vontades.
    A caridade foi achincalhada enquanto caridadezinha e as antigas santas instituições misericordiosas (eram para fazer as obras de misericórdia) passaram a ter uma utilidade mais em consonância com os valores da infecção socialista que tem alastrado pelo mundo: empregos e tachos para quem as administra e negócios e negociatas a dar para o fraudulento ou o corrupto. Veja-se o caso da misericórdia de Lisboa e o Montepio, por exemplo.
    Mas exemplo bem exemplar é mesmo este senhor Alexandre. Bem conhecido cá pelo concelho pela popularidade granjeada enquanto vereador a troco dos favores com que favorecia as freguesias (é todo um esquema em que os serviços fornecidos às aldeias e colectividades são resultado do grande e especial favor conseguido pela proximidade com o vereador – a cultura política autárquica no seu melhor)… ele que diga em quantas aldeolas negociou que se pusesse uma placa com o nome dele.
    Foi a vereador à boleia do Pedro Marques, toda a gente sabe. E sabe também como os socialistas trataram o Pedro quando achavam que eram melhores que ele. Quando quis ir a presidente mesmo… perdeu.
    Republicano, laico e socialista, meteu-se então a religioso e a irmão.
    E agora é o que se vê.
    Comprova-se aquele dizer, que evidencia a diferença entre a caridade (podem dizer caridadezinha, se quiserem mesmo achincalhar mais) e a solidariedade moderna dos tais direitos de cidadania: é que antigamente fazia-se o bem, a custas próprias e com esforço pessoal; agora, faz-se a solidariedade com o dinheiro dos outros mas (e só se) ganhando algum com isso.
    Daí que, considerando que a sua reforma – que já vai longa – foi obtida a partir de cargos públicos, que o dinheiro que entretanto acrescentou a essa reforma tem a mesma natureza, e que o que se propõe ganhar enquanto provedor mor é do mesmo teor, não quererá o Sr. Alexandre elucidar os simples tomarenses dos contornos financeiros envolvidos?
    Bastava que nos dissesse assim: De reforma, obtida ao fim de “X” anos (diga os anos também), aufiro “tanto”; do meu trabalho misericordioso desde então, mais “tanto”; e a partir desta espécie de eleição democrática, mais “tanto”.
    Basta a verdade, Sr. Alexandre.

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  3. E depois há aquele aborrecido problema da herança do Dr Fernando Ferreira. Já dura há 20 anos. O que indica que gastaram o dinheiro destinado aos herdeiros e agora não sabem como descalçar a bota.
    Mesmo quando reconvertidos os políticos tomarenses são assim como mostra este caso.

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  4. Acho um piadão as pessoas criticarem sem se identificarem, o Sr. Alexandre é um homem sério e com capacidade para gerir a Misericordia

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    1. Não tem piada nenhuma. A explicação do anonimato é até muito fácil. Como não andam à procura de emprego na câmara, não precisam de se identificar.
      O sr. Alexandre é um homem sério? Então está à espera de quê para resolver o caso da herança de Nini Ferreira, que morreu há 20 anos? Os herdeiros continuam à espera e o sr. Alexandre vai animando a malta, pedindo-lhes para terem paciência. Porquê? Que é feito do dinheiro da herança, deixado à Misericórdia como testamenteira? Foi o ainda provedor que se governou com ele? Evaporou-se?

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  5. Mais um sinal da ACOMODAÇÃO da sociedade civil tomarense. Depois da longevidade no cargo do Sr.Jesus, ao que parece uma ilegalidade; depois do saneamento/ expulsão de "irmãos" como foi o caso do Dr. Sérgio Martins um pensador livre; depois da condenação pública de vários "irmãos" cujo crime foi questionarem a permanencia do mesmo provedor no cargo há mais de uma década. Eis que se prepara para assumir o cargo o melhor representante da chico-espertice local com um trajeto de zigue zague por entre serviços públicos, suportado por influência política e troca de favores, e sem profissão definida.

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  6. Não é acomodação. é mesmo uma sensação de fatalismo.
    Nós sabermos que o nosso país, esta terrinha, estão entregues a gente como este senhor.
    Pessoas sem ética que acham que manobram bem fazendo de nós todos parvos e ainda por cima a quererem fazer-se passar por honestos e, no caso em apreço, santos.
    Quem o ouviu, como eu e mais, a dizer quer tinha de lá ir "fazer o número" e agora até o vê ali beato na missa...
    Tudo indica que a normalidade ali é mesmo essa. Os outros não estão enganados. Todos sabem ao que vão e ao que estão.

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  7. Há tantas e mais ilegalidades em Tomar e disso. . Ninguém fala! Vão

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    1. Se é verdade o que escreve, que "Há tantas e mais ilegalidades em Tomar", porque não denuncia pelo menos algumas, antes de nos mandar àquela parte? Não lhe convém? Também está instalado à manjedoura municipal? Ou será na estatal?

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    2. Quanto ao futuro provedor, não se trata de ilegalidades. Antes uma amostra do que Tomar tem de melhor.

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    3. O "vão" foi uma frase inacabada. Motivo: Represálias. Falem com a Isabel Miliciano, talvez ela tenha por lá uma carta que denuncia essa pessoa. Bem hajam.

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  8. Ficará ali uma coisa bem entregue...

    Deve estar tão preocupado com o futuro da misericórdia de Tomar, como esteve quando o Paiva lhe arranjou o taxo nas Águas do Centro para se calar quanto ao acordo ruinoso que fizeram com as águas de Portugal, e cuja factura estão ainda os SMAS de Tomar a pagar!

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  9. Casos como o deste Sr. Alexandre são exemplificativos da sociedade portuguesa e das suas instituições.
    O modo oportunista (no sentido de saber aproveitar as oportunidades) como desenvolveu e desenvolve a sua carreira. O modo como joga entre a moral que tem e a que considera ser a oficial. O modo como consegue brilhantemente cambiar de agremiações que quase eram opostas: O Partido Socialista e a Igreja católica. (Quem o conhece nunca lhe vislumbrou qualquer pendor religioso na vida) Finalmente o modo (como a maior parte dos políticos) tenta misturar ética com legalidade. Como se um acto, por ser legal, ou por ser judicialmente inquestionável fosse necessariamente limpo em termos éticos.
    Mas este caso levanta também o véu sobre a grande instituição em que se alberga muita desta gente: a Igreja Católica.
    Não é só a questão da pedofilia que a deve assombrar. As misericórdias, de norte a sul do país, são ninhos de ratos que abocanham fatias significativas dos dinheiros públicos ao abrigo dos olhares dos cidadãos que as sustentam.
    O que espanta, mesmo assim, é como é que, apesar das missas vazias, ainda vai tanta gente à missa.
    Pela imagem ficámos a saber que alguns são “misericórdios”. Têm de “fazer o número”, como bem dizia o Alexandre.

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  10. Tenham misericórdia do Senhor que não faz mais que acautelar o sustento de tão proeminente bandulho!

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    1. Os figurões (pensam eles que são) da fotografia são do genero que quando se lhes pede uma opinião, respondem sempre: NÃO ME COMPROMETA.

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