Os bombeiros foram chamados ao local, junto à capela de Santo António, eram 7.42 horas.
O homem de etnia cigana tinha 41 anos e vários filhos, família que foi realojada há poucos meses pela câmara, saindo do acampamento do Flecheiro.
Ainda não se sabe quando será o funeral, uma vez que primeiro tem de ser feita autópsia.
Parem tudo.
ResponderEliminarAqui acaba tudo: toda a diferença, toda a barganha, toda a opinião.
O gesto deste homem nosso igual é a mensagem mais forte e mais nítida que podemos receber.
Não é ele que está em causa. Não é o problema dele que nos deve interessar.
Somos nós, cobardes insensíveis, operários de uma sociedade cruel, que estamos em causa.
Fosse pelo que fosse, fomos nós que fomos abandonados por ele.
Eu sei de muito sofrimento calado. De dores que não têm expressão e por isso doem muito mais.
E se não têm expressão é por nós não sabemos ouvir, não percebemos os sinais, ou nem sequer estamos para isso.
Os suicídios sempre me fascinaram. De cada vez que há um é sempre a mesma questão que nos coloco:
- o que é que não percebemos?
Para não se correr o risco de haver outros, podias era levar os que estão ainda no Flecheiro para tua casa, assim mostravas que eras realmente uma pessoa sensível e preocupada e não apenas mais um hipócrita...!!!
EliminarNão se trata de uma espécie em extinção...
ResponderEliminarO homem suicidou-se porque não aguentou a pressão de ter vários filhos, todos eles com deficiências profundas. Esta seria uma boa oportunidade para hipócritas como o primeiro comentador, e safardanas sem um pingo de decência como os dois seguintes, estarem calados e, pelo menos uma vez na vida, mostrarem algum respeito por quem desistiu por não conseguir encontrar uma saída para a sua vida.
ResponderEliminarPessoas que atingem este grau de desespero não precisam de pena. Apenas de respeito.
Esta notícia e os respectivos comentários são bem significativos da sociedade em que vivemos e de que aquele homem partiu.
ResponderEliminarO primeiro comentador expressou uma angústia impotente face ao sofrimento humano que aquele acto representa.
Os seguintes vomitaram ódio e tentaram insultá-lo.