sexta-feira, 8 de junho de 2018

Transportes urbanos agravam prejuízos

De 2016 para 2017 agravaram-se os prejuízos dos Transportes Urbanos de Tomar (TUT). Em 2017 a percentagem de cobertura de despesas foi de apenas 35,12%, menos 7 por cento do que em 2016. Ou seja, houve menos receitas e mais despesas.

Segundo os dados oficiais, os TUT registaram em 2017 uma receita de 88.216,80 euros e uma despesa de 251.190,23 euros.
As receitas advêm da venda de bilhetes e passes, enquanto as despesas têm a ver com mão-de-obra (contratada à Rodoviária do Tejo), combustível, manutenção, seguros, mobiliário e substituições (da responsabilidade da câmara).
Não nos foram facultados pela câmara todos os dados por nós solicitados, mas aqui ficam mais alguns números.
No período de 1 de outubro a 31 de dezembro de 2017 utilizaram os TUT 28.784 pessoas, de acordo com os relatórios enviados pela Rodoviária do Tejo à câmara. Pela Linha Azul circularam 18.744 passageiros, enquanto pela Linha Verde foram 10.040.

Nota: a câmara de Tomar só disponibilizou os dados acima referidos depois de termos apresentado queixa à CADA - Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos. 




5 comentários:

  1. Uma multidão de 79 passageiros por dia no conjunto, ou seja 51/dia na linha azul e 28/dia na linha verde. Para percorrer sentados distâncias que se fazem muito bem a pé. E depois queixam-se que a obesidade está a aumentar muito.
    As pessoas com dificuldades de locomoção? Quantas são no concelho? Muito menos de metade dos já raros passageiros dos TUT. Ficava mais barato o transporte a pedido.
    Como bem dizia o outro, pobre gente, desgraçada terra, onde os zarolhos políticos se consideram gente de larga visão.

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  2. Esticando as contas, com um prejuízo anual de 162.974 euros, temos um prejuízo diário de 444 euros. O que significa que cada um dos 79 passageiros paga o seu bilhete e os contribuintes pagam, via orçamento da câmara, mais 5 euros e 64 cêntimos por cabeça. Para percorrer a mesma distância, um taxi fica mais barato, mas como temos uma câmara rica e cheia de visão, tudo bem. É uma maneira de comprar umas centenas de votos. Facultar alojamentos de renda económica para alguns que nem pagam impostos é outra. Viva a justiça social!

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  3. Injustiça social são pessoas (dos mais variados concelhos circundantes) que a única forma de irem ao hospital é através de transportes públicos e têm que esperar horas para passar um TUT, ou os estudantes do politécnico que têm que ir com a mala às costas desde a estação de comboios. Obviamente que nunca será um serviço que dê lucro, mas para dar menos prejuízo, terá que ter governantes competentes a importar-se realmente com o bem estar das pessoas.

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