quinta-feira, 1 de março de 2018

Quatro notas negativas no dia de Tomar

Ainda as comemorações do Dia de Tomar vão a meio e já há registo para quatro aspetos que mancham o feriado municipal.

1 – A 1 de Março comemora-se o dia da fundação de Tomar, data em que D. Gualdim Pais, há 858 anos, iniciou a construção do castelo Templário. Mas, por insólito que possa parecer, o castelo e o Convento de Cristo estão fechados neste dia. Para esta situação, os responsáveis pelo monumento invocam o Despacho nº 3577/2015 - capítulo III, Regulamento Geral de Horário de Trabalho da Direção Geral do Património Cultural, onde se lê que “os feriados municipais são observados como dias de interrupção da semana de trabalho”. Sem pôr em causa os direitos dos trabalhadores, é incompreensível que o monumento razão de ser do feriado e da cidade esteja fechado ao público num dia comemorativo como este.

2 – Durante a manhã, o edifício dos SMAS (Serviços Municipalizados) não tinha bandeiras hasteadas como mandam as normas protocolares. A falha foi detetada e só depois da cerimónia na Praça da República é que foram içadas as bandeiras.
As bandeiras só foram hasteadas depois das cerimónias na Praça da República

3 – Tal como acontece no dia 25 de Abril, a Assembleia Municipal de Tomar marca para este dia 1 de Março uma sessão temática com o pretexto da comemoração da data, sendo os autarcas pagos com senhas de presença. Os que moram fora de Tomar também recebem ajudas de custo e subsídio de transporte. A leitura que se pode fazer é que os membros da Assembleia são pagos para participarem nas cerimónias do 1 de Março. Ou não será assim?

4 – No dia da cidade e como “prenda de aniversário”, o rio Nabão sofre mais uma grande descarga poluente como atestam as imagens captadas pelo ambientalista Américo Costa.
                                                                                                          JG









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13 comentários:

  1. Turistas estrangeiros multados, Castelo e Convento fechados no dia da cidade, bandeiras protocolares por içar, Assembleia Municipal reunida no palco de um teatro, só para tratar de vaidades, obras só para alindar, somos cada vez mais a República Patusca Nabantina.
    Pelos indícios disponíveis, creio que já nem Deus nos pode acudir.

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    1. Ó António Rebelo, estou escandalizado com a sua admiração. Julgava que a você, profundo conhecedor deste zoológico nabantino habitado por aves raras e demais bestas de estimação, já nada o surpreendesse.
      Você sabe tão bem como eu que nesta terra, encravada entre os milagres de Fátima e os fenómenos do Entroncamento, tudo é possível!!!

      Veja bem: até o Carrão foi presidente de câmara...

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    2. Se o Carrão tivesse sido o pior presidente da câmara depois do 25 de Abril, estaríamos agora provavelmente um pouco melhor. Infelizmente não foi. Nem coisa parecida. Ah se os tomarenses soubessem e se a informação local pudesse...

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  2. E não me venham dizer que sou demasiado ácido e pessimista. Indo ao fundo da questão e para ser totalmente franco, estou cada vez mais convencido de que somos uma República de parolos. Com as necessárias excepções, bem entendido. Não a minha, que também me considero parolo perante certas coisas. Mas as daqueles que se possam sentir melindrados, situação muito comum nas margens do Nabão, não sei se devido a alguma forma de poluição menos visível.

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    1. Dada a situação de Tomar, e com os ventos nao muito favoráveis, digamos que "parolo" é um adjectivo bastante simpático.

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  3. Com tanta espuma no Rio Nabão só pode ter sido as fábricas a montante que aproveitaram para despejar as suas ETAR's como medida de agradecimento pelos esforços que a nossa "Querida Autarquia" desenvolveu e desenvolve para a continuidade da actividade industrial....

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  4. Caracteristicas de alguns tomarenses....NUNCA NADA ESTÁ BEM!
    Só criticas destrutivas nunca ajudaram a erguer nada...

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  5. E coisas positivas? Não houve? Ou isto é apenas puro "bota-abaixismo"?

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    1. Excelentes perguntas. Agora só falta você dar a cara e publicar aqui o rol dessas coisas positivas que você julga que existem. O Zé Gaio dá-lhe todo o espaço de que precisar.
      Entretanto não necessita para isso de se levantar da manjedoura, não vá outro apanhar-lhe o lugar. Pode continuar a comer à vontade. Enquanto houver, claro.

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  6. Havia a dama e o vagabundo aqui é a dama e o corcunda os dois erros a acrescentar, a custa da preguica e imbecilismo dos municipes. Cada vez tem mais carateristicas de aldeia atrasadinha, apesar de ter uma tal IBM que de nada se ve nem nada faz. Enfom sinais dos tempos. Pobre terra imbecilmente alegre gente.

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