Com adaptação, versão cénica e encenação do tomarense João Mota, o espetáculo começa às 21.30 horas no cine-teatro.
Os bilhetes custam 10 euros para plateia, 5 euros para os balcões e 5 euros para estudantes, M/65 e grupos ≥ 10.
Sinopse da peça:
Um velho, porteiro reformado, prestes a ser arrumado no baú das recordações, a contar com mais um dia depois do dia que aí vem: “Somos velhos, não somos ricos e cometemos o pecado de viver devagar”. Outro velho, ex comunista, com a fé suficiente para mudar o mundo e salvar os homens: “as ideias continuam a ser boas e belas, as ideias mantêm-se, são melhores que as pessoas que lhes deram origem”. E desfilam pela cena pedaços da cidade que lhes pertence e a que eles também pertencem: Daniel, o Presidente da Comissão de Condóminos, Clarisse, ex-toxicodependente, perseguida pelo traficante, que não quer o nome em saldo na praça pública, Diogo, o jovem que “crava” três notas para proteger os velhos de si próprio, e Catarina, a filha de João Bernardo que se esqueceu dos seus ideais revolucionários e o quer pôr num lar de terceira idade, para defender o pai da selva da cidade. E, perante este desfile, João, o Dom Quixote do Parque, arrasta Hugo, o seu Sancho Pança, para o teatro em movimento, o teatro dentro do teatro: “a gente serve-se da personalidade que dá mais jeito na ocasião”: espião, advogado, capitão da polícia, chefe da Mafia, deputado jubilado, tubarão da cidade…
Crise no Parque Eduardo VII”, é uma comédia às costas da tragédia e, simultaneamente, uma tragédia vestida de comédia. É o riso cravado no drama do quotidiano. É o sonho encenado no realismo existência, o inconformismo que tropeça nas rasteiras da idade, o humor que rasga, com a sua ternura, as certezas cinzentas do dia-a-dia de quem aparece condenado a esperar que o dia anoiteça.
Sem comentários:
Enviar um comentário