Há cada vez mais casos de violência doméstica em Tomar

Margarida Arnaut, presidente da CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Tomar, afirmou durante o X Encontro da CPCJ, no dia 27, na biblioteca municipal, que há cada vez mais casos de violência doméstica em Tomar.

Estão também a acrescer as situações em que se expõem as crianças a comportamentos de risco.
A negligência é um dos principais problemas detetados nos casos registados pela CPCJ. Margarida Arnaut dá como exemplos a criança que chega à escola sem comer, ou a que tem na escola a sua única refeição.
Aquela responsável revelou que a CPCJ de Tomar tem atualmente 135 processos ativos e que, em 2016, foram arquivados 98 e nove remetidos a outras CPCJ.
Quanto a entidades sinalizadoras, Margarida Arnaut denunciou o facto de as entidades de saúde continuarem a sinalizar pouco casos quando deveriam ser as principais sinalizadoras.
A maior parte dos casos registados envolve jovens adolescentes dos 15 aos 17 anos. Segue-se a faixa etária entre os 6 e os 10 anos e depois dos 11 aos 14 anos.
A presidente da CPCJ referiu ainda o problema de as sinalizações estarem a chegar tardiamente, o que não deveria acontecer para que a intervenção pudesse ser o mais precoce possível.