Foram quase duas horas de angústia e tristeza que se transformaram em revolta. E tudo por causa de uma confusão de nomes, o que já não é a primeira vez que acontece no Centro Hospitalar do Médio Tejo.
Naquela manhã estava Anabela descansadamente no café quando recebe um telefonema de uma amiga a perguntar como estava o seu filho porque lhe tinham dito que Marco Aurélio tinha tido um acidente de moto nos Casais, que foi de helicóptero para Lisboa e que tinha morrido.
Em choque, Anabela tenta contactar o filho mas este tinha o telemóvel desligado. Tenta o contacto pelo facebook mas Marco não estava online. Nessa altura, tenta obter informações junto do hospital de Tomar. Telefona e do outro lado, uma funcionária diz que só tem registo de uma consulta de Marco Aurélio em 2009 e que não tinha dado entrada ninguém com esse nome nas últimas horas. Não satisfeita com a informação e em pânico para saber do seu filho, pede para falar com alguém das urgências. A funcionária passa a chamada e do outro lado responde uma profissional de saúde que Anabela não consegue identificar. Para que não haja dúvidas, ela repete o nome completo do filho: Marco Aurélio Ventura Domingos dos Santos.
E a profissional de saúde confirma que era ele que tinha tido o acidente e que estava muito maltratado tendo sido evacuado para Lisboa onde acabou por falecer.
Aos gritos, Anabela é apoiada pelas pessoas que estão no café e telefona à família a dar conta do que se passou. Incrédulo, João Paulo, o outro filho de Anabela, entretanto chega ao café e começa a fazer alguns contactos para tentar confirmar a notícia.
Passou hora e meia e nisto João Paulo verifica que o seu irmão Marco está online. Começam a conversar pelo Messenger e o mal entendido é desfeito. Marco estava tranquilamente em casa em Santa Cruz e tinha acabado de acordar.
Irmão e amigos foram buscá-lo a casa e minutos depois deu-se o reencontro da família no café, com abraços emocionados.
O que tinha acontecido foi uma confusão de nomes porque o rapaz que, de facto, teve o acidente chamava-se João Paulo e foi confundido com o outro filho de Anabela.
Por causa de toda esta confusão, Anabela teve de receber tratamento psiquiátrico.
Fez questão de denunciar este caso para que “não aconteça a outros e para que isto não se volte a repetir”.
Para tentar obter um esclarecimento do Centro Hospitalar do Médio Tejo, enviámos um e-mail a pedir informações sobre o caso mas não obtivemos resposta.
Em abril deste ano aconteceu um caso semelhante com um idoso de Tomar internado no hospital de Abrantes.
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