José Carlos Melo Marôco*
Congratulando-me com a recente assinatura de um Protocolo, envolvendo os Municípios de Tomar, Alenquer e Ponta Delgada, com vista, entre outras pretensões, à elevação das Festas do Espírito Santo a Património Imaterial da Humanidade, não posso deixar de fazer aqui algumas chamadas de atenção.
Como todos nós sabemos o culto do Divino Espírito Santo com origem, segundo alguns autores, no período da Rainha Santa Isabel, já teve maior expressão. Podemos mesmo considerar que, excetuando as diversas Festividades Açorianas e a Festa dos Tabuleiros em Tomar, sobrevivem apenas algumas "manifestações populares" deste culto, onde se conta a da Freguesia de Carregueiros.
Em Carregueiros mantiveram-se os rituais e as celebrações anuais do Culto ao Divino Espírito Santo. Este carácter anual e a sua circunscrição à freguesia e às suas gentes, que mantêm na sua posse o acervo cerimonial necessário a este culto, tornam estas celebrações autênticos testemunhos de uma tradição, se não genuína, pelo menos detentora de características singulares, como sejam a utilização exclusiva de flores naturais na conceção dos tabuleiros ou a cerimónia da entrega da Coroa, entre outras.
Assim, no início daquilo que se afigura, também, como um processo de defesa de património cultural do Povo Português, é meu entender que a celebração do Culto ao Divino Espírito Santo que ocorre anual e regularmente na Freguesia de Carregueiros deverá ser considerada uma mais valia para o concelho de Tomar, não só na perspetiva da riqueza das suas tradições, mas também como, porventura, um dos últimos referenciais de cariz popular.
De facto, o carácter simples e popular da Festa em Honra do Divino Espírito Santo em Carregueiros, imbuído de uma ritualidade específica, tem potencialidades para contribuir no desenvolvimento da freguesia, assim seja reconhecido o seu potencial e envolvidos os seus defensores no processo agora encetado.
*Candidato da CDU na freguesia de Carregueiros
Tem a sua piada
ResponderEliminarHá notícias e “artigos de opinião” que até têm a sua piada. Este é um deles.
Numa sociedade que se está a tornar assustadoramente ateia, boçal e niilista, virem agora divulgar o culto ao “divino espírito santo”.
Fazê-lo, tentando sublinhar uma maior “autenticidade” que a festa de referência que é a “festa dos tabuleiros”. Temos de considerar o facto indesmentível - mas escondido - que a festa dos tabuleiros foi uma invenção de um francês (Jacomme Ratton) que trabalhava na fábrica de fiação e achou piada a umas festas religiosas que se faziam por aqui nas aldeias atrasadas.
Por último, esta sensibilização cultural (ou é mesmo religiosa?) ser oriunda das ostes comunistas; aquelas que mataram clérigos e proibiram religiões pelo mundo fora.
Nem a religião nem os comunistas são o que eram.
Valha-nos Deus! Ou o espírito santo, vá lá.
Caro Amigo/a
ResponderEliminarum conselho: vá estudar!
E qual seria a bibliografia que recomendaria?
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