Segundo o anúncio publicado na ocasião no semanário “A Verdade”, o presidente da câmara, João Torres Pinheiro, participava à população “o acto de recepção das aguas de Marmelaes, no local onde se acha construído o chafariz”.
Há 120 anos, a água que abastecia a Fonte da Prata era canalizada ao longo de um quilómetro desde Marmelais até ao centro da cidade. O nome do fontanário de duas bicas deriva da pureza, leveza e limpidez da água “nascida de rocha siliciosa e perfeitamente límpida, inodora e insípida”, como se lê no livro “Notícia Descriptiva e Historica da Cidade de Thomar (1903) de J. M. Sousa. O autor acrescenta que a água era “tão leve e de tão fácil absorção” que “foi sempre recomendada aos doentes e convalescentes”.
Nos anos 30 do séc. XX há registos de que se pagava a água que era recolhida em cântaros na Fonte da Prata e noutras fontes na cidade. Num artigo publicado em 1938 questionava-se a qualidade dessa água que seria responsável por cerca de 20 por cento da mortalidade na Tomar da época. Por isso, aconselhava-se a ferver a água.
Em 1967, com a construção da ponte nova e da rotunda Alves Redol, a fonte foi transferida para a travessa João Freire, nas traseiras da Casa dos Cubos, deixando de ser abastecida pela fonte de Marmelais.
Em 2001, a Fonte da Prata volta a mudar de local. Quando foi construída a fonte cibernética ornamental, projeto que incluía a “requalificação do espaço envolvente aos Arcos dos Estaus na Praceta Alves Redol”, a Fonte da Prata é transferida para junto dos Estaus e da praça de táxis, mais perto do local original.
Fonte da Prata no local original em dia de cheias |
Recorte do jornal "A Verdade" (fevereiro de 1897) |
Críticas, sugestões e informações: tomarnarede@gmail.com - 913646234
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