terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Tomar: 10 idosos numa garagem

O jornal Correio da Manhã de hoje (2017-01-31) publica uma reportagem sobre 10 idosos que estão instalados numa garagem na Linhaceira, concelho de Tomar.
Os idosos foram transferidos para a garagem depois de o tribunal de Santarém mandar encerrar o lar onde estavam em Macieiros, na freguesia de S. Pedro de Tomar.
A denúncia partiu de um familiar de uma das utentes que encontrou os idosos naquela situação sem o mínimo de condições e com frio.
Ao Correio da Manhã a proprietária argumenta que a Segurança Social, quando decidiu fechar o lar em Macieiros, não levou os idosos e por isso “não os ia pôr na rua”. Reconhece que as condições da garagem não eram as melhores.
A GNR esteve na Linhaceira a registar a ocorrência e o caso é entregue hoje ao Ministério Público e à Segurança Social.

4 comentários:

  1. mas há mais disso!! havia um lar no casal da estrada- Tomar e mudou-se para as cabeças,e deixam essa pessoa andar á vontade a brir e fechar lares em todo o lado!!

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  2. Uma das maneiras de enfiar um velho num lar legal é metê-lo num ilegal e depois chamar as autoridades.
    Feita a notícia e mais todo o espalhafato mediático, multada a criatura que os acolheu - e que nalguns casos precisa também de um lar - a coisa é resolvida pela Segurança Social que lhes encontra poiso legal.
    Mas isto, quando encontra.
    Ora, ao que parece, está a começar a ficar-se só pelas multas, não resolvendo o problema.
    Significa isto que este nosso Estado, o Estado Social da geringonça, o da Solidariedade e mais que tal, encontrou outra "mina" para resolver o deficit. Já tínhamos o açúcar na gasosa, o estacionamento pago, muitas taxas e taxinhas...
    Agora é os velhos e os lares.
    é só (per)segui-los, sabendo que não têm onde cair mortos.
    Quando diziam socialismo era isto?

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  3. Ò anónimo das 12:04, explique-nos lá o que tem isto a ver com o atual governo. E já que sabe tanto diga-nos lá também quem são os responsáveis pela segurança dsocial, e quem está à frente da maioria das instituições sociais tipo mesiricórdias e outros que tais.

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  4. O anónimo das 12:04 explica ao anónimo das 14:48 e a quem mais quiser ler.
    Eu nunca disse que isto “tem a ver com o actual governo”. Mas até tem, veja se consegue compreender.
    Este estado de coisas, os caminhos que a proteccão social tomou têm um cunho socializante. Trata-se de um modelo de sociedade em que cada um se demarca da obrigação moral e ética que deveria ter para com os seus e procura emparedá-los, no período de vida que antecede a morte, numa qualquer “instituição” ou, não havendo vaga ou dinheiro para tal, num qualquer desse larezecos.
    O princípio estrutural deste modelo assenta nesta ideia segundo a qual nós não temos probemas: é o estado que os tem por nós e é o estado que deve encontrar a solução já que o problema é dele.
    Este é o modelo do chamado Estado Social, Estado Providência, Welfare State, chame-lhe o que quiser.
    Só que este modelo está a “dar o berro”. Por uma razão muito simples: não há verba.
    Então este Estado – que já é post-providência – vai encontrando uma solução milagrosa: curar o cão com o pêlo do cão. Assim, estabelece padrões de qualidade que pouca gente – e muito menos ele – pode assegurar e ganha dinheiro com as multas resultantes da fiscalização. É aqui que entra este Governo, coisa que o incomoda, sr das 14:48.
    Quanto aos nomes das pessoas que, como questiona, estarão “à frente das misericórdias e quejandas”.
    Conheço algumas. Há de todos os naipes. Socialistas, maçons, religiosos, ateus, etc., etc. O que não conheço é nenhum dos que lá estão que revele qualquer incómodo com o sistema de cunhas, compadrio e tachismo que esse mundo é. Não tenha dúvidas. O que hoje se chama de Solidariedade e “economia social” é um mundo onde se “pratica o bem” mas se – e só se – se ganhar “algum com isso.
    Ou tem dúvidas.
    Quanto aos nomes, é fácil saber. Qualquer pessoa os pode procurar.

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