terça-feira, 23 de agosto de 2016

Bom candidato ou bom presidente?

Opinião

Há dias, dizia-me um amigo meu: "fulano tal até dava um bom presidente mas coitado, não é um bom candidato".
Parece perverso, não é?

É claro que se percebe a ideia. Para se ser presidente é preciso ser-se antes candidato. E para se ser eleito é preciso ser-se um "bom candidato".
Atenção que aqui não se discute como é que se chega à categoria de candidato pois isso, como muito bem nos tem sido demonstrado pelos social-democratas locais, daria seguramente para uma crónica tipo saga...
Mas, e o que é isso de se ser um "bom candidato"? É muita coisa e afinal não é coisa nenhuma... Passo a explicar:
Para se ser um “bom candidato” é preciso ser-se conhecido, ser afável, ter uma imagem aceitável, parecer competente, parecer sério, parecer interessado nos problemas das pessoas, parecer determinado, prometer coisas com a convicção de quem as vai executar, conseguir ocultar até ao ato eleitoral algum “vício ou podre” caso se aplique, etc., etc. Uso aqui o "parecer" em vez do "ser" pois muitas vezes a população votante não chega a ter oportunidade de conhecer verdadeiramente quem se apresenta.
Evidentemente que o ideal seria termos um “bom candidato” que depois se tornaria num bom presidente. Há quem ache que isto é pedir muito...
A outra alternativa é termos um bom candidato que se venha a revelar um mau presidente.
A hipótese de se apresentar um "mau candidato", implica a presidência "vista por um canudo", ponto final.
No caso de Tomar, a atual presidente é uma "boa candidata" e, como já todos percebemos, não se tem revelado uma boa presidente. Dito de outra maneira, é tão "boa candidata" que apesar de já sabermos que a sua prestação é sofrível, arrisca-se a ser presidente novamente. Isto, por mais estranho que possa parecer, é absolutamente verdadeiro. Claro que este resultado será sempre influenciado pela qualidade do seu principalchallenger eleitoral.
Conclusão, para ganhar eleições, (in)felizmente, o que é preciso é ser-se um "bom candidato"! Evidentemente que os caros leitores dirão o seguinte: "mas do que nós precisamos é dum bom presidente". Pois é, mas aqui, como bem demonstra o passado recente, acontece o mesmo que com os melões...
Conclusão, quem se perfilar para desafiar a "boa candidata" do partido socialista e fraquita presidente do município de Tomar terá que ser um "bom candidato" que consiga acrescentar a ideia, na cabeça dos seus eleitores, de que será um bom presidente.
Fácil, não é?
                                               Leonardo de Capricho

2 comentários:

  1. Isso de ser bom candidato é aquele que em ano de eleição cumprimenta toda gente? E depois já não conhece ninguém? Que promete e depois de ser eleito esqueceu? É o que não preserva o que foi feito pelos anterior? Que passa por cima da lei? Que arranje tancho para a família? Não muito obrigado, não é isso que a cidade precisa. Preciso empresas,empregos, vida para a nossa cidade, segurança e alguém com ideias e que venham com gosto pela cidade. E que preserve o que está bem feito, não vir destruir porque foi feito por outro.É não precise do cargo para vencer na vida.

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  2. Gosto pela cidade e iniciativa existem mas infelizmente são logo os primeiros a ser atacados e desconsiderados, por isso quem de direito não se pronuncia. O que poderia ser uma cidade moderna não passa de uma reles aldeia cheia de antipáticos e desconfiados.

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