sexta-feira, 8 de abril de 2016

O sapo à porta!

Opinião
Um aspecto do projecto de Luís Ferreira… ou será do PS? Ou é do executivo de esquerda

Nos dias que correm, qualquer cidadão tomarense e em particular aqueles de etnia cigana habitantes no Flecheiro, no mínimo, anda apreensivo!
Então não é que Luís Ferreira vem acrescentar aos seus dislates sobre um tema crucial para os tomarenses, o seguinte:
"aqueles que poderiam ser a alternativa natural à gestão socialista do concelho, não conseguem alinhar um único projeto mobilizador, ou uma única solução para qualquer dos problemas do concelho, sejam eles os ciganos ou o desemprego."
Definitivamente é preciso ter uma grande lata para nos vir agora dizer isto. Mas bem vistas as coisas, convenhamos, lata é o que não falta a este político.
Porquê? Ora vejamos. Depois de:
1. Ter integrado, como vereador a tempo inteiro, o executivo PSD/PS de outubro de 2009 a  outubro de 2011;
2. Ter feito a campanha eleitoral para as autárquicas de 2013 a prometer solução para o Flecheiro através do realojamento das famílias que ali habitam de maneira precária;
3. Ter sido a eminência parda do município, enquanto chefe de gabinete da presidente da Câmara, de novembro de 2013 e dezembro de 2015;
4. Apesar de, desde janeiro de 2016, estar fora mas continuar lá dentro (isto até parece aquele célebre slogan sobre as férias em Portugal: "vá para fora cá dentro!"),
sem que nada consequente, de concreto, palpável, materializado, tenha sido feito pela maioria PS/CDU que Luís Ferreira criou, a não ser a surpreendente notícia dada no seu blogue - transformado em órgão oficial do PS Tomar e, pelos vistos, do município - que NÃO HÁ FINANCIAMENTO COMUNITÁRIO PARA O REALOJAMENTO DAS FAMÍLIAS QUE HABITAM NO FLECHEIRO, é preciso um grande descaramento para vir agora escamotear as responsabilidades próprias assobiando ao cochicho.
É que nesta fase do campeonato criticar a "falta de projetos mobilizadores" por parte de outros, se não fosse triste e dramático para as famílias envolvidas, até seria caricato.
Em bom português há várias expressões elucidativas para estas artimanhas: "atirar areia para os olhos", "sacudir a água do capote", em suma, fazer manobras de diversão para distrair (ou será enganar?) os seus concidadãos.
E qual a explicação para isto? É fácil. Trata-se duma clássica tentativa de fuga para a frente, uma intenção de fazer o máximo ruído, lançar cortinas de fumo, com lamúrias do tipo, os outros não têm projetos, há falta de colaboração, ou apresentar propostas de solução mirabolantes, etc., etc.
E qual a intenção disto tudo? Novamente fácil de responder. Trata-se duma enérgica tentativa para iludir a verdadeira questão: PROMETERAM E PREPARAM-SE PARA NÃO CUMPRIR!
Enquanto isto sucede, folgam as costas a quem tem a estrita obrigação de tomar da palavra sobre o assunto e tarda em fazê-lo aguardando pela "preparação do terreno" para o efeito. A presidente Anabela Freitas tem o dever de vir junto dos cidadãos de Tomar esclarecer este assunto. E segue um conselho grátis. Como tenho apreciado junto de centenas de tomarenses com quem tenho contatado, é bom que a desculpa seja boa pois o tema é sério.
E quanto aos cidadãos de etnia cigana que habitam no Flecheiro, ainda que apreensivos com as últimas notícias veiculadas por Luís Ferreira, continuam a acreditar numa solução de habitação digna como lhes foi deixado no ar nas autárquicas de 2013 pelos socialistas. É bom que Anabela Freitas e o estratega por trás dela não falhem com esta promessa pois, como bem diz António Alexandre numa recente crónica, era bom que estes cidadãos, como os de Paialvo "...deixem de ser refugiados na terra em que nasceram", para o bem de toda a comunidade.
Era o que mais faltava descobrir-se agora que os fazedores de promessas afinal têm um sapo à porta...
                                                                                         José da Silva

6 comentários:

  1. Tanta critica a quem já não está no Município. Muita dor de cotovelo há aí pelo Concelho(Um Kompensan ajudava a curar toda essa azia). O senhor alvo das criticas pode ter muitos defeitos, aliás como todo o ser humano, pois ninguém é dono e senhor da razão, mas é um dos poucos que apresenta ideias e em público...
    Que ideias tem apresentado os chamados partidos da oposição(PSD,CDS,Independentes)!? Limitam-se a criticar e a falar mal... Que tal começarem a trabalhar e apresentarem ideias concretas para a resolução dos problemas do Concelho....

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  2. Eu até percebo a indignação do José da Silva, que é natural a qualquer pessoa de bem e que gosta de cumprir a sua palavra dada perante os outros. Mas por outro lado, custa-me acreditar que houve pessoas que votaram no PS (ou qualquer outro partido) por causa da promessa de reabilitação do Flecheiro. Ao fim destes anos todos e tantas promessas feitas, como é que é possível as pessoas continuarem a acreditar? Quantos antes dela é que já não tinham feito as mesmas promessas? Eu lamento dizê-lo, mas as pessoas acreditarem nesta promessa em particular e por isso darem o seu voto a um partido já não é ingenuidade, é mesmo burrice!

    Ninguém quer os ciganos como vizinhos, por isso se calhar a ideia do Luís até nem é má. Sempre ficam ao pé da GNR, logo dá para os controlar melhor. E ficam numa zona em que não há vizinhança nas imediações, logo não vai haver tantos protestos. Além disso, continuam a morar dentro da cidade. Quanto ao dinheiro, se houve 2,3 milhões para a EN 110, 5,3 milhões para o mono da Levada e mais de 7,5 milhões para o ParqT, estou certo que facilmente arranjam 0,7 milhões para os ciganos.

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  3. Até ao presente, de todas as ideias que vieram a público, para alojar as pessoas de etnia cigana, que vivem no flecheiro, esta última do Luís Ferreira é sem dúvida a melhor e a melhor fundamentada....E por 700 mil euros é de seguir em frente com ela...

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  4. Já alguém perguntou aos habitantes das barracas do Flecheiro para onde e como gostariam de ser realojados??????

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  5. Não nos podemos esquecer que os 200 e tal votos que o PS teve para ganhar as eleições vieram do Flecheiro.......

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  6. Nam se entende tanta regabofe, porque o maralhal tá bem é ao pé do rio, com água, frescura e tudo, e o Flexeiro até que já está acostumado.
    Agora pró pé da bófia, vai lá vai.
    Qualquer dia senhor Luís, vam é perguntar-lhe porque é que não quer o pessoal lá na Machuca, um sítio alto e arejado e com vistas largas, e com tudo aquilo que eles gostam.
    Só sé por ficar perto da sua casa… e ali não, ficavam mal cum certeza!
    Qualquer dia, aqui o Aparício, vai chegar-se-lhe e dar-lhe, sem querer massa, sugestões ca gente gosta. E perto da Machuca se faz favor.
    Pró pé dos bofias não, isso amandem os marginais.
    Pra colaborar cá estemos.

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